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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

OAB SP discute direitos humanos, voluntariado e desafios na inclusão de pessoas negras, mulheres e outros grupos discriminados

Seminário realizado na quinta-feira (19) reuniu especialistas em evento organizado pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem paulista, em colaboração com outras comissões e o Lions Clube


19/11/2024 |  A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo (OAB SP), com a colaboração das comissões de Igualdade Racial e de Mulheres Advogadas, também da Secional paulista, e em parceria com o Lions Clube, realizou na quinta-feira (19), o seminário "Direitos Humanos e Voluntariado - Os desafios da inclusão de mulheres, pessoas negras, com deficiência, migrantes, refugiados e povos originários".

O evento aconteceu na Subseção Sé da OAB SP e foi conduzido por Luciana Monteiro Portugal, integrante do Núcleo de Responsabilidade Empresarial e Direitos Humanos da CDH, e por Raniere Pontes, pedagogo e administrador, coordenador do programa Novas Vozes e associado ao Lions Clube São Paulo. Ao longo do seminário, dez painéis foram apresentados, com a participação de profissionais de destaque das duas instituições, que compartilharam conhecimentos e experiências sobre as áreas abordadas no tema central.

A mesa de abertura contou com a presença de Luciana, Raniere, Christian Pereira de Camargo (jornalista e Governador do Distrito LC-2 do Lions Clube) e Victoriana Gonzaga, advogada, mestre em Direito e Desenvolvimento Econômico e Social pela FGV/SP, secretária-executiva do movimento ESG Novas Gerações e autora do livro "Devida Diligência em Direitos Humanos", lançado no início do evento. "Precisamos somar forças e olhar na mesma direção, para que aquilo que nos propomos a fazer possa ser alcançado juntos. Este evento só foi possível graças ao trabalho em equipe", destacou Christian.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Rotary Club de Tatuí realiza o RYLA



Por Rotary Club de Tatuí

23/11/2024 |  O Rotary Club de Tatuí realizou, em sua sede, no dia 23, o R.Y.L.A. – Rotary Youth Leadership Awards, em português, Prêmios Rotários de Liderança Juvenil – que é um programa de treinamento que visa desenvolver a capacidade de liderar e o caráter dos jovens, com foco na cidadania e na ética.

O rotariano Antonio David Julian programou as palestras “O poder da comunicação”, com Letterino Santoro e “Networking – você não está sozinho”, com Cristiano Tamura. Os participantes elogiaram os temas e os conteúdos explanados. A Casa da Amizade preparou o coffee break aos participantes, oferecido pelo Distrito 4621.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Da África Amiga (poema de Rubens Oficial)

 DA ÁFRICA AMIGA


Da África amiga, eu era a alma.
Do chão da pátria, o senhor.
Nos meus braços estavam
as esperanças de minha terra
e a certeza de minha raça.
Mas, da maldade, fui presa.
De brutalidades, a vítima.
- De meu povo fui sequestrado.
Do navio imundo, fui o lastro.
Dos cruéis, mercadoria, moeda maldita.

Enterraram viva a minha consciência.
Enterraram viva a minha fé.
Enterraram vivo o meu destino.
Viva, enterraram a minha liberdade.
O fruto do meu trabalho
era doce na boca do meu senhor,
mas amargo no meu coração.
- Para mim, não era a estação dos frutos.

Princesa Isabel...
Liberdade me deram para sofrer.
Liberdade me deram para morrer.
Liberdade me deram para não ser
cidadão, proprietário, semelhante.

Fui vender doces, fazer balaios
ou me empregar na fazenda dos cruéis,
para não morrer de fome;
para não roubar, se possível.

Do Brasil fui a ralé.
Deste chão, erva maldita.
Não me aceitou gente de bem,
como se eu fosse o bandido da história.

Da chibata, desci à sepultura,
mas revivi no sangue de meus filhos.
E hoje caminho no porão imundo
do grande navio social.
Não sou escravo, sou escória.
Não sou sujeito, sou suspeito.
Navegando...na calmaria.
Lançado ao mar... na tempestade humana
que não procurei.

