Cerca de 100 pessoas estiveram presentes na apresentação do Projeto Gestão Energética Municipal (GEM), no último dia 12, no auditório Maurício Loureiro Gama, no Núcleo Ayrton Senna, entre servidores públicos da área da educação, saúde e administração; o coordenador da UGEM Tatuí, Jamil Miranda, e a coordenadora adjunta Géssica Gralhóz; representando o prefeito esteve a secretária da Educação Marisa Fiusa; o diretor da Fatec Tatuí Mauro Tomazzela e da unidade Sesi Tatuí Sidnei Perez; também compareceram, além de representantes de UGEMs das cidades de Araras e São João; pela Elektro esteve o gerente institucional Eduardo Zornoff e Lucas Sanchez Rafacho e, representando o Ibam, compareceu o consultor Jair Bressan.
O evento teve abertura com apresentação do coral de alunos da EMEF “Accácio Vieira de Camargo”. Em seguida, nas apresentações, Zornoff falou a respeito do Programa Elektro nas Escolas que em parceria com a Prefeitura de Tatuí, em 2011, desenvolveu trabalho de conscientização em todas as escolas municipais além de abordar a Gestão Energética como uma necessidade para que seja possível disponibilizar energia elétrica para novos empreendimentos.
Na apresentação realizada por Géssica Gralhóz, o desenvolvimento e os primeiros resultados obtidos pela UGEM foram abordados. Surgida através do Decreto Municipal de 11.752 de 15 de junho de 2006, a UGEM, a partir de outubro, após ter seus membros capacitados e ter apresentação da Elektro, atuou sobre o consumo de energia de todos os prédios mantidos pela prefeitura constatando que, mensalmente, os 265 prédios mantidos pela municipalidade consumiam 750 mil KW, o que gerava um custo de R$ 170 mil, e passou a gerenciar esses valores.
A primeira proposta de ação desenvolvida foi repassar a seus proprietários a responsabilidade das contas de prédios desativados, como o antiga Ciretran, antigo Distrito Policial, antigo Anexo Fiscal do Fórum e antiga Vara do Juizado Especial. Contas dos meses de agosto a dezembro de 2011 endereçadas ao antigo fórum foram ressarcidas pela Elektro já que neste período o prédio já estava desocupado e as contas foram calculadas a partir do consumo médio de meses anteriores.
Outras propostas foram o corte de fornecimento de luz no Sistema de Lazer do CDHU e no canteiro de obras da Rua Santo Bertin, por serem consideradas sem utilização; retirada da CIP - Contribuição de Serviço de Iluminação Pública - das contas de energia elétrica dos prédios da Prefeitura; mudança do faturamento das contas para três dias para evitar o pagamento de multas pela demora na entrega das mesmas, facilitar o fluxo de caixa da Prefeitura e agilizar a devolução das contas pelo banco e proposta de ajuste da demanda das Unidades Consumidoras do Grupo A, onde há Alta Tensão e atualização do cadastro da carga elétrica das praças públicas onde não há medidor, já que a cobrança pela energia é por estimativa de consumo.
Todas essas medidas são de responsabilidade administrativa. A UGEM as passou para a Secretaria de Governo e Negócios Jurídicos, responsável por essas questões, que providenciou a ação de todas elas. Projetos visando a melhora da iluminação, do sistema de condicionamento de ar por equipamentos mais eficazes e sistema de aquecimento solar para os prédios públicos também estão em desenvolvimento pela UGEM.
Bressan falou sobre a história do Ibam como primeira ONG surgida no Brasil, sua fundação foi em 1952 e ressaltou o trabalho da UGEM Tatuí. “Nunca um município do Estado de São Paulo apresentou dados tão completos e consistentes sobre o consumo de energia elétrica. Tatuí mostrou-se pioneira no trabalho de Gestão Energética Municipal”, afirmou.