domingo, 16 de fevereiro de 2025

Árvores emblemáticas que se destacam em Itapetininga

As famosas figueira do Correios, paineira da Virgílio e cedrinho do cemitério da Vila Rio Branco, são apenas algumas das árvores que embelezam a cidade

No centro da cidade, a figueira da praça dos Correios, com quase 100 anos, é símbolo de resistência. Foto - Laura Oliveira

Agro por Aline Fiori no Correio de Itapetininga com edição do DT

14/02/2025 00:59 |  Em meio às ruas e locais de Itapetininga, três árvores emblemáticas, quase centenárias, resistem ao tempo e servem de referência a diversos pontos da cidade, uma delas sendo até protegida de cortes. As famosas figueira do Correios, paineira da Virgílio e cedrinho do cemitério da Vila Rio Branco, são apenas algumas das árvores que auxiliam no ecossistema local e decoram a cidade.

Figueira do Correios

Localizada no centro da cidade, a figueira da praça dos Correios, com quase 100 anos, é um símbolo de resistência e longevidade. Com galhos robustos e raízes que se entrelaçam no chão, ela oferece sombra e tranquilidade para quem passa por ali.

Seus ramos e galhos abrigam diversas espécies de aves e pequenos animais, contribuindo para a biodiversidade do município. De acordo com Décio Hungria Lobo, coordenador do Conselho Municipal De Defesa Do Meio Ambiente (Comdema), tempos atrás um morador da região pediu o corte da árvore por diversas vezes, temendo que a mesma caísse em sua casa. O pedido foi negado após o Comdema verificar que tal possibilidade não existia. “Se trata de uma árvore centenária. Na verdade, uma das que temos na cidade. Ela é muito conhecida, além de proporcionar beleza ao município e uma bela sombra. Temos que protege-la, assim como as outras”, diz Décio.
Com galhos robustos e raízes que se entrelaçam no chão, ela oferece sombra e tranquilidade para quem passa por ali.

Paineira da VirgílioNa Rua Virgílio, uma árvore também de grande porte chama a atenção não apenas por sua beleza, mas também por sua história de preservação. Reconhecida por sua importância ecológica e histórica, a famosa Paineira da Virgílio é imune de corte, após um decreto de 1990, do então prefeito José Carlos Tardelli que protege a árvore. “Decreto n° 255 de 20 de setembro de 1990 – É declarado Imune de Corte as árvores abaixo especificadas: 1 - O Ipê Roxo situado no pátio interno da Escola Estadual ‘Fernando Prestes” e 2 - A paineira situada na esquina da Rua Dr. Virgílio de Rezende, com a rua Roque Antunes de Almeida”.

Em janeiro de 2022, o Correio conversou com o Décio, que informou que, naquele mesmo ano, havia enviado à Prefeitura de Itapetininga a sugestão do Comdema para o local. “A ideia é que a prefeitura desaproprie a área e instale no espaço um museu dedicado à artista plástica Maria Prestes, que morreu em 2015 e era a dona da casa. Ali também funcionava seu ateliê”, esclareceu.

Entretanto, até o momento, a sugestão não teve atualizações e a ideia segue sendo proposta.

O Cedrinho do Cemitério
No cemitério da Vila Rio Branco, um cedrinho centenário também se destaca entre as lápides e monumentos. Com tronco mais grosso do que o normal para sua espécie e folhagem que oferece uma favorável sombra, além de embelezar o cemitério, também serve como um ponto de referência para o encontro de lápides.Crescimento desenfreadoSobre as árvores mencionadas, Hungria diz que o crescimento ocorreu desenfreadamente. “Essas árvores são resultados de plantios feitos a 50, 100 anos atrás, quando não haviam disciplinas ou conhecimentos adequados para desenvolve-las da maneira correta”.“Hoje em dia, temos orientação e pelo menos uma dúzia de espécies de porte médio/pequeno que crescem dessa forma. Esse é um ponto importante para o plano de arborização. A maioria das ruas da cidade são estreitas, por isso é fundamental que a população esteja ciente do que pode ou não plantar para não ocorrer problemas futuros de estragar calçadas ou esbarrar em fiações elétricas, por exemplo, como já foi pedido algumas vezes com as árvores citadas”.

Plano de arborização
Ainda segundo o órgão do meio ambiente, Itapetininga não possui um plano de arborização. “Nós do Comdema estamos lutando por isso, que é uma coisa séria. Com um plano bem desenvolvido, poderíamos inclusive resolver a questão da erradicação das árvores que oferecem risco de queda e que podem resultar em grandes tragédias”.“Isso, além de embelezar a cidade, também contribuiria para o clima, segurança e até mesmo economia local”, finaliza.

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