A trajetória da APAE de Tatuí é feita de histórias cheias de luta, dedicação, respeito comprometimento e profissionalismo. Mãos que ajudaram a concretizar a realização de um sonho plantaram a semente do amor, auxilio e esperança. Há 30 anos, era fundada a APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Tatuí. O idealizador do projeto. Dr. Nelson Marcondes do Amaral, em uma reunião na “Chácara Três Fontes”, reuniu um grupo de pessoas entre autoridades, rotarianos, pais de excepcionais e simpatizantes da causa.
No dia 25 de julho de 1976, o anfitrião transformou esta reunião em Assembléia de Fundação e Constituição da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e de acordo com o registro no 1º Livro de Atas, foram considerados fundadores, todos aqueles, cujos nomes ali estão lavrados.
Instalada em um pequeno imóvel alugado na Rua XV de Novembro, nº 353, funcionou durante dois anos, enquanto sua sede social, com ajuda de pessoas da comunidade, ia sendo construída num terreno de 12.920 m², doado pelo Sr. Wanderley Bocchi e sua esposa Senhora Maria Penteado Bocchi.
No dia 04 de Novembro de 1978, com grande pompa, foi inaugurada a Sede da APAE. Quando da inauguração da APAE era sua Presidente a saudosa professora Eunyce Nobile Orsi, que durante 10 anos esteve e soube vencer de maneira extraordinária este desafio.
Poema de um aluno da APAE
PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - 28 anos, com idade mental de 15 )
Aluno da APAE de São Vicente, chamado, pela sociedade, de excepcional. Excepcional é a sua sensibilidade!
ILUSÕES DO AMANHÃ
'Por que eu vivo procurando um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver, se não for para mim, que seja pra você..
Mas às vezes você parece me ignorar,
Sem nem ao menos me olhar,
Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr.
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr.
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.
Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
Talvez eu seja um tolo, que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer, eu fiz brotar a flor
Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador...
Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.'
Se uma pessoa assim acredita tanto, porque as que se dizem normais não acreditam?
Claudiney Welasko