sexta-feira, 2 de agosto de 2024

A exposição "70 Artistas Celebrando os 70 Anos do Conservatório de Tatuí", de Binho Vieira, inaugura no MIS Tatuí.

Na primeira exposição do Museu da Imagem e do Som de Tatuí, Binho Vieira apresentará 70 artistas que fizeram parte da rica trajetória de sucesso do Conservatório local.

01/08/2024 |  No dia 11 de agosto (domingo) – mesmo dia em que Tatuí comemora 198 anos de fundação -, o Conservatório de Tatuí completará 70 anos de existência. Para celebrar esta data, o multiartista e historiador tatuiano Binho Vieira homenageará com sua arte “Tijol” a maior escola de música da América Latina. Ele fará uma exposição memória com 70 artistas que fizeram parte da rica trajetória de sucesso do Conservatório; trata-se da exposição “70 artistas celebrando os 70 anos do Conservatório de Tatuí”.

A ação inaugurará o Museu da Imagem e do Som de Tatuí (MIS), situado na Avenida Domingos Bassi, esquina com a Avenida João Batista Correia Campos (Marginal do Manduca), ao lado do Paço Municipal. “A alegria foi imensa em saber que a minha exposição seria a primeira do MIS Tatuí. A relevância da história do Conservatório e a exposição memória teve um casamento ideal quando surgiu a ideia de celebrar este momento no Museu da Imagem e do Som, um lugar que tem tudo a ver com o Conservatório”, comenta Binho Vieira.

Um vernissage exclusivo para convidados, artistas e imprensa acontecerá no dia 9/8 (sexta-feira). A partir do dia 10/8 (sábado) até o dia 13 de setembro, a exposição estará aberta ao público em geral, podendo ser visitada gratuitamente todas as sextas-feiras e sábados das 9h às 17h. Especialmente no domingo, dia 11 de agosto, aniversário do município e do Conservatório de Tatuí, o MIS estará aberto para visitação das 9h às 17h.

O projeto – contemplado pelo edital nº 06/2023 da Lei Paulo Gustavo, pela Prefeitura de Tatuí – se refere fundamentalmente ao estudo da história da escola de música, de teatro e luteria com a finalidade de garantir o registro de sua memória através dos talentos que passaram por ela, sejam ainda alunos ou professores, por meio de uma exposição de fotos e bibliografias de seus personagens.

Cada artista convidado para participar da mostra terá um painel mural em madeira, nas medidas de 60cm x 120cm, com design e toque artístico de Binho, retratando sua história com o Conservatório de Tatuí. A exposição será dividida em quatro salas ambientadas, representando cinco temas: painel cordas (piano, harpa, luteria, cordas sinfônicas e popular); painel percussão; painel sopros (madeira e metais); painel canto; e painel teatro (artes cênicas e cenografia).

Binho Vieira participou das atividades do Conservatório de Tatuí de 1980 a 1992 e trouxe para sua história de vida uma grande bagagem de conhecimento e de boas memórias. Foi daí que surgiu a ideia deste projeto e a escolha dos 70 artistas, que teve como principais critérios a sua memória afetiva dos tempos em que estudou no Conservatório e fez muitos bons amigos, da relevância histórica e da influência na mídia destes artistas selecionados. “Foi um trabalho árduo e muito rico em detalhes, que valeu a pena todo esforço e horas de dedicação. Foram dois meses de pesquisas até chegar nos 70 escolhidos; seis meses de pesquisa de campo para conseguir todo material bibliográfico dos artistas, entre fotos, documentários e histórias; e mais três meses para criar as artes de cada painel. Toda a revisão ortográfica ficou a cargo da Flávia Machado”, comenta o multiartista.

Além disso, Binho tem uma descendência musical que começou com seu avô materno, Renato Oliveira, multi-instrumentista que tocava na década de 1920 na Orquestra Jazz União Operária Tatuhy. De lá para cá, muitos músicos da família fizeram o Conservatório e se destacaram no cenário artístico brasileiro e também serão homenageados na exposição, como por exemplo: Claudio Baiano, um dos primeiros professores de percussão do Conservatório de Tatuí; Bob Percussa; Atner Oliveira; Laruana Alves; Giovanni Ricioli; Paloma Bulsing; e outros. Alguns in memorians, com autorização de suas famílias, trarão uma relevância histórica para o projeto: Bimbo Azevedo, João Baptista Del Fiol, maestro Antônio Carlos Neves Campos, João Dias Carrasqueira, dentre outros. Lendas vivas, que ainda fazem do Conservatório a maior de todas as escolas de música da América Latina, também serão lembradas: os professores José Coelho de Almeida, Pedro Cameron, Ana Maria Teixeira de Medeiros (56 anos lecionando piano), e alguns irmãos da América Latina, como Javier Calvino (50 anos lecionando percussão sinfônica), Erik Heimman Pais, Oscar Aldama e Álvaro Ponce De Leon R.

