Do G1 - A falta de cinto de segurança tem gerado, em média, 15 autuações por dia em Tatuí no período dos cinco primeiros meses deste ano, segundo o Departamento de Trânsito da cidade. Foram 2.378 autuações, sendo que em 2014 foram 1.315 autuações. A multa custa R$ 127,69 e tira cinco pontos da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
“O objetivo do Código de Trânsito é preservar e melhorar a segurança. As autuações acontecem nesse sentido, para mostrar que nosso trabalho é para preservar a segurança e a vida”, afirma o diretor do departamento, Francisco Fernandes, o Quincas.
Além da multa, a falta do uso de cinto coloca em risco a vida de motoristas e passageiros. Um estudo feito pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) aponta que 70% dos passageiros dos bancos traseiros que morreram em acidentes nas estradas entre 2012 e 2014 estavam sem os cintos de segurança.
Foi por dirigir sem o cinto que o operador de empilhadeira Vicente da Costa quase perdeu a vida. Há dois anos ele sofreu um acidente e por pouco não foi arremessado. “O único pensamento que veio na cabeça quando o carro começou a capotar foi abraçar o volante. O carro capotou seis vezes e eu fiquei com hematomas, mas graças a Deus estou aqui para contar a história”, afirma.
Segundo uma pesquisa nacional de saúde divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20% da população declarou não usar o cinto de segurança quando anda de carro ou van no banco da frente.
Outra pesquisa, dessa vez da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), revela que o uso do cinto de segurança no banco da frente pode reduzir em até 45% o risco de mortes em acidentes de trânsito. No caso dos bancos traseiros, a redução do risco de morte é de 75%.
Um bom exemplo de quem toma todos os cuidados com a segurança da família vem do almoxarife Matheus Roberto Silveira. Sempre que ele, a esposa e os filhos vão andar de carro, todos usam o cinto de segurança. “Bastantes campanhas ajudam a lembrar isso. E meus filhos estão em primeiro lugar”, diz.