Renata Cibelle é a primeira deficiente auditiva da escola a se formar.
Com muito orgulho, jovem conta que tirou nota máxima no TCC.Do G1 Itapetininga e Região
A Escola Técnica Estadual (Etec) de Tatuí (SP) teve um dia histórico nesta sexta-feira (3). Foi a primeira vez que um estudante com deficiência auditiva se formou em um curso técnico na unidade: a jovem Renata Cibelle de Oliveira, de 24 anos. Para ela, foi um sonho realizado poder vestir a beca e o capelo durante a colação de grau do curso de Técnico em Nutrição e Dietética da Etec.
Foi com gestos que Renata fez o juramento durante a cerimônia de colação de grau, juntamente com outros formandos. Ela informa que não foi fácil vencer as dificuldades que surgiram durante o curso, mas conseguiu superar a deficiência e conquistar o diploma.
Para os pais, foi uma atitude de muito orgulho, como conta o autônomo José Rubens de Oliveira, pai da estudante. "Sempre acreditei e apoiei ela. O apoio da família foi muito importante". A mãe, Nádia de Oliveira, diz que sempre acreditou na filha. "Ela sempre demonstrou bastante vontade de estudar. Já esperava isso dela".
O curso teve duração de um ano e oito meses. No início de julho, Renata estava nervosa por causa da apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que foi sobre alimentação saudável. Com a ajuda de Michela Praga, interprete de Lingua Brasileira de Sinais (Libras), ela conseguiu apresentar e o trabalho e teve aprovação com a melhor nota. A interprete também esteve presente no momento da formatura. Em todo o momento, Michele conversa com Renata e explica tudo o que acontece no cerimonial.
Com muito orgulho, jovem conta que tirou nota máxima no TCC.Do G1 Itapetininga e Região
A Escola Técnica Estadual (Etec) de Tatuí (SP) teve um dia histórico nesta sexta-feira (3). Foi a primeira vez que um estudante com deficiência auditiva se formou em um curso técnico na unidade: a jovem Renata Cibelle de Oliveira, de 24 anos. Para ela, foi um sonho realizado poder vestir a beca e o capelo durante a colação de grau do curso de Técnico em Nutrição e Dietética da Etec.
Foi com gestos que Renata fez o juramento durante a cerimônia de colação de grau, juntamente com outros formandos. Ela informa que não foi fácil vencer as dificuldades que surgiram durante o curso, mas conseguiu superar a deficiência e conquistar o diploma.
Para os pais, foi uma atitude de muito orgulho, como conta o autônomo José Rubens de Oliveira, pai da estudante. "Sempre acreditei e apoiei ela. O apoio da família foi muito importante". A mãe, Nádia de Oliveira, diz que sempre acreditou na filha. "Ela sempre demonstrou bastante vontade de estudar. Já esperava isso dela".
O curso teve duração de um ano e oito meses. No início de julho, Renata estava nervosa por causa da apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que foi sobre alimentação saudável. Com a ajuda de Michela Praga, interprete de Lingua Brasileira de Sinais (Libras), ela conseguiu apresentar e o trabalho e teve aprovação com a melhor nota. A interprete também esteve presente no momento da formatura. Em todo o momento, Michele conversa com Renata e explica tudo o que acontece no cerimonial.
A jovem, à direita, durante cerimônia de colação de grau. (Foto: Reprodução/TV Tem)
A coordenadora do curso de Nutrição, Mariane de Cássia Ferreira, confessa que no início desconfiou do sucesso da jovem. "Todos nós, no começo, com tantas dificuldades, duvidamos de que iria dar certo. Isso hoje é uma coisa muito boa. Sabemos que vencemos, principalmente a Renata, mas também todos os envolvidos", exalta.
