Ex-aluno do Conservatório de Tatuí já recebeu apoio de um integrante do 'CQC'
João Luiz Sampaio - O Estado de S.Paulo
Filipe Araújo/AE
O violinista Marcus Toscano
“Cara, eu não tô acreditando nisso”, diz Marcus, na noite de quarta-feira, espantado com a repercussão de sua história nas redes sociais - e com a quantidade de músicos que o têm apoiado. “Gente que não conheço está me escrevendo, me dando muita força. Só hoje consegui R$ 4 mil.” Aos 26 anos, o violonista mal consegue parar de falar. Está “em choque”. Mas começa a achar possível a realização do sonho: ir estudar em Londres.
A história de Marcus Toscano começou, na verdade, no ano passado. Ao menos, seu capítulo mais recente. Em julho, no Festival de Inverno de Campos do Jordão, teve aulas com Michael Lewin, professor da Royal Academy de Londres. Para jovens violonistas, é uma escola mítica. Foi lá, por exemplo, que deu aulas o mestre Julian Bream - e é lá que atuam, além de Lewin, professores importantes como o australiano John Williams e o brasileiro Fábio Zanon.
Toscano desceu a serra de Campos do Jordão com uma ideia fixa: estudar na Royal Academy. Preparou-se em São Paulo com Zanon. Aceitou toda oportunidade de se apresentar ao longo do segundo semestre, juntando o dinheiro para a viagem, para a qual contou também com a ajuda dos pais de um amigo. Em dezembro, logo após a última prova na faculdade, em São Miguel Paulista, correu para o aeroporto. Passou poucos dias em Londres e retornou ao Brasil, onde, no dia 3 de janeiro, recebeu uma carta da Royal Academy: havia sido aprovado entre 70 concorrentes de 40 países para uma das duas vagas do curso de violão, com a possibilidade de fazer também mestrado na Universidade de Londres.
Natural de Sorocaba, Toscano conta que, na infância, não tinha ligação nenhuma com a música. Passava o dia jogando videogames - e, preocupada, sua mãe resolveu lhe dar um violão para tentar tirá-lo da frente da tela. Chegou a ter uma banda na adolescência, mas o repertório clássico se impôs nas aulas com Pedro Cameron, em Sorocaba, e no Conservatório de Tatuí, com Henrique Pinto. Estudava de 8 a 12 horas por dia. Em 2005, perdeu a mãe. Vendeu o que ela lhe deixou - pequenos objetos de família -, comprou um violão e mudou-se para São Paulo, aiudado, “sempre no limite”, pelas avós.
João Luiz Sampaio - O Estado de S.Paulo
Filipe Araújo/AE
O violinista Marcus Toscano
“Cara, eu não tô acreditando nisso”, diz Marcus, na noite de quarta-feira, espantado com a repercussão de sua história nas redes sociais - e com a quantidade de músicos que o têm apoiado. “Gente que não conheço está me escrevendo, me dando muita força. Só hoje consegui R$ 4 mil.” Aos 26 anos, o violonista mal consegue parar de falar. Está “em choque”. Mas começa a achar possível a realização do sonho: ir estudar em Londres.
A história de Marcus Toscano começou, na verdade, no ano passado. Ao menos, seu capítulo mais recente. Em julho, no Festival de Inverno de Campos do Jordão, teve aulas com Michael Lewin, professor da Royal Academy de Londres. Para jovens violonistas, é uma escola mítica. Foi lá, por exemplo, que deu aulas o mestre Julian Bream - e é lá que atuam, além de Lewin, professores importantes como o australiano John Williams e o brasileiro Fábio Zanon.
Toscano desceu a serra de Campos do Jordão com uma ideia fixa: estudar na Royal Academy. Preparou-se em São Paulo com Zanon. Aceitou toda oportunidade de se apresentar ao longo do segundo semestre, juntando o dinheiro para a viagem, para a qual contou também com a ajuda dos pais de um amigo. Em dezembro, logo após a última prova na faculdade, em São Miguel Paulista, correu para o aeroporto. Passou poucos dias em Londres e retornou ao Brasil, onde, no dia 3 de janeiro, recebeu uma carta da Royal Academy: havia sido aprovado entre 70 concorrentes de 40 países para uma das duas vagas do curso de violão, com a possibilidade de fazer também mestrado na Universidade de Londres.
Natural de Sorocaba, Toscano conta que, na infância, não tinha ligação nenhuma com a música. Passava o dia jogando videogames - e, preocupada, sua mãe resolveu lhe dar um violão para tentar tirá-lo da frente da tela. Chegou a ter uma banda na adolescência, mas o repertório clássico se impôs nas aulas com Pedro Cameron, em Sorocaba, e no Conservatório de Tatuí, com Henrique Pinto. Estudava de 8 a 12 horas por dia. Em 2005, perdeu a mãe. Vendeu o que ela lhe deixou - pequenos objetos de família -, comprou um violão e mudou-se para São Paulo, aiudado, “sempre no limite”, pelas avós.