(1988, Tatuí)

domingo, 3 de novembro de 2024

Vídeo de vereador enfermeiro trocando bolsa de colostomia de recém-nascido viraliza

Maurício Couto trabalha há dois anos com bebês e crianças no Ambulatório de Ostomia; vídeo foi gravado na casa da família do recém-nascido, em Capela do Alto (SP).

Por g1 Itapetininga e Região, com copidesque do DT

Maurício e Alan são os enfermeiros; ao lado da mãe de Pedro, Daniela, e amiga Francine — Foto: Maurício Couto/Arquivo pessoal

02/11/2024 |  O vídeo de um enfermeiro trocando a bolsa de colostomia de um recém-nascido em Capela do Alto, viralizou nas redes sociais na última semana.

O enfermeiro estomaterapeuta que aparece nas imagens é Maurício Couto, de 46 anos, vereador em Tatuí (SP). Ele realiza o procedimento no bebê ostomizado que se chama Pedro, de apenas um mês.

Pedro nasceu no dia 29 de setembro, com um problema em parte do intestino, e foi submetido a uma cirurgia de colostomia, porém, não havia bolsas suficientes para manter o tratamento dele pelo tempo necessário.

Ao g1, Maurício contou que tinha material que eu tinha recebido por doação de uma paciente que eu ele já acompanhava.

domingo, 27 de outubro de 2024

VÍDEO | TATUÍ EM FILMES 16mm - 03 DESFILE CÍVICO - 1952

Vítimas de segregação do asilo-colônia que isolou pessoas com hanseníase ainda aguardam para serem indenizadas

Asilo ficava em Itu, Região Metropolitana de Sorocaba, e chegou a abrigar quatro mil pessoas com hanseníase ao mesmo tempo; lei aprovada em novembro de 2023 determina indenização para vítimas, mas ainda não foi regulamentada.

Por Pâmela Ramos, g1 Sorocaba e Jundiaí e TV TEM, com copidesque do DT

Asilo-colônia Pirapitingui, de Itu (SP), era local onde famílias eram segregadas por causa da hanseníase — Foto: Reprodução/TV TEM

25/10/2024  |  As vítimas de segregação do asilo-colônia Pirapitingui, de Itu, no interior de São Paulo, ainda aguardam regulamentação de uma lei aprovada em novembro de 2023 para serem indenizados. São pais e filhos que foram separados devido à desinformação e preconceito gerado por décadas contra pacientes com hanseníase.

No auge da transmissão da doença, no Brasil, o asilo-colônia chegou a abrigar quatro mil pessoas. Os pacientes eram internados de forma compulsória, por determinação da Justiça, após pedido médico.

Moradores de asilo-colônia Pirapitingui, de Itu (SP), passaram por processo de segregação em função da hanseníase — Foto: Reprodução/TV TEM

Na luta pelos direitos humanos dos atingidos pela doença e familiares, foi criado em 1981, na antiga colônia de Bauru (SP), o Movimento de Reintegração dos Acometidos pela Hanseníase (Morhan).

“O Morhan teve esse grande diferencial de ser o movimento organizado e fundado pelos próprios pacientes, pelas pessoas que foram acometidas pela doença e em busca de uma emancipação, em busca de uma prática pedagógica de libertação”, comenta Inhana Olga, diretora nacional do Morhan.

Inhana Olga, diretora nacional do Morhan — Foto: Reprodução/TV TEM

O movimento surgiu no final do isolamento compulsório da hanseníase, com a abertura oficial das colônias. “É um movimento que veio para ajudar, tanto esses pacientes que estavam segregados, isolados nas colônias, à integrar, a voltar a conviver em sociedade, mas também para preparar essa sociedade para receber essa pessoas novamente.”

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU), revelam que, entre 1923 e 1986, aproximadamente 16 mil crianças brasileiras foram separadas à força porque os pais sofriam de hanseníase.

Em novembro do ano passado foi sancionada uma lei federal para que filhos de pessoas que tiveram hanseníase pudessem receber um auxílio. A medida foi uma espécie de reparação diante do sofrimento de pais e filhos que enfrentaram a política de segregação.

