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Prefeitura de Tatuí – Evandro Ananias |
Serviço será realizado pela própria Prefeitura – Novos caminhões já estão trabalhando nas ruas
Comunicação - Prefeitura de Tatuí
Tatuí terá um novo sistema de coleta de lixo já a partir de hoje. O município volta a assumir a responsabilidade do resíduo domiciliar. A medida tem como objetivo melhorar o serviço e ao mesmo tempo economizar. O prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, apresentou hoje os novos caminhões que serão utilizados no trabalho.
Um dos motivos que levaram à suspensão do contrato com a Proposta Ambiental foi justamente a má qualidade do serviço, que gerou um grande número de reclamações na própria Secretaria de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura e também na Ouvidoria, que geraram diversas notificações. Foram seis advertências nos últimos três anos motivadas por nada menos que 198 reclamações diretas da população ao setor de Limpeza Pública. Em 2015, por exemplo, a Ouvidoria registrou 52 ocorrências relacionadas a problemas com a empresa. “Apesar da dedicação e do comprometimento dos funcionários, havia muitas reclamações sobre lixos não recolhidos, deixados pelo caminho, baderna e desordem, em especial no período noturno”, explica Vanessa Almeida de Souza, responsável pelo setor de Limpeza Pública.
A Secretaria de Fazenda, Finanças e Planejamento contatou a empresa na última sexta-feira, 26, propondo uma rescisão amigável, que manteria inclusive o transbordo do resíduo em aterro a cargo da própria Proposta. O objetivo era fazer uma transição durante 30 dias, em que o município ia aos poucos assumindo bairro a bairro. Porém, na manhã desta quinta-feira, 3, os caminhões não saíram da garagem. A empresa se queixa da falta de pagamento. “É uma bola de neve que vem se arrastando, desde 2013, quando herdamos R$ 1,6 milhão em dívidas, com a coleta de lixo, do governo passado. Devido à crise, foi impossível manter um contrato tão caro e ainda pagando o passivo da antiga gestão”, comenta o secretário Carlos Cesar Pinheiro da Silva.
Diante do quadro, a Prefeitura optou pela contratação emergencial, tanto de funcionários quanto de equipamentos. O novo sistema trará ganhos financeiros e estruturais. A coleta passa agora a contar com quatro caminhões em cada turno, um a mais do que o oferecido anteriormente. São dois turnos, de manhã e à noite. Serão 16 equipes, cada equipe composta por um motorista mais quatro coletores. No total, 80 funcionários estarão dedicados à coleta.
Outro ponto positivo é a capacidade de coleta de cada caminhão. Os veículos anteriores tinham espaço para 15 metros cúbicos de lixo, enquanto o atual tem 19 metros cúbicos. “Parece pouco, mas são 21 metros cúbicos, quase um caminhão e meio a mais, que representa menos viagens, economia de combustível, mais facilidade logística e certamente resultará em melhor qualidade no serviço à população”, explica o secretário de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura, o vice-prefeito Vicente Menezes.
Mas, talvez a maior diferença seja mesmo a economia, que irá variar entre 30% e 40% do total, cerca de R$ 200 mil todo mês. Somados aos outros R$ 200 mil economizados com a varrição, a redução de gastos chega a R$ 400 mil. No ano, são R$ 4,8 milhões. “Em tempos de crise é preciso criatividade e ousadia. Queremos fazer mais com menos, melhorando a coleta e usando bem o recurso público. Esse é o desafio de todo agente público. Contamos com apoio da população para que nos ajudem a zelar da cidade, colocando o lixo nos dias e horários corretos de coleta, não deixando lixo nos canteiros centrais das avenidas, afinal o município pertence a todos nós”, comentou o prefeito Manu.
Todo o lixo recolhido será destinado em um aterro sanitário totalmente adequado do ponto vista ambiental, em Iperó. O município conseguiu também redução de R$ 0,30 para cada tonelada de lixo.