Para Binho, o projeto visa reverenciar o melhor da arte, seja pela música, pela luteria ou pelo teatro, dando o devido valor ao talento que faz do Conservatório de Tatuí o maior de todos, que forma profissionais para o mundo. E reverenciar a história dos 70 anos do Conservatório de Tatuí por meio destes artistas é respeitar o passado sem perder de vista os seus próximos 70 anos. Segundo ele, cada um no seu devido tempo enriqueceu a história da instituição, levando o nome dela para todos os palcos onde pisam. “Esta exposição é para aplaudir em pé o Conservatório de Tatuí, a sua arte e as pessoas que fizeram e fazem parte desta belíssima história. Só tenho a agradecer ao meu Jesus Cristo, toda honra e toda glória! Quero agradecer ao cuidado e a paciência da minha esposa, Lu Bulsing, que esteve sempre perto me orientando em tudo e proporcionando condições para que eu pudesse realizar este projeto com excelência”, comemora Binho Vieira. Da mesma forma, o artista agradece o apoio do Conservatório de Tatuí, na pessoa de seu gerente geral, Gildemar Oliveira, da Sustenidos Organização Social de Cultura, que gerencia o Conservatório.

A exposição “70 artistas celebrando os 70 anos do Conservatório de Tatuí” tem como parceiros culturais: Pekatê Brasil, associada a Fundação Dom Cabral; Unimed Centro Paulista; MasterMind; VA Brindes e Comunicação Visual; Buffet Di Fatto; Bartenders Primus Premium; MR Produções; Unimed Tatuí; Hotel Del Fiol; Cláudia Rauscher Buffet; Stúdio K – Estúdio de Design; Bravo Tatuí – Instituto Musical; Perin Instrumentos Musicais; Vetech Informática; Cachaça Paulossi; Tatu na Toca; FFM Serviços de Escrita; Raquel Flores; COT – Centro Ortopédico Tatuí; Branko Comunicação Visual; e Paulo Rogério Fotografia.

SOBRE O ARTISTA

Binho Viera, multiartista tatuiano, é o criador do “TIJOL – Movimento Artístico Tatuiano Baseado em Fazer Artes com Círculos, Linhas e a Desconstrução do Tijolo Cerâmico Vermelho”. Nascido em 1974, tem 50 anos de idade, é publicitário, poeta, escritor, designer, músico, cantor, ator, compositor, fotógrafo, artista plástico, escultor e gestor de marketing. Possui bacharelado em Comunicação Social com formação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Metodista de Piracicaba e pós-graduação em Marketing e Mídias Digitais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), de São Paulo.

No mês de outubro de 2023, seu trabalho foi escolhido como a melhor poesia do Festival Nacional de Poemas de Cerquilho, com a obra “A Perdida Infância”, a qual escreveu, dirigiu e encenou nos palcos do Teatro Municipal de Cerquilho. Em meados de junho de 2023 foi convidado pelo diretor de Cultura de Tatuí, Rogério Vianna, para desenhar o medalhão Paulo Setúbal para o “21º Concurso Paulo Setúbal – Literatura e Artes Visuais”. Em maio de 2023 lançou sua exposição autoral no Museu Histórico “Paulo Setúbal” com a sua Arte TIJOL, onde recebeu um público de mais de 4 mil pessoas e uma grande exposição de mídia pelos veículos de comunicação, dando início ao grande movimento artístico tatuiano. Recebeu da Câmara de Vereadores de Tatuí uma Moção de Aplausos pela iniciativa inédita. Ainda em 2023, venceu o Concurso Nacional Clube do Ukulele, na categoria Músicas Autorais, em parceria com sua filha Memy Ricioli, com a música “A Felicidade”.

Em 2022 fez todo o design de ambiente da UTI do Hospital Unimed Tatuí, escrevendo em cada leito poesias sobre os instrumentos musicais (da viola caipira ao piano, da flauta ao banjo). É o idealizador do “Quintal do Saber”, localizado na Praça Paulo Setúbal, em Tatuí, onde transformou um espaço público em um museu ao ar livre sobre a história da cidade. Além disso, desenvolveu o design de ambiente para o hall do Hotel Del Fiol, com o Projeto Memória “Pentagrama do Tempo”, e a ambientação musical do Hospital Unimed Tatuí.

