G1 - O pedreiro Cláudio Rodrigues, que mora em Tatuí, descobriu que há 13 anos é considerado morto pelo banco de dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A descoberta foi quando o trabalhador precisou recorrer ao benefício depois de passar por uma cirurgia para retirada de uma hérnia.
De acordo com o órgão, desde 2000 o benefício em nome dele é pago para uma mulher que seria a viúva de um segurado falecido com os mesmos dados do pedreiro em Barra do Turvo (SP). O cadastro mostra que o homem morto está registrado com a mesma data de nascimento, os mesmos documentos pessoais e até o mesmo nome da mãe do pedreiro de Tatuí.
Segundo o órgão previdenciário, a correção dos dados só poderá ser feita pelo cartório da cidade ou pela Secretaria de Segurança Pública, para onde um ofício pedindo esclarecimentos já foi enviado. O INSS afirmou também que não pode divulgar informações de casos particulares.
Cláudio Rodrigues acredita que o fato de constar como morto para o INSS seja o motivo pelo qual enfrentou dificuldades em encontrar emprego. “Há alguns anos eu enviava currículos e ninguém me chamava. Como iam chamar um defunto para trabalhar?”, questiona.