Ana Paula Saqui de Paula, grávida de nove meses, morreu após dar à luz no Hospital São Luiz, de Boituva, em abril de 2019.
Do G1, com edição do DT
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Jovem morreu após o parto normal em hospital de Boituva (SP) — Foto: Igor Aparecido Pereira/Arquivo Pessoal |
Ana Paula Saqui de Paula, grávida de nove meses, deu entrada no Hospital São Luiz na noite de 25 de abril de 2019.
Ela morreu após o parto e, na época, a família da vítima registrou um boletim de ocorrência contra o hospital por morte suspeita.
De acordo com o documento, não foi constatado erro médico que justificasse ou indicasse negligência ou imprudência por parte da equipe que atendeu a paciente. Foram ouvidas nove testemunhas, entre médicos e servidores, informou a Câmara.
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Paciente fez o parto no Hospital São Luiz em Boituva (SP) — Foto: Reprodução/TV TEM/Arquivo |
Ainda conforme a Câmara, o relatório concluiu que o trabalho de parto não teve intercorrências e que o primeiro sangramento da paciente teria sido controlado com metade da dosagem ideal de um medicamento.
A médica responsável pelo caso foi informada de que o hospital não tinha comprimidos em dosagens suficientes e, segundo o relatório, após troca de plantão e exame de sangue, foi solicitado material para a paciente ao banco de sangue de Sorocaba. Devido à gravidade, foi solicitada a transferência dela via Cross.
O relatório apontou que o motorista da ambulância não estava na unidade e a instituição contratou um outro profissional para transferir a paciente. No percurso, Ana Paula teve uma parada cardíaca e passou por reanimação, mas na unidade hospitalar de Sorocaba passou pelos mesmos procedimentos e morreu.
De acordo com a Câmara, os vereadores recomendaram que o hospital mantenha o estoque de medicamentos em dosagens corretas; que a instituição implemente um banco de sangue com dispositivo refrigerado e que o hospital tenha um veículo próprio para transporte de sangue e ambulância com motorista para emergências.
Morte
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Ana Paula Saqui de Paula morreu após parto normal em hospital de Boituva (SP) — Foto: Reprodução/Facebook/Arquivo |
De acordo com o registro, Ana Paula, grávida de nove meses, deu entrada na unidade, em Boituva, na noite do dia 25 de abril. A médica que a atendeu prescreveu que a jovem tomasse um soro com um medicamento e sugeriu que ela esperasse pelo trabalho de parto no hospital ou em casa.
A jovem e o companheiro dela optaram, conforme o registro policial, por voltar para a casa. Contudo, na madrugada do dia 26 de abril, eles retornaram à unidade.
A família afirmou também para a polícia que a gestante recebeu atendimento da equipe de enfermagem e às 12h a médica verificou que a dilatação da jovem estava apta para o parto.
Eles relataram que a paciente pediu que fosse feita cesariana e a médica perguntou pelo anestesista. Ainda segundo o B.O., o profissional teria informado que conseguiria chegar ao hospital apenas por volta das 16h.
A médica voltou a tentar o parto normal com o uso do fórceps. Após o parto, Ana Paula foi encaminhada ao quarto do hospital, mas ela começou a ter hemorragia.
Devido à gravidade do caso, a paciente chegou a ser encaminhada a um hospital de Sorocaba (SP), mas não resistiu e morreu antes de chegar na unidade na manhã do dia 27 de abril. O caso foi registrado na Polícia Civil de Boituva.
'Seguindo firmes'
“Nós estamos bem, estamos seguindo firmes. É uma situação complicada porque foi uma perda que tivemos, mas seguimos em frente", disse.
"Para mim, pai de primeira viagem, é uma experiência inovadora. Ela [a bebê] fica uma semana na minha casa e outra na casa da avó materna. Está crescendo e está super bem", afirmou Igor Aparecido Pereira.