Fez a criação e a curadoria da Exposição “Arte em Janelas”, contando a história da cidade em fotos extraídas do acervo “Antiga Tatuhy – Volume 1”, em parceria com o Museu Histórico “Paulo Setúbal”, e a expografia do Painel Memória Unimed Centro Paulista, em Limeira. Participou do Projeto Cultural “Arte em Portas – Nossos Artistas, Nossas Inspirações!”, na E.E. “Prof. José Celso de Mello”, com um de seus pensamentos poéticos.

Lançou em 2021 o livro “Reflexões: eu planto, tu plantas, nós colhemos”, a história da cooperativa Unimed Centro Paulista em fotos e contação de histórias. Desde 2015 tem o seu projeto autoral “Ciranda de Louvor”, com mais de 180 cantigas cristãs infantis.

Foi vencedor do Mapa Cultural Paulista 2011 (Fase Municipal) nas categorias fotografia “Analogia do Tempo” e crônica jornalística “A Inclusão dos Excluídos”. Recebeu duas estatuetas do Prêmio “Arthur Henck” de Educação, na categoria Educação Cooperativista na Cidadania (2010 e 2012). Vencedor do Mapa Cultural Paulista 2010 (Fase Municipal) na categoria Caricatura, com a obra “Andrea Bocelli” e na categoria Escultura “O Gorila”, onde iniciou os primeiros traços do Movimento TIJOL. Tem mais de 20 troféus no Prêmio Nacional de Marketing do Sistema Unimed. Finalista no Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Melhor Capa de Livros Infantis (1997), pela Editora Casa Publicadora Brasileira. Menção Honrosa em Charge, no 1º Salão de Humor Latino Americano (1995). Participação em exposições de diversos Salões de Humor, inclusive o mais respeitado do mundo, que é o Salão Internacional de Humor de Piracicaba, no ano de 1994.

Aprendeu música no Conservatório de Tatuí de 1980 a 1992, onde participou de grandes espetáculos, como solista na primeira ópera infantil do país “A Peste e o Intrigante”, de Monteiro Lobato, uma adaptação de Mario Ficarelli, uma superprodução que rodou o Brasil. Ao completar 40 anos de idade, lançou seu primeiro livro no formato digital, com suas principais obras de artes em aquarela, grafite, bico de pena em nanquim que, ao serem digitalizadas, ganharam poemas escritos pelo próprio artista.

A ARTE TIJOL

O TIJOL é o Movimento Artístico Tatuiano Baseado em Fazer Artes com os Círculos, Linhas e a Desconstrução do Tijolo Baiano”.

Você já ouviu falar do polo de cerâmicas em Tatuí? A cidade é conhecida por abrigar muitas fábricas de cerâmica vermelha e é privilegiada, pois se situa sobre uma formação geológica com argila de excelente qualidade. Atraídas pelas condições ideais de extração da matéria prima, muitas fábricas de cerâmica vermelha se instalaram na região, principalmente a partir dos anos 1960.

A ideia de criar arte através das linhas, círculos e a desconstrução desta argila vermelha em elementos gráficos foi o pontapé inicial do artista Binho Vieira, a fim de desenvolver um estilo autoral único, inédito e tendo Tatuí como seu berço inspiracional. O acervo TIJOL reúne mais de 50 obras que foram apreciadas em maio de 2023, no Museu Histórico “Paulo Setúbal”, de Tatuí, por pelo menos 4 mil pessoas.

A arte é baseada em ilustrações, figuras geométricas, tipologias e elementos do cotidiano de Tatuí, como sua música e sua natureza, apresentadas por meio de artesanato, design de objetos, telas digitais, estamparia, esculturas e outros itens, de diversas formas, tamanhos e materiais variados, como cobre, madeira, barro, cerâmica e tecido. Tudo baseado no tijolo cerâmico vermelho.

O Tijolismo, criado pelo artista tatuiano Binho Vieira, não é baseado na argila de fazer o tijolo, mas sim, dos elementos gráficos e pitorescos que existem na feitura do tijolo criado pela argila vermelha. Estes elementos gráficos do tijolo foram definidos assim pelo artista: suas texturas únicas e porosidade aparente; os círculos desformes e sequenciais; as linhas mal definidas, quebradas e paralelas; as paletas avermelhadas e suas nuanças de cores de queima; sua rusticidade e dureza; sua força e peso; os elementos vazados; a profundidade e perspectivas; e sua luz e sombra.

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