O engenheiro mecânico Reinaldo de Almeida Monteiro procurou, nesta semana, a redação do jornal O Progresso de Tatuí para apontar a “probabilidade de assoreamento do rio Tatuí”. Conforme ele, o risco existe na altura do quilômetro 24, da Rodovia Senador Laurindo Dias Minhoto (SP-141), em função das obras de duplicação que “estariam paralisadas por cerca de um mês”.
Segundo Monteiro, o motivo da preocupação é o trecho próximo à ponte do Rio Tatuí. Naquela área, existe o risco de que a terra escavada pela empreiteira para a abertura das marginais paralelas desça para o leito do rio, causando o assoreamento. “Desta forma, o nível da água poderia subir e inundar a ponte”, ressaltou.
O engenheiro afirma ainda que o risco é maior por conta da paralisação das obras. De acordo com ele, a duplicação do trecho teria sido interrompida pela empreiteira há pouco mais de um mês. “O risco aumenta com a chegada do período de chuvas”, comentou. Monteiro falou também que o perigo poderia ser evitado com a construção de uma barreira de contenção, embaixo da futura ponte que deve unir um extremo da pista ao outro, interligando a cidade ao condomínio Colina das Estrelas, ao residencial São Marcos e ao bairro dos Mirandas.
O engenheiro disse também que “não estaria fazendo o alerta por motivação política”. “Em 1986, antes da construção da primeira pista da ponte, no quilômetro 24 da rodovia, havia uma outra que foi destruída pelas cheias causadas pela chuva. Portanto, queremos apenas alertar, pois é melhor evitar os acidentes do que tentar consertar os estragos”.
O DER (Departamento de Estradas e Rodagem), da Divisão Regional de Itapetininga (DR-2), órgão ligado à Secretaria de Estado dos Transportes, e a Construtora Madri Ltda., com sede em Taquaritinga, são os responsáveis pela duplicação daquele trecho da SP-141, que liga Tatuí a Capela do Alto. O responsável pelas obras, José Roberto Nunes, da construtora Madri, disse que a construção das alas de contenção da nova ponte já está prevista no projeto da empresa.
“É óbvio que vamos fazer uma contenção, mas precisamos primeiro trabalhar a fundação da ponte, colocando pilares de sustentação”, afirmou. Nunes também negou que as obras estivessem paralisadas há mais de um mês. Conforme ele, os trabalhos de duplicação foram interrompidos por apenas uma semana, em decorrência das chuvas. “Nós já retomamos a obra no dia 5”, disse.
O secretário municipal de Obras e Infra-Estrutura, Marcello Ribeiro da Silva, afirmou que “há um certo engano quando se diz que as obras de duplicação da SP-141 ficaram paradas por cerca de um mês”. “Na verdade, faz apenas uma semana que elas pararam, em razão das fortes chuvas dos últimos dias”, falou ele. Silva também fez questão de reforçar a informação de que a empreiteira responsável pela obra construirá um muro de contenção. “A obra ainda não foi concluída, mas o muro, que é denominado de ala, será construído com certeza”.
Do jornal O Progresso de Tatuí, edição 5461, de 10.10.2010