“A gente continua mobilizado, continua em luta, continua pressionando porque a gente não teve o decreto que regulamentasse a lei e os filhos poderem começar a fazer esses requerimentos para, possivelmente, serem indenizados”, garante Inhana.

Tristes histórias

A manicure Claudete Portela do Prado Pereira, de Sorocaba (SP), faz parte das vítimas de segregação da hanseníase — Foto: Reprodução/TV TEM

A manicure Claudete Portela do Prado Pereira, que mora em Sorocaba (SP), faz parte desse triste episódio de segregação. Os pais dela se conheceram no asilo-colônia Pirapitingui, de onde ela foi retirada quando tinha poucos dias de vida.

"Quando eu nasci, eu já fui levada para o educandário, porque não podia ficar junto a eles. Eles estavam no Pirapitingui. Então, quando eu tinha dois anos o meu pai foi e me tirou de lá, e viemos para cá."

"Quando a gente veio morar para cá, era a casa lá no fundo. Não tinha a frente. Meu pai, com muito suor, montou um bar no Pirapitingui ae cresceu montando um bar lá. O dinheiro do bar ele construiu aqui. Aqui foi indo aos poucos. Cada tijolinho tem uma história."

Deusdete Portela, pai de Claudete, morou por seis anos no Pirapitingui. A colônia de Itu faz parte da história da família por vários motivos. Dona Leonilda, esposa dele, é uma delas. Foi aqui que o casal começou a relação que completou cinco décadas e deu vida a Claudete.

Deusdete Portela e a esposa Leonilda, foram obrigados a abrir mão da filha, em função do processo de segregação em Itu (SP) — Foto: Reprodução/TV TEM

"Não podia morar na casa do estado porque não éramos casados. Aí comprei um ranchinho lá e moramos juntos. Aí nasceu ela, dia 9 de dezembro de 1973. Ela nasceu, batizamos ela e já botaram ela dentro de uma cestinha e levou para São Paulo. Foi a maior tristeza”, comenta Deusdete Portela, pai de Claudete.

"Lá, era para ninguém sair para fora. Tinha tudo, até a mulher arrumei lá. Tinha campo de futebol, tinha cinema, teatro, rádio”, lembra.

Deusdete Portela tem histórias sobre a segregação em Itu S(P), em função da hanseníase — Foto: Reprodução/TV TEM

Toda luta trouxe amadurecimento e fortaleceu o vínculo entre a família. Uma força que teve o amor como principal motivação.

"A gente passou muita coisa, mas Deus é tão maravilhoso que hoje a gente tem o que tem por merecimento e muita força de vontade do meu pai e ele sempre não desistia. Isso que nos dava mais força. Nunca deixou faltar nada”, finaliza Claudete.

sábado, 19 de outubro de 2024

Músico grava partituras inéditas de Hermeto Pascoal após recebê-las de presente do compositor

Paulo Maia ganhou mais de 50 músicas inéditas do compositor, que viraram um álbum gravado em 2023. Nesta quinta-feira (16) é comemorado o Dia da Música Popular Brasileira.

Por Paulo Piassi, g1 Bauru e Marília, com copidesque do DT

Paulo Maia gravou partituras inéditas de Hermeto Pascoal após recebê-las de presente do compositor — Foto: Arquivo pessoal

17/10/2024 |  Um músico terá dificuldade em conceituar a Música Popular Brasileira em uma resposta simples. A MPB, como é conhecida, abrange estilos musicais genuinamente brasileiros que se afastam dos padrões europeus e norte-americanos, incorporando também a musicalidade dos povos nativos e as influências africanas presentes na cultura do país. Nesta quinta-feira (17) é comemorado o Dia da Música Popular Brasileira.

E um dos precursores desse estilo é o compositor e multi-instrumentista Hermeto Pascoal, hoje com 88 anos. Ele é conhecido por, além de suas obras, fazer música com objetos não convencionais, como garrafas de água, brinquedos infantis e partes do corpo.