Já a interprete Michela Praga comenta sobre sua felicidade em ajudar a realizar o sonho da estudante. "Não dá para saber o que ela está pensando no momento, é difícil explicar, mas estou muito feliz porque ela conseguiu chegar até aqui, se formando junto com seus colegas, todos ouvintes. Ela está mostrando para todos que é possível, mesmo tendo uma deficiência".
Renata conta, usando a Libras, que foi muito difícil na escola. "Tive que me esforçar muito. Tinha momentos em que não conseguia entender muito bem. A professora me dava conselhos. Eu sempre quis entender o que estava acontecendo, aprender e consegui progredir. No final, tirei a melhor nota", conta com muita alegria
A coordenadora do curso de Nutrição, Mariane de Cássia Ferreira, confessa que no início desconfiou do sucesso da jovem. "Todos nós, no começo, com tantas dificuldades, duvidamos de que iria dar certo. Isso hoje é uma coisa muito boa. Sabemos que vencemos, principalmente a Renata, mas também todos os envolvidos", exalta.
Já a interprete Michela Praga comenta sobre sua felicidade em ajudar a realizar o sonho da estudante. "Não dá para saber o que ela está pensando no momento, é difícil explicar, mas estou muito feliz porque ela conseguiu chegar até aqui, se formando junto com seus colegas, todos ouvintes. Ela está mostrando para todos que é possível, mesmo tendo uma deficiência".
Renata conta, usando a Libras, que foi muito difícil na escola. "Tive que me esforçar muito. Tinha momentos em que não conseguia entender muito bem. A professora me dava conselhos. Eu sempre quis entender o que estava acontecendo, aprender e consegui progredir. No final, tirei a melhor nota", conta com muita alegria
O TCC
Durante a apresentação do TCC, a professora Ana Cristina Monteiro afirmou que viu Renata transpor diversas barreiras durante o curso. “Em relação a socializar-se, fazer o entendimento do professor, que não fala Libras, mas que também exigia dela resultado. As novidades de sair do ensino médio e entrar em um curso técnico onde a linguagem é diferenciada... Ela galgou várias dificuldades”, comenta.
De acordo com a coordenadora do curso de nutrição, Mariane Ferreira, no começo foi mais difícil para os professores que ainda não tinham a experiência de dar aulas para alunos especiais. “Mas acreditamos no potencial dela, que demonstrou grande capacidade da mesma forma que todos os outros alunos”, conta.
Para os colegas que acompanharam a trajetória dela durante o curso até o momento da aprovação no TCC, o mesmo sentimento de admiração. A amiga de sala Gisele Sebastião conta que “ela mostrou que há capacidade e todo mundo tem que tentar. Se não tentar, como iremos saber que somos capazes”.
Durante a apresentação do TCC, a professora Ana Cristina Monteiro afirmou que viu Renata transpor diversas barreiras durante o curso. “Em relação a socializar-se, fazer o entendimento do professor, que não fala Libras, mas que também exigia dela resultado. As novidades de sair do ensino médio e entrar em um curso técnico onde a linguagem é diferenciada... Ela galgou várias dificuldades”, comenta.
De acordo com a coordenadora do curso de nutrição, Mariane Ferreira, no começo foi mais difícil para os professores que ainda não tinham a experiência de dar aulas para alunos especiais. “Mas acreditamos no potencial dela, que demonstrou grande capacidade da mesma forma que todos os outros alunos”, conta.
Para os colegas que acompanharam a trajetória dela durante o curso até o momento da aprovação no TCC, o mesmo sentimento de admiração. A amiga de sala Gisele Sebastião conta que “ela mostrou que há capacidade e todo mundo tem que tentar. Se não tentar, como iremos saber que somos capazes”.
Estudante acompanhando a intérprete de Libras durante o juramento. (Foto: Reprodução/TV Tem)
Ao pegar o canudo, simbolizando o diploma, a jovem não esconde a alegria. (Foto: Reprodução/TV Tem)
A aluna diante da professora e colegas de curso durante apresentação do TCC. (Foto: Reprodução/TV Tem)