domingo, 16 de fevereiro de 2025

Ex-testemunhas de Jeová protestam contra líder mundial da igreja em Cesário Lange

Manifestação aconteceu neste sábado (15) em Cesário Lange, cidade sede da religião no país. O ato repudia os posicionamentos da religião.

Por g1 Itapetininga e Região com edição do DT

Ex-testemunhas de Jeová manifestam contra líder mundial neste sábado (15) em Cesário Lange (SP) — Foto: Arquivo pessoal/Jacira da Silva Amaral

16/02/2025 15h12  |  Ex- integrantes do grupo religioso "Testemunhas de Jeová" organizaram uma manifestação neste sábado (15) em Cesário Lange (SP). O ato foi um protesto contra a chegada do líder norte americano Robert Ciranko, no Brasil. O município é a cidade sede da religião no país.

Segundo o grupo, a manifestação aconteceu em repúdio aos casos de pedofilia entre as lideranças, a discriminação com ex-membros e o posicionamento da congregação quanto à transfusão de sangue. O líder da religião veio ao Brasil para compromissos, institucionais, incluindo a discussão sobre a queda do número de fiéis nos estados brasileiros desde 2020.

Ainda segundo o grupo, cerca de 50 dissidentes perderam o contato com familiares que seguem a religião. Eles também buscam revogar a proibição de se conviver com ex-membros e praticantes da religião, sejam estes parentes ou amigos.

O ato foi organizado por Yann Rodrigues, ex-Testemunha de Jeová. Ele foi expulso da própria casa aos 15 anos, quando se desvinculou da religião. Desde 2024, lidera o Movimento de Ajuda às Vítimas das Testemunhas de Jeová (MAV-TJ).

O grupo compartilhou que esse isolamento social provocado por algumas famílias, fazem com que os ex-membros desenvolvam ansiedade, pânico e medo.

Sentimento de revolta dos manifestantes

Jacira da Silva Amaral, de 72 anos, moradora de Brasília (DF), foi testemunha de Jeová por 40 anos. contou que valeu a pena protestar, pois foi um clamor por justiça.

Ao g1, Jacira compartilhou que ela tinha 28 anos quando entrou na religião, ela conheceu em 1982 e se dedicou muito. Em 2021, ela saiu e em janeiro de 2022, ela se desligou totalmente após as noticias de violência sexual na religião.

A manifestante contou as pessoas vieram do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal para a manifestação. Ela explicou que é uma luta contra a violência sexual e ao abandono das pessoas.

“É uma morte social. Onde um Deus amoroso exclui alguém da família? Eu me senti traída, fui enganada. Quando você sai, você perde tudo”.

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