Em 2022, um morador de Bauru (SP), músico e amigo de Hermeto recebeu do compositor 50 partituras inéditas escritas à mão com canetas multicoloridas, as quais no ano seguinte, virariam um álbum: o Inéditas de Hermeto, contemplado por um edital do Programa de Ação Cultural (PROAC) do Governo do Estado de SP.

Paulo Maia nasceu em Araraquara (SP), mas mora em Bauru há mais de 15 anos. Em entrevista ao g1, o maestro, compositor, arranjador e pianista, que acumula 30 anos de carreira, contou que conheceu a obra de Hermeto através de uma fita cassete apresentada por seu irmão.

Um lado da fita trazia a apresentação de Elis Regina no Festival de Montreux, enquanto o outro lado era dedicado a Hermeto, ambos se apresentando no mesmo dia, em 1979.

Hermeto Pascoal — Foto: Mônica Imbuzeiro / Reprodução da capa do livro 'Quebra-tudo! – A arte livre de Hermeto Pascoal'

“Foi alí que eu fui ter contato pela primeira vez com a obra do Hermeto. Ele fez um solo de escaleta, que é um teclado pequenininho e eu fui comprar uma e pensei como era possível ele tocar aquele tanto em um instrumento tão pequeno. Aí que eu fui me aprofundar na obra dele”, conta Paulo.

O músico começou a frequentar o Conservatório de Tatuí, ainda no começo dos anos 2000, para ter aulas com André Marques, que era pianista de Hermeto Pascoal na época.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Outubro Rosa: alerta às mulheres

 VOCÊ SABIA?

Conhecer o seu corpo é a melhor forma de aprender a identificar se algo não está certo. Porque quando o assunto é câncer, é preciso se cuidar o ano inteiro. Portanto, mulher, fique atenta às suas mamas!

– Câncer de mama: mais de 73 mil novos casos por ano; alimentação saudável e atividade física podem reduzir o seu risco de ter a doença; a mamografia de rotina é recomendada para mulheres de 50 a 69 anos de idade.

– Câncer do colo do útero: mais de 17 mil novos casos por ano; a prevenção é feita pela vacina HPV; meninas e meninos de 9 a 14 anos de idade devem se vacinar; o exame preventivo é recomendado para mulheres de 25 a 64 anos de idade, a cada 3 anos.

sábado, 12 de outubro de 2024

Reator Multipropósito Brasileiro, em Iperó, recebe R$ 243 milhões para avançar em saúde e tecnologia

Por Marcelo Barros

Maquete das instalações do Reator Multipropósito Brasileiro, em Iperó (SP)

11/10/2024 |  O Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), um dos principais projetos estratégicos do país, recebeu R$ 243 milhões para avançar sua construção. O investimento, anunciado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Finep, visa tornar o Brasil autossuficiente na produção de radioisótopos usados em tratamentos de câncer, além de beneficiar áreas como agricultura e meio ambiente.
Objetivos e Benefícios do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB)

O RMB foi concebido para atender uma necessidade crucial do Brasil: a autossuficiência na produção de radioisótopos, essenciais para o diagnóstico e tratamento de doenças graves, como o câncer. Atualmente, o país depende da importação desses insumos, o que pode gerar riscos de desabastecimento e aumento de custos. Com o RMB, o Brasil estará apto a produzir seus próprios radiofármacos, reduzindo a dependência externa e beneficiando milhões de pacientes.

Além da saúde, o RMB também trará avanços significativos para a agricultura e o meio ambiente. As radiações geradas pelo reator poderão ser aplicadas na pesquisa e desenvolvimento de técnicas agrícolas mais eficientes, no combate a pragas e na preservação de recursos naturais. O reator será um dos centros mais avançados de tecnologia nuclear do país, contribuindo para a ciência em múltiplos campos.

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Detalhes do Investimento e Etapas do Projeto

Os R$ 243 milhões liberados pelo MCTI e Finep são não reembolsáveis e têm como origem o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Essa verba será utilizada para financiar a execução de projetos detalhados de engenharia de prédios nucleares, obras de infraestrutura e aquisição de matérias-primas e componentes essenciais para o reator. O projeto também envolve a criação de um Laboratório de Feixe de Nêutrons, que permitirá pesquisas científicas em diversas áreas.

