quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Exposição na Câmara homenageia os 70 anos do Conservatório de Tatuí

A visitação pública poderá ser feita de 21 de novembro a 9 de dezembro, das 13h às 20h, de segunda a sexta-feira, na Sala de Sessões.

Divulgação / CMT

21/11/2024 |  Uma Sessão Solene na Câmara Municipal de Tatuí, realizada na última terça (19), deu início à Exposição “Retratos de Maestros do 1º Congresso”, com sete quadros de autoria do artista plástico Rafael Sangrador, que retratam os maestros Antonio Carlos Neves Campos, Cadmo Fausto, José Antonio Pereira, Luís Marcos Caldana e Santiago Giordano, bem como o trompetista Leopoldo Felício de Andrade. Eles participaram do 1º Congresso Internacional de Bandas Sinfônicas, realizado pelo Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” em 2004.


O objetivo da mostra é homenagear o Conservatório de Tatuí pelos 70 anos de fundação, que foram comemorados em 11 de agosto deste ano. Além disso, a exposição celebra os 20 anos do 1º Congresso de Bandas Sinfônicas.

Cerca de 50 pessoas participaram da solenidade. Entre os presentes, além da comunidade local, estiveram o presidente da Câmara, Eduardo Sallum, o vereador João Eder Alves Miguel, o artista plástico Rafael Sangrador, o gerente artístico-pedagógico de Artes Cênicas do Conservatório de Tatuí, Antonio Salvador, a gerente de Comunicação do Conservatório, Sabrina Magalhães, o presidente do TATUIPREV, João Antonio Fonseca de Oliveira Sobrinho (que representou o ex-diretor do Conservatório, José Coelho de Almeida), Antonio Carlos Cabral Campos (filho do maestro e ex-diretor do Conservatório, Antonio Carlos Neves Campos) e o maestro José Antonio Pereira.

Divulgação / Câmara Municipal de Tatuí




Antônio Salvador, representando a gerência do Conservatório de Tatuí, agradeceu à Câmara Municipal e ao artista plástico pela exposição. Ele destacou que a instituição é um importante patrimônio cultural, conhecido internacionalmente por sua excelência, considerado uma das maiores escolas de música e teatro da América Latina, que atende anualmente cerca de 3 mil estudantes, oriundos de mais de 200 cidades de diferentes regiões do Brasil e de países como Peru, Chile, Argentina, Venezuela, Estados Unidos e Japão.

“Uma história que se mistura à história de Tatuí. Desde que assumiu a gestão do Conservatório de Tatuí, em dezembro de 2020, a Sustenidos tem trabalhado para fortalecer ainda mais a escola e a sua excelência de ensino. Convido vocês para acompanharem a nossa programação e as nossas divulgações pelo site e pelas redes sociais da instituição. O Conservatório é um organismo vivo em constante desenvolvimento, que honra a sua tradição, a sua história e todas as pessoas que contribuíram para a sua jornada. Algumas delas retratadas aqui, e eu já imagino que a gente vai ver pelas obras do artista Rafael Sangrador. Ao mesmo tempo em que se inova, cresce, evolui e se moderniza, tudo isso converge para um novo caminho que combina tradição e inovação, apoiando cada vez mais jovens para que se insiram no mercado de trabalho da cultura e das indústrias criativas. Assim vamos juntos rumo ao futuro. Obrigado por esta oportunidade e pela bela homenagem”, comentou Antonio Salvador.

O artista plástico Rafael Sangrador relembrou a sua trajetória desde que chegou ao Brasil e os trabalhos realizados em Tatuí a partir de 1998, quando veio para a cidade. Agradeceu a todos que se dedicaram para a realização da exposição, incluindo a Câmara Municipal e a Sustenidos. Sangrador destacou que 2004, ano do “1º Congresso Internacional de Bandas Sinfônicas” organizado pelo Conservatório de Tatuí, foi muito importante em sua trajetória.

“Eu me dava muito bem com o maestro Neves e com a Cida, ambos do Conservatório. Eles me pediram alguma ideia a respeito do Congresso e imediatamente sugeri fazer os retratos que foram expostos na entrada do Conservatório. Foi a primeira exposição realmente artística feita lá. Tenho um orgulho enorme e sou muito grato”, disse.

“Ainda ‘não caiu a ficha’ sobre o que está acontecendo hoje. Espero que daqui pra frente a gente consiga fazer mais, não somente nas artes plásticas, mas também na música. Tatuí é a cidade da música. Artur da Távola, um comentarista que narrava os concertos, falava assim: ‘Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão’, ressaltou Rafael Sangrador.

O presidente da Câmara, Eduardo Salum, enfatizou a importância da parceria entre a Câmara Municipal, o artista plástico Rafael Sangrador e o Conservatório de Tatuí para a realização da exposição, afirmando que a escola ajudou a construir o orgulho dos tatuianos. “Nossa cidade é capital da música antes do Conservatório. Uma cidade operária, de um progresso industrial como diz o nosso hino, das bandas operárias. E depois esse ‘DNA cultural e musical’ que a cidade já tinha, foi se institucionalizar no Conservatório”, explicou.

Ele lembrou algumas das lutas travadas para o avanço da cultura na cidade durante os seus mandatos como vereador, falou da sua formação no Conservatório de Tatuí, onde entrou aos seis anos para estudar violoncelo, e também sobre as dificuldades para convencer atualmente o Governo do Estado de São Paulo de que o Conservatório é importante e precisa continuar existindo. “A maior escola de música da América Latina, que formou tanta gente e teve gênios. O Estado hoje dá um orçamento na mão da administração e esse orçamento na última década caiu pela metade. Hoje, administrar o Conservatório é um pouco fazer mágica. Eu não podia deixar de vir à tribuna e falar da realidade como estamos vendo hoje e quero me colocar à disposição da administração do Conservatório, para cobrarmos, enquanto povo, que o Estado valorize de fato a escola. Está na hora de darmos as mãos pelo Conservatório de Tatuí”, salientou.

“A Câmara começou a pautar o Conservatório. Antes se dizia que não podia pautar, que o Conservatório não tinha nada a ver com a Câmara Municipal. Eu espero muito que a gente continue pautando e utilizando esse espaço para isso. Para mim é um prazer muito grande tê-los aqui e ter essa exposição aqui”, finalizou Eduardo Sallum.

José Antônio Pereira, o “Maestro Pereira”, que atuou no Conservatório de Tatuí entre 1975 e 2022, pontou a história musical em Tatuí desde a segunda metade do século 19, relembrou sobre o empenho para a instalação do Conservatório no início da década de 1950 e afirmou que “o povo tatuiano é artístico”. Segundo ele, o Conservatório veio coroar o que Tatuí já havia feito. “Assim é em toda cidade, é assim em toda casa, o filho vem fazer o que o pai já tinha feito”, comparou o maestro.

Ele também enfatizou em sua fala a importância da atuação dos ex-diretores José Coelho de Almeida e Antonio Carlos Neves Campos, dentro da trajetória dos 70 anos do Conservatório de Tatuí, que tiveram participação fundamental para que a instituição conquistasse o reconhecimento dentro e fora do Brasil.

A Exposição “Retratos de Maestros do 1º Congresso”, organizada pela Câmara Municipal de Tatuí e pelo artista plástico Rafael Sangrador, tem o apoio do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” e da Sustenidos, que administra a instituição e emprestou cinco das obras que estão expostas. Essas obras atualmente fazem parte do acervo da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. As outras duas obras foram cedidas pelos homenageados ou seus familiares para o período da mostra na Câmara Municipal.

A visitação ficará aberta ao público de 21 de novembro a 9 de dezembro, das 13h às 20h, de segunda a sexta-feira, na Sala de Sessões “Vereador Rafael Orsi Filho”.

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