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Integrantes do Núcleo Afro Feminino de Tatuí |
Na próxima terça-feira, 25 de julho, é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. Para evidenciar essa data, o NAF (Núcleo Afro Feminino de Tatuí) fará uma reunião aberta à população no CEU das Artes, a partir das 19h.
Nessa reunião, um dos objetivos será evidenciar a história de mulheres negras que não são conhecidas pela maioria da população, inclusive Tereza de Benguela, que, no Brasil, tem o seu nome na data nacional.
Vídeos, poesias, exposição e leitura de cordéis farão parte da programação, buscando levantar questões sobre o feminismo negro e a valorização da cultura afro brasileira e africana. Além disso, será aberta uma discussão a partir do “Dossiê Mulheres Negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil”, organizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), fundação pública vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e que fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais – possibilitando a formulação de políticas públicas e programas de desenvolvimento para o brasileiro.
De acordo com Rafaele Breves, integrante do NAF, o núcleo busca, com esse evento, a aproximação de mulheres negras e de qualquer pessoa que se identifique e respeite a causa. “É um processo colaborativo para disseminação do empoderamento e para a mitigação de qualquer preconceito de raça e gênero”, afirma.
História da data / O Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha foi instituído em julho de 1992, como um marco internacional da luta e resistência da mulher negra no mundo. A data foi instituída no calendário feminista no 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, que aconteceu em 1992, na República Dominicana.
Em abril de 201,4 a Câmara dos Deputados aprovou a proposta do Senado que institui o dia 25 de julho como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra (Lei nº 12.987/2014).
Tereza de Benguela é considerada uma grande guerreira mato-grossense e símbolo da resistência negra no Brasil colonial. Uma liderança quilombola que viveu no século XVIII, companheira de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso.
Quando José Piolho morreu, Tereza assumiu o comando daquela comunidade quilombola e liderou levantes de negros e índios em busca da liberdade revelando-se uma grande líder.
Apesar da pouca representatividade na história oficial do país, Tereza é comparada ao líder negro Zumbi dos Palmares, a “Rainha do Pantanal” do período colonial. Sobreviveu até 1770 e não se sabe ao certo como morreu, mas morreu lutando.
SERVIÇO
Reunião aberta em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra.
Dia: 25 de julho de 2017 (terça-feira).
Horário: 19h
Local: CEU das Artes Tatuí (R. Cândido José de Oliveira, 475, Tatuí)
O evento tem apoio da Prefeitura de Tatuí, por meio da Secretaria de Esporte, Cultura, Turismo, Lazer e Juventude e do CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados).