“Dezembrite”
Vamos falar de Saúde Mental?
Você já ouviu falar sobre esse termo ou em alguns dos seus sinônimos, síndrome de fim de ano ou angústia de fim de ano?
Mas afinal, o que significa essa palavra?
Dezembro é um mês marcado pelas festividades do Natal e do Ano-Novo, se por um lado, para muitas pessoas esse mês pode representar um período alegre, de festas, muitas comemorações, confraternizações no trabalho, reuniões em família, viagens, compras, trocas de presentes e fechamento de um ciclo, por outro lado, para muitas outras pessoas, dezembro pode significar um mês que afloram sentimentos antagônicos, melancolia, ansiedade, angústia, irritabilidade e estresse.
Desse modo, “Dezembrite” é um termo utilizado para descrever um fenômeno que pode acometer algumas pessoas nessa época de final de ano, marcado por sintomas como tristeza, ansiedade, angústia, sensação de vazio, insônia, alteração no humor e sintomas físicos que podem variar de leve, moderado a mais intensos.
Vale esclarecer que “Dezembrite” não é um diagnóstico, seja da psiquiatria ou da psicologia, não está classificado como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS), porém é um fenômeno real com o qual os profissionais de saúde mental têm se deparado com certa frequência em seus consultórios e, nos casos mais graves, nas emergências de pronto atendimento.
Qualquer pessoa pode desenvolver esse fenômeno, nesse sentido, estudos da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) apontam que o estresse aumenta em até 75% no mês de dezembro. Porém, nas pessoas que já possuem um histórico de algum tipo de transtorno mental ou estão em tratamento e/ou tem um familiar em tratamento, nesse período do ano, esses sintomas podem ser intensificados, embora não seja via de regra.
Por esse motivo, para quem faz tratamento em saúde mental ou tem algum familiar em tratamento deve ficar atento, pois a sobrecarga emocional pode desencadear crises de ansiedade ou depressivas.
A síndrome de fim de ano ou “dezembrite” tende a ser passageira, porém é importante diferenciar esses sintomas de uma depressão ou de uma ansiedade patológica e buscar ajuda especializada.
Mas o que desencadeia esse fenômeno?
“Dezembrite” pode estar associada a um conjunto de fatores que agem como gatilho emocional. No final do ano encerrarmos um ciclo e iniciamos outro, o que leva a reflexões sobre o ano que termina e expectativas quanto ao novo ano e que pode gerar em algumas pessoas a sensação de frustração, tristeza por não conseguir cumprir as metas traçadas para o ano que está acabando ou ansiedade e medo dos desafios que podemos encontrar no próximo ano.
Também, pode estar relacionado a perdas de familiares e pessoas queridas, a lutos não elaborados, a solidão e a saudade das pessoas ausentes pelos mais diversos motivos.
Questões financeira, o excesso de compromissos e cobranças comuns nessa época também são fatores associados ao aumento do estresse e do sofrimento psíquico.
Diante disso, é possível adotar algumas medidas para o manejo do estresse com intuito de amenizar alguns sintomas, quais sejam:
- Estipular metas realistas para o próximo ano;
- Viver o presente;
- Ter flexibilidade, inclusive, para rever e mudar metas;
- Reconhecer os seus limites;
- Não comparar-se com outras pessoas;
- Dedicar-se à adoção de hábitos saudáveis como a prática de exercícios físico;
- Manter a alimentação saudável;
- Ter momentos de descanso e lazer;
- Procurar ficar próximo de pessoas queridas;
- Buscar uma rede de apoio;
CVV telefone 188.
site www.cvv.org.br
Referências:
www.ismabrasil.com.br
www.cvv.org.br
(*) Solange Bezerra Leal é Psicóloga especialista em psicologia Hospitalar (CRP 06/85160).
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(*) Solange Bezerra Leal é Psicóloga especialista em psicologia Hospitalar (CRP 06/85160).
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