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| Imagem: Yuri Ravitz |
Yuri Chaves via nexperts
06/09/2024 | O processo de criação de um carro é altamente complexo, demorado e dispendioso. Por conta disso, as empresas e montadoras vivem em busca de soluções para facilitar a tarefa e, é claro, economizar tempo e dinheiro investidos nesse desenvolvimento.
Para resolver o problema, a Ford idealizou o que chama de Centro de Desenvolvimento e Tecnologia, um lugar onde a marca consegue não apenas desenvolver como experimentar sistemas, recursos e tecnologias tanto em ambiente virtual quanto real. O TecMundo foi até Tatuí, em SP, para conhecer a única unidade de testes da empresa na América Latina.
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| Pistas asfaltadas permitem arrancadas e curvas em alta velocidade. Yuri Ravitz |
Totalizando 4,66 milhões de m² e quase 80% de áreas verdes preservadas, o Centro de Testes de Tatuí é um dos sete que a montadora tem desse tipo no mundo, equipado com diferentes pistas e circuitos para praticamente todo tipo de condição de rodagem. São 20km de pistas pavimentadas e 40km de trilhas off-road para testes variados.
As pistas pavimentadas foram pensadas para testes de velocidade. O traçado é composto por curvas de alta e baixa velocidade, pista de ruídos, retas que possibilitam arrancadas, entre outros. Já as pistas off-road permitem testes de suspensão, transposição de áreas alagadas, treinamento de direção e derrapagem, simulação de terra e cascalho, entre outros.
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| Partes das pistas off-road podem ser percorridas em alta velocidade. Divulgação/Ford |
O campo de testes também possuí áreas de suporte com garagem experimental, montagem de protótipos e até carregadores de veículos elétricos, compondo uma estrutura que permite mais de 440 testes diferentes. A ideia principal é combinar os experimentos dos centros com os ensaios virtuais e os testes de rua para aperfeiçoar os veículos o máximo possível.
Recentemente, a unidade de Tatuí adquiriu um simulador estático de engenharia, munido de uma tela curva de 4,5m e 210º de campo de visão. Só há três desses simuladores da Ford no mundo e eles foram pensados para otimizar ensaios de engenharia de inúmeros componentes em diferentes condições de rodagem e/ou climáticas.
Embora pareça um grande videogame, o time de engenharia da Ford faz questão de realçar o aspecto funcional do simulador: "é uma ferramenta que amplia a nossa capacidade de desenvolver projetos globais", afirma o engenheiro Jean Horcario. Seis computadores gerenciam toda a operação e são controlados por profissionais em uma sala dedicada.
Marinna Silva, gerente da unidade de Tatuí, tem grandes planos para o centro paulistano: "queremos ser a primeira opção de desenvolvimento de tecnologias da Ford no mundo e estamos conseguindo nos destacar, com tecnologias avançadas e soluções inovadoras que redefinem a experiência de dirigir", afirma a executiva.
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| Bronco exposto ao lado de um F-150 reestilizado.Yuri Ravitz Do Brasil para o mundo |
A marca destacou algumas funcionalidades desenvolvidas pelo time brasileiro que estão presentes nos modelos globais, a exemplo do Track Apps que equipa o novo Mustang GT Performance, capaz de cronometrar tempos e exibir informações básicas de telemetria, além do Remote REV que permite acelerar o carro de forma remota, pela chave presencial.
A picape F-150, reestilizada recentemente, conta com um sistema de iluminação externa por zonas, abrangendo todos os quatro cantos do utilitário e transformando-o em uma ferramenta útil para momentos de lazer (como um acabamento) ou até trabalho. Há ainda o "Contour Seats", bancos sofisticados que equipam os modelos da Lincoln nos EUA.
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| Mustang GT Performance vai à pista para testar o Track Apps.Fonte: Yuri Ravitz |
Tivemos a chance de acelerar o novíssimo Mustang GT Performance na pista para ver algumas das funcionalidades do Track Apps como, por exemplo, medir o tempo de 0 a 100km/h. Também tivemos experiências com o elétrico Mustang Mach-E e seu assistente de frenagem de emergência que pode parar totalmente o veículo caso o motorista não reaja.
Por fim, pudemos conhecer de perto uma unidade exclusiva do Bronco "raiz", que não é comercializado no Brasil, bem como algumas das funcionalidades do F-150 reestilizado e o desempenho da picape Maverick no fora-de-estrada. Com tudo isso, a Ford reforça seu compromisso com nosso país e deixa claro que não pensa em sair daqui tão cedo.
*TecMundo viajou a convite da marca
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