Série de recitais e palestras técnicas será de 9 a 12 de maio, com entrada francaO Conservatório de Tatuí promove de 9 a 12 de maio a II Semana da Área de Performance Histórica. Trata-se de uma série de recitais e palestras técnicas, todas voltadas para a área. As atividades são gratuitas e acontecem no Auditório da Unidade II, à rua São Bento, 808.
Sob coordenação da professora Débora Ribeiro, a II Semana da Área de Performance Histórica tem início no dia 9 de maio, segunda-feira. Na data, às 10h e 14h, alunos de flauta doce apresentam-se em recitais sob orientação das professoras Débora Ribeiro e Selma Marino. Às 15h30 e 17h, serão apresentadas palestras. A primeira será sobre “Aspectos da articulação aplicados à flauta doce”, por Débora Ribeiro, e a segunda, sobre “A música de câmara, a flauta doce e os amadores na renascença”, por Selma Marino. Às 20h, a atração será recital de flauta doce e do Grupo de Performance Histórica Jovem, orientados por Selma Marino e Débora Ribeiro.
Na terça-feira, dia 10, a primeira atividade é o recital dos alunos de Violino Barroco e Viola Barroca, Às 10h, sob orientação de Juliano Buosi. Às 13h30, haverá audição dos alunos de Fortepiano, Cravo e Música de Câmara, orientados por Fúlvio Ferrari, Maria Eugênia Sacco e Selma Marino. Às 15h30, acontece palestra sobre o tema “A aproximação da interpretação historicamente informada no estudo moderno de violino”, por Juliano Buosi. Nova palestra, às 18h sob orientação de Fúlvio Ferrari, trata do tema “O cravo para pianistas – a importância do conhecimento do cravo na interpretação atual aplicado ao piano”. Às 20h, acontece recital de conclusão de curso em fortepiano da aluna Lilian Graziela Oliveira, orientada por Fúlvio Ferrari.
Na quarta-feira, 11, às 10h, acontece ensaio aberto tematizado – “A linguagem historicamente informada no repertório de Orquestra” -, pelo professor João Guilherme de Figueiredo. Às 14h, é a vez de recital dos alunos de Viola da Gamba, Violoncelo Barroco e Cravo, sob orientação dos professores João Guilherme de Figueiredo e Maria Eugênia Sacco. Às 18h, acontece recital do Ensemble de Performance Histórica, orientado por João Guilherme Figueiredo.
Na quinta-feira, 12, às 10h, haverá palestra sobre “Técnica e interpretação do repertório francês para cravo”, com a professora Maria Eugênia Sacco. Às 14h, o tema da palestra será “História dos instrumentos de cordas dedilhadas”, sob orientação da professora Dagma Eid. Às 18h, acontece recital dos alunos de Cordas Dedilhadas Históricas com participação do Grupo de Performance Histórica Jovem, sob orientação das professoras Dagma Eid e Débora Ribeiro. Às 20h, haverá recital do Grupo de Performance Histórica e entrega de certificados aos participantes, por Selma Marino e Débora Ribeiro.
A área de Performance Histórica do Conservatório de Tatuí conta atualmente com os cursos de flauta doce, cravo, baixo contínuo, cordas dedilhadas históricas, violino barroco, viola barroca, viola da gamba, violoncelo barroco e fortepiano, sendo este último, o único curso oferecido no Brasil. Os alunos são admitidos após a aprovação em teste realizado por uma banca especializada, sempre no início de cada semestre ou a qualquer tempo, quando houver vagas. A duração é de 12 semestres, exceção à flauta-doce, que além de opcional, são dois semestres.
A área de Performance Histórica oferece, tanto para a aula como para estudo dos alunos os seguintes instrumentos: dois cravos franceses de dois manuais, um cravo italiano de um manual, uma espineta inglesa, um cloavicórdio não trastado e um fortepiano vienense de cinco oitavas.
Saiba mais – A área de Performance Histórica trabalha questões ligadas à “Música Antiga”. Antes de mais nada é necessário conhecer as duas definições, distintas, porém relacionadas entre si, de “Música Antiga”.
A primeira definição é baseada em um período histórico, ou seja, é a música da Idade Média, Renascimento e Barroco, pelo fato de que não existe uma tradição contínua de execução. Em outras palavras, tal música parou de ser executada depois de sua época e precisou ser revivida em nossa própria era. Até meados do século XIX, tanto público, como músicos, raramente se interessavam por outra música que não fosse aquela produzida naqueles dias. Assim, após alguns anos de execução, a maioria das obras normalmente caía no esquecimento.
No início do século passado, mais precisamente por volta de 1930 surgiu, inicialmente na Europa, grande interesse pela performance musical histórica, onde as formas interpretativas foram repensadas e pesquisadas de acordo com a época e a origem das composições. A música do Renascimento e da Idade Média incita o intérprete a atuar como um verdadeiro arqueólogo, buscando através de outras fontes, como iconografia e relatórios de época, dados que permita reconstruir a forma como esta música era realizada.
A segunda grande definição de “Música Antiga” é o aspecto da performance. Isto é um tanto susceptível, mas o fato significativo é o desejo de recriar (executar) a música de uma época em particular com suas sonoridades e seus tratos estilísticos, incluindo-se também aí a música dos períodos Clássico e Romântico; uma vez que é um objetivo comum, realmente envolve muitas conjecturas e depende fundamentalmente da intuição do músico moderno no topo do trabalho de musicólogo. Essa abordagem, chamada por muitos de Performance Historicamente Informada (PHI), frequentemente reside no uso de instrumentos “autênticos” (instrumentos originais ou cópias). Assim, a PHI pode ser aplicada a praticamente qualquer música. Dentro deste movimento chamado “Música Antiga”, uma corrente denominada “Autêntica”, defende a execução musical em instrumentos, réplicas de época, tornando-se uma especialidade com cada vez mais adeptos. Um exemplo dessa corrente é a Sociedade de Instrumentos Antigos de Paris, que jamais deixou de executar música com instrumentos originais ou cópias dos mesmos.
O fato da PHI nos revelar uma época distante, repleta de diferentes sonoridades, exerce grande fascínio, tanto sobre músicos como público, que cresce a cada dia. Um fator bastante importante é que, a busca por documentos antigos, como peças, manuais e tratados, abrem novas portas para a interpretação da música, principalmente daquelas a qual não se teve contato.
Sobre o Conservatório de Tatuí – O Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos de Tatuí é uma instituição do Governo do Estado de São Paulo e Secretaria da Cultura do Estado administrado pela Associação de Amigos do Conservatório de Tatuí. Fundado em 1951, é uma das mais importantes ações na área de cultura no país. Oferece formação profissional em música, luteria e artes cênicas. Sua única extensão fora do município de origem é o Polo do Conservatório de Tatuí em São José do Rio Pardo.
Apoio Cultural – No ano de 2016, o Conservatório de Tatuí orgulha-se em receber apoio cultural da Coop e CCR SPVias.
SERVIÇO
II Semana da Área de Performance Histórica
Quando: 9 a 12 de maio de 2016
Vários horários
Onde: Unidade II do Conservatório de Tatuí (rua São Bento, 808)
Grátis!