Foto: Divulgação/Samuel Vasconcellos |
05/09/2022 | O Conservatório de Tatuí recebe nesta sexta-feira, dia 9, às 20h, o violonista e compositor Daniel Murray, com o espetáculo musical “Sombranágua - Septeto Autoral”. O grupo mergulha no universo da música instrumental brasileira visitando estilos como o baião, maracatu, xaxado, choro, samba, valsa, entre outros, que integram o premiado álbum - de mesmo nome - lançado há um ano e meio. O evento será no Teatro Procópio Ferreira, com entrada gratuita. Ingressos já podem ser retirados pela plataforma virtual INTI ou pessoalmente, na bilheteria do teatro, aberta de terça à sexta-feira, das 13h às 16h e das 17h às 20h.
O “Septeto Autoral” é formado pelos experientes músicos intérpretes Luiz Amato (violino), Sarah Hornsby (flauta), Gustavo Barbosa-Lima (clarinete), Adriana Holtz (violoncelo), Pedro Gadelha (contrabaixo), Caito Marcondes (percussão), e Daniel Murray (violão e composições).
O grupo, que atua em parceria há cinco anos, amplia os horizontes de composições originais para violão solo evocando um universo orquestral e camerístico. Nessas composições, Daniel Murray explora referências que vão da música popular à erudita reverenciando mestres como: Tom Jobim, Guinga, Bellinati, Egberto Gismonti, Villa-Lobos, Hermeto, Gesualdo, Stravinsky, Ravel e Debussy.
“Já havia tido a oportunidade de tocar com cada um deles, separadamente em outros trabalhos, e o amor pela música, admiração mútua e amizade já nos unia há algum tempo. O processo de criação foi simultâneo a ensaios e concertos, e pude contar com a contribuição genial dos intérpretes. O resultado foi tão gratificante que resolvemos registrar esse repertório em álbum”, conta Daniel.
Lançado no final de 2020, com produção musical de Paulo Bellinati, o 13º disco de Daniel Murray, “Sombranágua - Septeto Autoral” (Totem Musicais), tem 15 faixas com diferentes atmosferas, que estão no repertório do show em Tatuí. O álbum, que já acumula mais de 100 mil streams nas plataformas digitais, revela as referências ecléticas do violonista filtradas pelas experiências íntimas e emocionais, sua conexão com a natureza, a família e os amigos, e explora diferentes linguagens da música instrumental brasileira e da erudita contemporânea.
No ano passado, o disco conquistou a medalha de prata no Global Music Awards, nas categorias Melhor Álbum e Melhor Compositor, e foi selecionado para fazer parte da trilha sonora do média-metragem “Dante 700”, produzido pelo Instituto Italiano de Cultura.
Na música “Cauteloso”, de repente as sonoridades dos instrumentos se misturam em um grande improviso, antes de retornar ao tradicional estilo já conhecido, o choro. Miniaturas chamadas de “Brevidades”, cada uma com seu subtítulo, intercalam as faixas do disco, onde são apresentadas novas versões expandidas de “Canção e Dança”, “Ensimesmada” e “Choro para Olga” - já gravadas em versão para violão solo. As peças “14 de fevereiro” e “20 de junho”, escritas para o aniversário dos pais do violonista, Gilda e Samuel, são inspiradas nessas diferentes histórias de vida que se entrelaçam através da dança. A faixa solo “Ciranda Imaginária" traz Daniel ao violão de 11 cordas.
Destaque para a peça “Sombranágua”, que na apresentação em Tatuí, assim como no álbum, contará com a participação especial de Henrique, de 16 anos, filho de Daniel, tocando ukulele. “O envolvimento do meu filho foi surpreendente. Tudo começou quando criei alguns compassos para que ele e minha mulher, que estavam começando a estudar o instrumento, tivessem algo novo para tocar. No final, gostei tanto que surgiu a ideia de continuar a peça para o álbum”, explica Daniel.
Durante o espetáculo, Daniel e o Septeto Autoral realizam um bate-papo com o público sobre arte e música brasileira, além de temas que sempre despertam interesse e curiosidade como a carreira e a criação musical, proporcionando momentos de reflexão e compartilhando informações.