Órgão orienta faixa de 12 metros quadrados por pessoa; cidade tem quatro.
Plantas mortas no Centro sofrem com risco de queda, segundo especialista.
Itapetininga (SP) tem apenas um terço de área verde por habitante recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo o engenheiro florestal Eloi Aloísio Beckenkamp. O especialista diz que a entidade recomenda que seja uma área verde de 12 metros quadrados por habitante. "E na cidade estamos com 4 metros quadrados de área verde por habitante."
Conforme Beckenkamp, algumas árvores foram plantadas recentemente e o tempo estimado para que elas cresçam e formem sombras é de três anos. O engenheiro também alerta sobre as plantas mortas na região central do município. Ele pondera ainda que a questão merece atenção por gerar potencial de risco à comunidade. “Algumas árvores, por motivos de manuseio ou problemas no solo, não conseguem se adaptar e morrem. Assim, elas perdem a utilidade e devem ser substituídas. A tendência de queda dessas plantas é grande e pode causar complicações em uma região altamente povoada”, salienta.
Ao longo da reportagem, a equipe da TV TEM comparou a temperatura em praças arborizadas e em locais abertos da cidade e constatou que a diferença no clima pode ultrapassar a faixa de cinco graus. Para os moradores que transitam pelo Centro, faltam mais sombras para amenizar o calor. “Viemos aqui, mas tem poucas árvores. Deveria ter mais para poder refrescar”, fala a dona de casa Ivanilde Dias de Oliveira após levar a família para passear no Largo dos Amores. Em busca de um lugar para ler um livro, o estoquista Mauro de Macedo reforça a opinião. “É melhor meditar embaixo da sombra de uma árvore”, completa.