O RMB está localizado em Iperó, São Paulo, junto ao Centro Industrial Nuclear de Aramar, onde a Marinha Brasileira desenvolve o protótipo do reator para o submarino nuclear brasileiro. A parceria internacional também é destaque, com a empresa argentina INVAP participando do desenvolvimento, além da Amazul, uma empresa pública ligada à Marinha do Brasil, que contribui com expertise técnica.
Impacto do RMB na Tecnologia Nuclear Brasileira

A construção do RMB será um marco para a tecnologia nuclear no Brasil. O reator terá um papel fundamental no teste de combustíveis nucleares e materiais estratégicos, utilizados tanto nas usinas de Angra quanto no futuro submarino de propulsão nuclear brasileiro. Além de atender às necessidades do país, o RMB também funcionará como um laboratório de ponta para a pesquisa científica, permitindo o uso de feixe de nêutrons em projetos de física, química e materiais.

Inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o RMB já conta com investimentos de R$ 1 bilhão até 2026. Sua conclusão representará um avanço significativo para a ciência nuclear brasileira, consolidando o país como uma referência na produção de radiofármacos e no desenvolvimento de tecnologias nucleares, essenciais para o futuro da saúde, defesa e pesquisa científica.

Com informações do MCTI

Tatuí | Minicabra: pet ou rural?

Celso de Mello condena pacote anti-STF que tramita na Câmara: 'esdrúxulo', 'retrocesso'

Chamado de "eterno decano do STF", o ministro tatuiano aposentado afirma que as propostas violam a separação de Poderes, princípio fundamental da Constituição

Ministro Celso de Mello preside sessão da 2ª turma do STF. (28/05/2019) (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

247 - Chamado por seus pares de "eterno decano do STF", o ministro aposentado Celso de Mello criticou duramente as propostas aprovadas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Em declaração enviada ao apresentador Marcelo Cosme, da GloboNews, Celso de Mello afirmou que tais iniciativas “encontram clara e lamentável inspiração em cláusula de nítido perfil autoritário”, relata o blog do Camarotti, do g1. O ex-ministro argumenta que, se aprovadas pelo Congresso Nacional, essas propostas violariam os limites estabelecidos pela separação de Poderes, um princípio fundamental da Constituição brasileira.

A polêmica em questão envolve a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 28/2024, que permite ao Congresso Nacional revisar e suspender decisões do Supremo Tribunal Federal em matérias de controle de constitucionalidade. Segundo Celso de Mello, essa medida seria um grave retrocesso democrático e um atentado à ordem constitucional vigente. O ex-ministro comparou a proposta à Carta ditatorial imposta por Getúlio Vargas em 1937, durante o Estado Novo, destacando que a PEC tenta replicar um modelo autocrático já condenado pela história brasileira. “A PEC não oculta o intuito arbitrário e profundamente lesivo à ordem democrática, revelado por parcela da Câmara dos Deputados, de replicar uma esdrúxula experiência de retrocesso à Carta ditatorial imposta ao País por Getúlio Vargas, em 10 de novembro de 1937, que implantou, entre nós, o regime autocrático do Estado Novo”, declarou Celso de Mello.

Para o ex-ministro, a PEC institui um "recall" judicial, algo que ele considera absurdo e incompatível com o constitucionalismo brasileiro. De acordo com ele, atribuir ao Congresso Nacional a competência para suspender julgamentos do STF em controle de constitucionalidade é uma clara violação ao princípio da separação de poderes, um dos pilares da Constituição Federal.

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Nova Carteira de Identidade Nacional possibilita melhoria dos serviços públicos

Secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação, Rogério Mascarenhas, destaca vantagens do novo documento, que já foi emitido por mais de 13,4 milhões de brasileiros

Segundo o secretário, a CIN traz a possibilidade de o Governo Federal passar a automatizar a concessão de benefícios - Foto: Washington Costa/MF

A evolução do sistema de identificação do Brasil a partir da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) tem um papel estratégico para a melhoria dos serviços públicos, apontou o secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Rogério Mascarenhas, em entrevista nesta quarta-feira, 2 de outubro. Mais de 13,4 milhões de brasileiros já contam com a CIN, segundo dados do sistema de monitoramento do Governo Federal.

