sábado, 20 de janeiro de 2024

Museu Paulo Setúbal recebe a exposição desIGUAL, de Thays Leonel

Mostra promete inquietar o público


16/01/2024 | O Museu Histórico Paulo Setúbal, equipamento de cultura da Secretaria de Esporte, Cultura, Turismo e Lazer da Prefeitura de Tatuí, recebe na sexta dia 02 de fevereiro, a artista visual Thays Leonel, que abre a mostra desIGUAL.

A exposição, contemplada pelo ProAC 2023 (Programa de Ação Cultural de São Paulo) para circulação de exposição, a mostra desIGUAL, de Thays Leonel, chegará a Tatuí na primeira semana de fevereiro. Com estreia em janeiro de 2023 no Centro Cultural de Itapetininga-SP, agora o Museu Paulo Setúbal receberá as mais de 40 obras da artista, que “chamam atenção para os limites e negligências que permeiam a vida das mulheres”, como conta a curadora Giovanna Trevelin.

Thays parte da revolta diante da impossibilidade de plena existência social feminina, chamando atenção para os limites a elas impostos, abordando: desigualdades entre os sexos e suas intersecções com raça e classe; falta de representatividade das mulheres na esfera pública e suas consequências; violências estruturais sofridas por elas, tanto físicas quanto emocionais.

Entre estatísticas e sensações, desIGUAL é uma experiência que traz reflexões e pretende funcionar como uma semente de transformação social. Com curadoria de Giovanna Trevelin, a exposição é um convite à inquietação.

A abertura da expo será na noite do dia 2 de fevereiro, às 19h, e terá a DJ Julia Günther, de Itapetininga, trazendo um set babadeiro de músicas femininas, além de um coquetel. A mostra ficará em cartaz entre os dias 3 e 23 de fevereiro de 2024 e no dia 5 haverá uma visita guiada para os professores e arte-educadores da cidade.

DesIGUAL estará no primeiro semestre de 2024 em mais duas cidades do estado: no FAMA Museu em Itu e na Pinacoteca de Jundiaí.

Thays Leonel. artista visual - Artista transdisciplinar, que utiliza arte e tecnologias para desafiar o status quo de maneira lúdica, poética, política e informativa. Para Thays, arte e ativismo se fundem em obras que fomentam reflexões, consciência e pensamento crítico. Seu processo é experimental e intuitivo, com muita pesquisa, garimpo e coleta de materiais. “Meu ateliê tem um acervo de bugigangas com postais e recortes de jornais e revistas antigos, objetos do cotidiano, comprados e reutilizados, restos de embalagens, vidros quebrados, materiais descartados em construções e, ultimamente, até materiais orgânicos como casca de palmeira, coletadas do jardim”, conta a artista. Tudo pode virar obra em suas mãos, que circula entre arte conceitual, abstrata, urbana, gráfica e o que for necessário para se expressar. Nascida em Itapetininga, a artista mudou-se para São Paulo com 18 anos para estudar comunicação social e acabou ficando mais de 24 anos por lá. Com uma passada rápida por Londres por 1 ano, onde pode cursar especialização em design gráfico, teve a oportunidade de frequentar um curso livre de arte abstrata durante alguns meses. Anos depois, cursou pós-graduação em design gráfico no SENAC-SP, tendo seu objeto de pesquisa o design sensorial. Sua carreira começou no design gráfico, passou por direção de criação e foi para o empreendedorismo. Nesse período, teve uma agência de design experimental, duas de criação e fundou uma empresa que produziu diversos jogos educativos. Retornou para Itapetininga em 2020, com seus dois filhos e, no segundo semestre de 2022, reviu a rota e decidiu seguir profissionalmente como artista visual. Desde então, foi selecionada para 9 exposições coletivas e produziu duas individuais.

Giovanna Trevelin . curadora - Pesquisadora, curadora e professora. Graduada em História pela UENP, mestra em História Social pela UEL e doutoranda em História Global pela UFSC. Realiza pesquisas nas áreas de História da Arte, História das Mulheres e História do Brasil. Atualmente trabalha com a formação e atuação artística de mulheres brasileiras nos séculos XIX e XX a partir de uma perspectiva de gênero e desenvolve pesquisas, entrevistas e palestras sobre a participação das mulheres no processo de independência do Brasil.

Julia Gunther . DJ - Apaixonada por música, atua como professora de música na rede pública e particular em Itapetininga. Especialista em musicalização infantil e em formação para educação musical no Conservatório de Tatuí, acompanha e estimula seus alunos em suas aventuras sonoras. Iniciou sua carreira como musicista e compositora, trabalhando com sonoridades da música preta, bagagem que seu pai trouxe através do trabalho como DJ.

Infos: Exposição desIGUAL de Thays Leonel 
Abertura 2 de fevereiro – 19h - 
De 03 a 23 de fevereiro de 2024
Museu Paulo Setúbal: Praça Manoel Guedes, 98 - Centro, Tatuí - SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário