segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Tatuí recebe espetáculo inspirado em texto da ganhadora do nobel de literatura Elfriede Jelinek

Teatro do Fim do Mundo apresenta o espetáculo “O Caso Meinhof” no Conservatório de Tatuí. Além da apresentação, o Teatro do Fim do Mundo irá promover uma oficina gratuita com o tema “Depois de Brecht - Dramaturgia política contemporânea em língua alemã”.

Espetáculo "O Caso Meinhof" / Foto de Caca Bernardes (divulgação)

14/10/2024 | No dia 20 de outubro de 2024 (domingo), às 18h, com entrada gratuita, o Teatro do Fim do Mundo ( @teatrodofimdomundo ) apresenta “O Caso Meinhof” no Teatro Procópio Ferreira, no Conservatório de Música e Teatro de Tatuí, que fica na Rua São Bento, 415, no Centro, em Tatuí.

O espetáculo “O Caso Meinhof” discute o fracasso e a herança dos movimentos revolucionários do século XX, além de debater a presença das mulheres na liderança de processos políticos, entre outros temas que se mostram urgentes no Brasil de hoje.

A montagem é livremente inspirada no texto “Ulrike Maria Stuart”, da ganhadora do Nobel de literatura Elfriede Jelinek. Lançada logo após a premiação com o Nobel em 2004, a peça é considerada como a mais importante de Elfriede Jelinek, autora fundamental para a dramaturgia contemporânea, apesar de sua obra ainda ser pouquíssima encenada no Brasil.

A narrativa parte da história da RAF (ou Grupo BaaderMeinhof), grupo terrorista alemão dos anos 70 liderado por duas mulheres: Ulrike Meinhof e Gudrun Ensslin. Após a morte de seus quatro principais na prisão, seus cérebros foram retirados para estudos. Houve inclusive quem afirmasse que uma lesão no cérebro de Ulrike teria sido responsável pelo comportamento violento e consequentemente sua atividade de terrorista.

Somente décadas depois, a filha (já adulta) de Meinhof conseguiu na justiça reaver e enterrar o cérebro da mãe. Ocasião em que também descobriu-se que os três outros haviam desaparecido misteriosamente.

A partir desses estranhos fatos, a peça do Teatro do Fim do Mundo inventa o misterioso roubo do cérebro de Ulrike por parte de seus filhos, que o teriam preservado em um vidro para se comunicar com ele a fim de investigar a verdade sobre a morte da mãe. Nesta investigação, eles criam um podcast e, a cada episódio, confrontam um entrevistado envolvido na história usando meios pouco convencionais de comunicação, inclusive com os mortos.

Para narrar essa história, o Teatro do Fim do Mundo transformou a trajetória de vida da terrorista Ulrike Meinhof em um podcast que é apresentado em cena pelos filhos da guerrilheira.

A história é divida em três episódios, com 50 minutos cada, e o público escolhe se quer ver cada um deles de maneira independente ou assistir a todos juntos, em um espetáculo de quase 3 horas de duração, com dois intervalos. Mas a peça também pode ser lida como uma disputa entre três figuras – um pai, uma mãe e a rival desta – pela influência sobre os filhos do casal.

Oficina DEPOIS DE BRECHT - Dramaturgia política contemporânea em língua alemã

No mesmo dia, de 14h às 16h, o grupo promove uma oficina gratuita com o tema “DEPOIS DE BRECHT - Dramaturgia política contemporânea em língua alemã”, abordando a obra de quatro autores fundamentais do teatro de língua alemã, levando os participantes a analisar o legado de Bertolt Brecht, referência incontornável para a proposta de uma poética política no campo dramatúrgico e teatral.

As ações fazem parte do projeto contemplado no Edital PROAC Nº 02/2023 – Teatro/Circulação de Espetáculo.

Informações: www.instagram.com/teatrodofimdomundo e www.facebook.com/teatrodofimdomundo

Ficha técnica: livremente inspirado em ULRIKE MARIA STUART, de Elfriede Jelinek. Direção: Clayton Mariano e Maria Tendlau. Tradução e dramaturgismo: Artur Kon. Elenco: Artur Kon, Carla Massa, Clayton Mariano, Maria Tendlau, Mariana Otero e Marilene Grama. Direção de arte e material gráfico: Renan Marcondes. Cenotecnia: Matias Arce. Desenho de luz, direção e operação técnica: Cauê Gouveia. Trilha original: Renato Navarro. Confecção das golas: Antonio Slusarz. Fotografia: Cacá Bernardes. Registro em vídeo: Bruta Flor Filmes. Assessoria de imprensa: Luciana Gandelini de Souza. Assistente de produção: Mariana Pessoa. Direção de produção: AnaCris Medina - Jasmim Produção Cultural

Serviço: 
Espetáculo “O Caso Meinhof”
Com Teatro do Fim do Mundo
Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=AARHdIE78fQ&feature=youtu.be
Sinopse: Livremente inspirada no texto “Ulrike Maria Stuart”, da ganhadora do Nobel de literatura Elfriede Jelinek, a peça parte de uma história curiosa do RAF, grupo terrorista alemão dos anos 70. Após a morte na prisão de seus principais integrantes, seus cérebros foram retirados para estudos, incluindo o de Ulrike Meinhof, que acabou sendo enterrado após muitos anos de investigação. A partir desses estranhos fatos, a peça inventa o misterioso roubo do cérebro de Ulrike por parte de seus filhos, que o teriam preservado em um vidro para se comunicar com ele a fim de investigar a verdade sobre a morte da mãe. Nesta investigação eles criam um podcast e, a cada episódio, confrontam um entrevistado envolvido na história e usam meios pouco convencionais de comunicação, inclusive com os mortos. Duração: 120 minutos

Quando: 20 de outubro de 2024 - Horário: domingo às 18h

Onde: Teatro Procópio Ferreira - Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos - Rua São Bento, 415 - Centro - Tatuí (SP)

Grátis - Distribuição de ingressos uma hora antes do espetáculo na bilheteria do teatro

Classificação: 14 anos. Acessibilidade: Sim - Capacidade: 429 lugares. Estacionamento: não possui.

Oficina: DEPOIS DE BRECHT - Dramaturgia política contemporânea em língua alemã

Coordenação: Artur Kon

Sinopse: A oficina abordará a obra de quatro autores fundamentais do teatro de língua alemã para investigar os modos e sentidos de escrever para a cena hoje, convidando os participantes a reavaliar o legado de Bertolt Brecht, referência incontornável para a proposta de uma poética política no campo dramatúrgico e teatral. Partindo da ideia de que “ser contemporâneo” não é tão simples quanto se pode imaginar, a oficina propõe um olhar aprofundado para o duplo desafio: levar ao extremo a experimentação formal e (para) refletir sobre nosso tempo sem escamotear seus impasses.

Público-alvo: maiores de 16 anos, estudantes de Teatro ou com interesse na temática.

Duração: 2h – Horário: das 14h às 16h

Vagas: 30. Grátis - inscrições no próprio local

(Luciana Gandelini)

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