Por g1 Sorocaba e Jundiaí
Funcionários da Amazul durante manifestação nesta terça-feira (30) — Foto: Divulgação |
30/07/2024 | Funcionários da Amazul, empresa pública ligado ao governo federal que é responsável pelo desenvolvimento do programa nuclear no Centro Experimental de Aramar, em Iperó (SP), paralisaram as atividades nesta terça-feira (30). A greve também afeta o Centro Tecnológico da Marinha, na capital paulista.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia do São Paulo (Sintpq), ao menos 150 funcionários aderiram ao movimento. O número representa 18,75% do quadro de colaboradores, composto por 800 pessoas, contratados em regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Os funcionários, ainda segundo o sindicato, se reuniram em São Paulo, onde promoveram uma manifestação. Eles reinvidicam reposição salarial de 24%, melhores condições de trabalho e plano de carreira dentro da instituição.
Conforme funcionários, as oficinas de manutenção, setor de produção de periféricos e administração estão paralisados.
De acordo com Alex Zok, que trabalha como eletrotécnico e também faz parte do sindicato, a greve não afeta as instalações nucleares de Aramar. "Até por uma questão de segurança radioativa (...) Mas o restante dos trabalhadores e trabalhadoras que não tm ligação direta com material radioativo nuclear podem paralisar", acrescenta.
Em nota enviada ao g1, a Marinha do Brasil (MB) informou que a contratação de pessoas para a Amazul é feita pela própria empresa e que a MB não interfere no processo.
Centro Industrial Nuclear de Aramar em Iperó (SP) — Foto: Ana Carolina Levorato/G1 |
Aramar faz parte do projeto para a produção de submarinos a propulsão nuclear nacionais. Em Iperó, são feitas pesquisas e estudos que vão permitir a produção de combustível nuclear em escala industrial no país.
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