A ampliação dos cursos e a construção de um prédio próprio. Os planos da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação, mantenedora da Faculdade Paulo Setúbal, de Tatuí, foram revelados nesta semana pelo pró-reitor de pós-graduação do Centro Universitário de Lins, Luiz Antonio Cabañas ao jornal O Progresso de Tatuí, na tarde de quinta-feira, 8, Cabañas adiantou que a fundação “enxerga grandes possibilidades” para o município.
Como prioridade, o acadêmico anunciou a expansão dos cursos oferecidos em Tatuí. Atualmente, a FPS conta com dois de graduação (administração e tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas), dez de pós-graduação (nas áreas de gestão de pessoas, engenharia, informática, saúde e química), seis de MBA (master business administration) e um de MBIS (master business information systems). Contudo, Cabañas disse não ter definido os cursos.
Para alavancar os projetos, o pró-reitor promoveu uma reunião entre as diretorias executiva e administrativo-financeira da FPTE e o Executivo local. Participaram do encontro o prefeito Luiz Gonzaga Vieira de Camargo e os secretários municipais Luiz Antônio Voss Campos (Trabalho e Desenvolvimento Social), Sérgio Antônio Galvão (Planejamento de Desenvolvimento Econômico e Habitacional) e Marisa Aparecida Mendes Fiúsa Kodaira (Saúde).
Gonzaga e seus secretários foram apresentados aos representantes da fundação, que projeta para os próximos meses a construção de sua unidade definitiva. A FPS funciona, no momento, num prédio cedido pela Prefeitura. O direito de uso, porém, encerra-se no final do ano que vem. “Esse encontro serviu para discutirmos o futuro da ‘Paulo Setúbal’”, contou Cabañas.
Segundo ele, a unidade, ao contrário do cogitado no início de sua vinda para a cidade, não contará com os cursos de engenharia. “Essa é a grande dúvida: que cursos oferecer?”, disse. A decisão está baseada em estudos de mercado, realizados pelos representantes da faculdade. Conforme o pró-reitor, a instituição identificou que o futuro alunado é composto de classe operária, com renda média a baixa. “Não é o perfil do curso de engenharia que custa R$ 1.000 por mês. Então, exatamente essa é a dúvida, para aonde vamos caminhar?”.
Um outro tema abordado no encontro é a busca por um terreno. A instituição espera contar com apoio da municipalidade no sentido de obter acesso a áreas em potencial. “Os diretores vieram hoje (quinta, 8) para conversar com as autoridades, definir um projeto e aí, sim, começar a implantá-lo”.
De imediato, a FPTE já possui um esboço de como será construída sua mais nova unidade. “O projeto do prédio nós já temos, só precisamos da área”, comentou. Entretanto, os planos podem mudar em função do terreno conseguido. A ‘Paulo Setúbal’ contará com prédio modular, composto por quatro blocos. “A partir deles, vamos construindo outros”, adiantou Cabañas. As novas instalações serão projetadas para suportar até 12 cursos de graduação. “Estamos falando de um crescimento para cinco a dez anos”, adicionou.
O valor do investimento vai depender, conforme o pró-reitor, do projeto apresentado. “Não existe um montante que a fundação está disposta a investir. Nosso processo é inverso, e o valor definido a partir de quanto precisaremos para construir o prédio”, falou. A disponibilidade da verba também esbarra na questão da razão social da faculdade. “Somos uma entidade filantrópica que, apesar de não sermos públicos, dependemos de arrecadação por meio de mensalidade, que é usada somente para manutenção. Então, não existe lucro”. Por esta razão, a FPTE vai pleitear financiamento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) para a construção.
PROJETO SOCIAL
Ainda durante a reunião, Cabañas fez o lançamento de um projeto social envolvendo a Prefeitura, a Faculdade ‘Paulo Setúbal’ e o grupo Rontan/FBA. “Trata-se de uma iniciativa para capacitação de mão-de-obra básica. É um curso para o mercado de trabalho, mas é bem introdutório”, descreveu o pró-reitor.
Os alunos terão aulas de informática e matemática básica, além de noções de comportamento e postura. As 40 vagas serão ocupadas por pessoas atendidas pelo Cras (Centro de Referência de Assistência Social), da Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social. O curso terá duração de seis meses e será custeado pelo grupo Rontan/FBA. A ‘Paulo Setúbal’ vai entrar com a estrutura pedagógica (professores) e a Prefeitura, com a triagem dos alunos.
Transcrito do
site www.oprogressodetatui.com.br, com modificações.