Ainda segundo os moradores, a situação também piorou com o passar do tempo. Na água parada larvas se formam, com isso pernilongos e mosquitos aparecem com frequência no local. Além disso, muito lixo se acumula no local. Até mesmo um colchão foi jogado em uma das poças na rua. Diante do cenário, o pedreiro Márcio Henrique Rodrigues Sales se diz indignado: “Isso aqui é uma vergonha para nossa prefeitura, que sempre está mexendo nessa imundice mas não resolve o problema. Falam tanto de dengue e olha a água parada aqui”, reclama.
O problema foi causado por uma vala aberta para a manutenção da rede de esgoto, mas o trabalho não foi finalizado. Montes de terra estreitavam a passagem dos veículos. Do outro lado da rua, a calçada estava destruída já que caminhões e ônibus não conseguiam passar pelo pequeno espaço que sobrava. Segundo os moradores, um poste inclinou e os fios de telefonia ficaram baixos. A terra não atrapalha mais a passagem dos carros, mas o buraco continua com o esgoto a céu aberto.
Em 13 de setembro a Prefeitura de Tatuí enviou uma nota informando que uma equipe da Secretaria de Urbanismo junto com a Vigilância Sanitária e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estiveram no local para fazer a fiscalização, mas de acordo com os moradores, ninguém esteve na rua para resolver o problema.
O técnico em segurança do trabalho Marco Aurélio Paes lamenta as promessas não cumpridas de resolver o problema. “Quando recebemos um requerimento dizendo que vai realizar a obra ficamos contente, mas depois vimos que fomos feitos de palhaços. Porque a sujeira continua, o esgoto continua, os buracos... não tem condição de ficar aqui”, afirma.
Em nota a prefeitura informou que todas as obras externas para solucionar o problema no bairro foram realizadas pela Sabesp e também pela Prefeitura de Tatuí. Porém, foram identificados novos focos de vazamento dentro de algumas casas da Vila Brasil, e segundo a prefeitura, os moradores impediram a entrada da equipe de vistoria da Sabesp e da Vigilância Sanitária no interior das residências. E sem autorização não haveria possibilidade de realizar as novas obras de reparo ou mesmo constatar o foco real do vazamento.
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