Pesquisador segue em expedição pelo rio Sorocaba, no interior de SP
Ele deverá percorrer 205 quilômetros em 25 dias.
A expedição é gravada e deverá se transformar em um documentário.
Ele deverá percorrer 205 quilômetros em 25 dias.
A expedição é gravada e deverá se transformar em um documentário.
Do G1 Itapetininga e Região
O técnico em arqueologia, Alexandre Amaral Cinacchi, segue em uma expedição pelo rio Sorocaba, que banha diversas cidades do interior paulista. A jornada foi iniciada em 29 de junho em Sorocaba (SP) com destino a Laranjal Paulista, onde o rio desemboca.
A viagem deverá durar 25 dias e irá explorar 205 quilômetros do rio. O objetivo do pesquisador é produzir um documentário para mostrar as riquezas que ainda são preservadas e também apontar trechos de degradação sobre a fauna e a florada. Ele também observa peças que contam a história da região e de povos que habitaram as áreas próximas ao rio.
Toda o percurso é feito em um bote inflável. Alexandre só sai do rio para descansar, levantar acampamento e explorar as margens. Quando chega em terra firme, o primeiro passo é montar um altar com pedras encontradas pelo caminho. Segundo ele, é uma forma de agradecimento e pedido de proteção espiritual durante a viagem.
Enquando desbrava o ambiente, observa as pedras e o solo. Em Tatuí, fez descobertas arqueológicas. Ele encontrou instrumentos confeccionados há 5 mil anos. Um deles é um raspador, usado para preparar e cortar carne. Já outro objeto encontrado é um picoteador, também utilizado para alimentação. Ele ainda encontrou uma estilha, a sobra das raspas de pedras. “A estilha é um refugo da peça que os antigos habitantes dessa área produziam como o raspador e picoteador. Isso significa que aqui teve movimentação humana”, explica.
saiba mais
O técnico em arqueologia encontrou também peças que mostra a atividade dos tropeiros na região. Entre os objetos, pedaços de porcelana do século 19 e vidros utilizados para armazenar remédios e bebidas. “Todo este material vai ser cadastrado no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) do Ministério da Cultura. Eu acho que isso é fundamental para o conhecimento. Acho que é importante um estudante saber da história, de onde viemos e para onde estamos evoluindo. Isso é de extrema importância para a humanidade”, comenta.
A vida do rio
Tatuí foi um dos pontos de parada do navegador. Amostras de água foram recolhidas. De acordo com o explorador, a qualidade no trecho do município é considerada excelente de acordo com a medição feita por ele. “Quando eu entrei no município de Tatuí, na divisa com Boituva (SP), a mata começou a ficar mais bonita. A água também mudou de tonalidade, não tem odor forte e está bem oxigenada. A quantidade de partículas é de 11,0 ppm (partes por milhão – a sigla indica a quantidade, em gramas, das soluções diluídas)”, afirma.
Já entre Sorocaba e Iperó, Alexandre afirma que teve dificuldades para navegar. Ele encontrou pelo caminho muita sujeira, troncos e garrafas plásticas. “Foi preciso sair do bote para tirar o lixo do caminho”, comenta.
Todos os passos feitos durante o percurso são registrados em vídeos e fotos para o documentário. “Com este panorama, prefeituras e população poderão contribuir com preservação do rio”, afirma.
A viagem deverá durar 25 dias e irá explorar 205 quilômetros do rio. O objetivo do pesquisador é produzir um documentário para mostrar as riquezas que ainda são preservadas e também apontar trechos de degradação sobre a fauna e a florada. Ele também observa peças que contam a história da região e de povos que habitaram as áreas próximas ao rio.
Toda o percurso é feito em um bote inflável. Alexandre só sai do rio para descansar, levantar acampamento e explorar as margens. Quando chega em terra firme, o primeiro passo é montar um altar com pedras encontradas pelo caminho. Segundo ele, é uma forma de agradecimento e pedido de proteção espiritual durante a viagem.
Enquando desbrava o ambiente, observa as pedras e o solo. Em Tatuí, fez descobertas arqueológicas. Ele encontrou instrumentos confeccionados há 5 mil anos. Um deles é um raspador, usado para preparar e cortar carne. Já outro objeto encontrado é um picoteador, também utilizado para alimentação. Ele ainda encontrou uma estilha, a sobra das raspas de pedras. “A estilha é um refugo da peça que os antigos habitantes dessa área produziam como o raspador e picoteador. Isso significa que aqui teve movimentação humana”, explica.
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O técnico em arqueologia encontrou também peças que mostra a atividade dos tropeiros na região. Entre os objetos, pedaços de porcelana do século 19 e vidros utilizados para armazenar remédios e bebidas. “Todo este material vai ser cadastrado no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) do Ministério da Cultura. Eu acho que isso é fundamental para o conhecimento. Acho que é importante um estudante saber da história, de onde viemos e para onde estamos evoluindo. Isso é de extrema importância para a humanidade”, comenta.
A vida do rio
Tatuí foi um dos pontos de parada do navegador. Amostras de água foram recolhidas. De acordo com o explorador, a qualidade no trecho do município é considerada excelente de acordo com a medição feita por ele. “Quando eu entrei no município de Tatuí, na divisa com Boituva (SP), a mata começou a ficar mais bonita. A água também mudou de tonalidade, não tem odor forte e está bem oxigenada. A quantidade de partículas é de 11,0 ppm (partes por milhão – a sigla indica a quantidade, em gramas, das soluções diluídas)”, afirma.
Já entre Sorocaba e Iperó, Alexandre afirma que teve dificuldades para navegar. Ele encontrou pelo caminho muita sujeira, troncos e garrafas plásticas. “Foi preciso sair do bote para tirar o lixo do caminho”, comenta.
Todos os passos feitos durante o percurso são registrados em vídeos e fotos para o documentário. “Com este panorama, prefeituras e população poderão contribuir com preservação do rio”, afirma.
Pesquisador encontra relíquias em expedição pelo rio Sorocaba (Foto: Reprodução/ TV Tem)