“A gente está buscando melhorar a identificação dos brasileiros. Isso é mais do que uma pauta só de segurança. O novo documento vai permitir que a gente melhore a qualidade do serviço público prestado, na medida em que temos um cidadão, agora, perfeitamente identificado. Então, a gente pode fazer uma política pública focada no cidadão, na sua jornada de vida e na sua necessidade”, ressaltou Mascarenhas.

Segundo o secretário, a CIN traz a possibilidade de o Governo Federal passar a automatizar a concessão de benefícios. “Quando você tem, por exemplo, a questão do Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência (BPC/LOAS), que é um benefício muito utilizado, hoje em dia você tem a possibilidade, se você tem uma identificação feita da pessoa, com aquela condição que ela tem, acho que a gente já consegue estar trabalhando numa automatização disso”, explicou.

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Árvores viram 'cidadãs' e ajudam a conscientizar sobre preservação do meio ambiente em Sorocaba

'Símbolos de fortaleza e resistência.' Relação das árvores consideradas como "cidadãs" da cidade consta nas leis municipais nº 8.837/2009 e nº 9.123/2010. Imunes ao corte, plantas são essenciais para a conscientização sobre a importância de preservar o meio ambiente.

Por Júlia Martins, Diogo Del Cistia*, g1 Sorocaba e Jundiaí

Jequitibá fica na CEI Dona Zizi de Almeida, em Sorocaba (SP) — Foto: UFSCar/Divulgação

21/09/2024 |  Toda cidade tem seus cidadãos. Alguns deles de idade avançada, outros ainda jovens. Mas, nem todos são, necessariamente, pessoas. Em Sorocaba, árvores também ganharam o título de cidadãs. E, assim como os moradores, contribuem - e muito - para o bem-estar da população.

Imponente, o Jequitibá chama a atenção de quem passa pela CEI Dona Zizi de Almeida, na Vila Espirito Santo. A árvore, de 149 anos, é a segunda mais alta do município e também é uma das "cidadãs sorocabanas", um conjunto de plantas que são protegidas do corte e devem ser preservadas.

A relação das árvores consideradas como "cidadãs" da cidade consta nas leis municipais nº 8.837/2009 e nº 9.123/2010. De acordo com o Código Florestal Brasileiro, toda vegetação presente em terras brasileiras é de interesse comum aos habitantes e, por isso, qualquer árvore pode ser declarada imune ao corte, seja por conta de sua localização, raridade, beleza ou condição de porta-semente.

A professora e engenheira agrônoma, Fiorella Fernanda Mazine Capelo, coordenadora do curso de graduação em Engenharia Florestal da UFSCar de Sorocaba, faz parte de uma equipe responsável por monitorar e estudar essas árvores.

Professora e engenheira agrônoma, Fiorella Fernanda Mazine Capelo, coordenadora do curso de graduação em Engenharia Florestal da UFSCar de Sorocaba (SP) — Foto: Arquivo Pessoal

domingo, 29 de setembro de 2024

Acordo visa preservar a Real Fábrica de Ferro


Do Cruzeiro do Sulredacao@jornalcruzeiro.com.br

Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema (Crédito: Thais Marcolino)

28/09/2024 |  Um acordo entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) propõe ações mútuas voltadas à conservação do patrimônio histórico Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema, que completou 60 anos de tombamento no último dia 24. A cerimônia ocorreu ontem (28), na Casa de Armas Brancas, localizada na Floresta Nacional de Ipanema (Flona) — que ocupa áreas de Iperó, Araçoiaba da Serra e Capela do Alto.

Com o tema “Os remanescentes da Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema: Desafios e Expectativas”, os representantes das universidades, Flona e órgão federal expuseram exemplos de conservação em siderurgias no exterior que podem ser usadas na Real Fábrica para desenvolver educação patrimonial, garantir que o sítio histórico conserve as características originárias e não deixar que, após uma manutenção, entre novamente em estado de degradação, entre outros.

