Do G1 Itapetininga e Região
A funcionária pública Vera Lúcia Rosa da Silva Dias tenta há dois anos realizar uma cirurgia de reconstrução mamária pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Tatuí. A paciente precisou retirar um dos seios e desde então passa por problemas emocionais.
O SUS é obrigado por uma lei federal a realizar a cirurgia reparadora que poderia ajudar a paciente recuperar a autoestima. Mas desde 2011 ela espera para colocar uma prótese no Hospital Regional de Sorocaba.
A funcionária pública conta que está passando por um tratamento contra depressão depois da retirada de uma das mamas. “Já fui no hospital três vezes mas eles só marcaram consulta de triagem. Os médicos são muito mau educados, o atendimento é péssimo. E até agora eu estou esperando para fazer a cirurgia, que por lei já era para eu ter feito“, afirma.
O secretário geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Itapetininga, José Elias Prado, explica que a cirurgia reparadora é garantida por lei federal a pacientes como Dias. “Desde 1999 existe a lei que obriga o SUS a proceder a cirurgia reparadora em caso de câncer de mama. Acontece ainda que, em 2012, foi criada uma nova lei que obriga o SUS a proceder a cirurgia reparadora no mesmo ato de cirurgia de retirada do câncer. Assim em apenas um procedimento a pessoa retira o câncer e faz a reparação estética dela“, explica.