ITAPETININGA (G1) - O trabalho de fotografia realizado pelo estudante Gustavo de Moraes, de 16 anos, vai virar um documentário produzido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Mesmo tão novo, o aspirante a fotógrafo mostrou talento ao retratar os cartões-postais de Itapetininga (SP): três instituições de ensino estaduais instaladas em prédios históricos da cidade. As imagens das escolas Peixoto Gomide, Adherbal de Paula Ferreira e Coronel Fernando Prestes demoraram seis meses para ficar prontas. VEJA A GALERIA DE FOTOS
Por meio das lentes de uma câmera fotográfica profissional do tipo DSRL, o estudante conseguiu ilustrar os detalhes arquitetônicos dos prédios, a imponência das salas e do anfiteatro da escola centenária Peixoto Gomide, além da preservação de antigas portas e janelas de madeira maciça. Fotos que impressionam pela composição de cores e iluminação, afirma a professora Fernanda Moraes Brizola. “Fui surpreendida pela qualidade. Eu vi não só uma fotografia, mas um cenário, um contexto, parecendo que tinha vida. Então vi que era artístico”, ressalta.
Gustavo, que estuda na Escola Adherbal de Paula Ferreira, conta que a ideia surgiu devido à admiração pelo trabalho do arquiteto Ramos de Azevedo, que projetou prédios ainda no século 19. Ramos de Azevedo ainda idealizou obras como o Mercado e o Teatro Municipal de São Paulo e a Estação da Pinacoteca em São Paulo.
“O interesse em ter esse acervo fotográfico das três escolas surgiu a partir do momento que li um livro arquitetônico e a partir deste livro, que tinha fotografias das três escolas na década de 90, surgiu o interesse em fotografar o conjunto todo”, comenta Gustavo.
O projeto soma de um lado a preservação dos prédios que fazem parte da história de Itapetininga, conhecida como a terra das escolas. De outro, o talento de um jovem que percebe pelo olhar curioso a importância em resgatar a cultura de uma cidade. “Imaginaria que haveria só uma matéria no site da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, mas inclusive houve o documentário, que ainda está sendo produzido. Foi uma proporção muito maior que imaginava”, finaliza o estudante.