O superintendente do Iphan no Estado de São Paulo, Danilo de Barros Nunes, por sua vez, destacou a importância de celebrar o tombamento. “Na verdade, a gente celebra os processos daqui para entender o que vem agora. O tombamento tem um sentido de existir, mas vem seguido do uso, da conservação, da responsabilidade, e é disso que falamos também”, disse.

As pesquisas visando a conservação do patrimônio devem ser iniciadas nos próximos meses. “A Fábrica não é a parte principal, mas, no caso da Flona, é uma parte integrante e inseparável; então tem toda uma história. Esse acordo incentiva as pesquisas, que assim abrem a possibilidade de entender melhor o que aconteceu por aqui em relação à arquitetura, por exemplo, e também à biodiversidade”, comentou Fernando Tizianel, chefe da Flona. (Thaís Marcolino)

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

poesia

Há uma força


A gota
que escorrega pela folha
não é mais gota
absorvida pelo mar
é oceano

Deixou de ser
Tornou-se imensa

O rio
que se encontra com o mar
não é mais rio
absorvido pelo mar
é oceano

Deixou de ser
Tornou-se imenso

O ovo
que se junta à farinha
não é mais ovo
misturado à farinha
é bolo , iguaria fina

Deixou de ser
Tornou-se a massa

O homem
que se junta ao Todo
não é mais homem
sendo um em Todos
é humanidade , Todos em um

Deixou de ser
Tornou-se todos

A mulher
com o filho no ventre
não é mais mulher
é mãe
tornou-se a carne do filho

Deixou de ser
Tornou-se divina

O sêmen
ao encontrar o óvulo
não é mais sêmen
é vida
tornou-se o filho do homem

Deixou de ser
Tornou-se em outro

O Eu
ao desfazer-se de si
não é mais ego
é imensidão
inocência , divino Deus

Deixou de ser
Tornou-se o Todo

A criação
ao fazer-se em arte
não é mais criação
é desdobrar-se
sendo em si o Criador

Deixou de ser
Tornou-se a obra

(Cristina Siqueira)

Faculdade SESI de Educação abre inscrições para o Vestibular 2025

Processo seletivo oferece licenciaturas gratuitas, novo curso de Educação Física e Bolsa Permanência



Por: Lais Fiocchi, comunicação Faculdade SESI de Educação

23/09/2024 |  A Faculdade SESI de Educação, referência na formação de docentes por área de conhecimento, está com as inscrições abertas para o Vestibular 2025. Os interessados podem se inscrever até o dia 29 de outubro de 2024, clicando aqui.

Conforme o edital, a prova será realizada no dia 09 de novembro de 2024 e consiste em um estudo de caso, com aplicação em 6 locais, distribuídos nas unidades do SESI-SP na capital e no interior. Na região de Tatuí, a prova será realizada em Sorocaba. Para o Vestibular 2025, as notas do ENEM não serão aceitas.

Após a prova, os candidatos passarão por uma entrevista presencial, prevista para ocorrer entre os dias 28 de novembro e 13 de dezembro no campus da Faculdade SESI de Educação. O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 17 de dezembro.

Além da gratuidade, a Faculdade SESI de Educação também oferece o programa de Bolsa Permanência, que concede um auxílio financeiro mensal de um salário-mínimo aos estudantes que atendem aos critérios socioeconômicos. A instituição ainda conta com a Residência Educacional, proporcionando experiências práticas em sala de aula desde o início da graduação.

Os cursos de graduação oferecidos são de licenciatura nas áreas de Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática, Linguagens e o novo curso de Educação Física. Todos os cursos têm duração de quatro anos e são realizados em tempo integral, com as aulas no período noturno e a Residência Educacional no período matutino ou vespertino, dependendo da disponibilidade da escola.

SERVIÇO
Vestibular 2025 - Faculdade SESI de Educação
Inscrições até 29/10
Cursos gratuitos de licenciatura em: Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens, Matemática e Educação Física