Por Matheus Arruda, g1 Itapetininga e Região
Cavalo árabe desfila com trajes típicos do Oriente Médio em Tatuí — Foto: André Shiwa/Agência Cavalus / Divulgação |
18/11/2023 | Você sabia que, apesar do nome, o porquinho-da-índia não é indiano e tampouco nasceu na Índia? Mas e o cavalo árabe, será que é árabe mesmo? A resposta é sim. Segundo uma associação de criadores, estima-se que seja criada pelos povos árabes e asiáticos há mais de três mil anos, sendo o principal meio de transporte das tropas islâmicas que invadiram a Europa em 711.
Para saber mais sobre o cavalo árabe, o g1 conversou com criadores e especialistas que estiveram no centro hípico de Tatuí, no interior de São Paulo, para a Exposição Nacional do Cavalo Árabe de Esporte, promovida pela Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA).
“Originalmente [os cavalos árabes] eram utilizados pelos beduínos no deserto, sendo reconhecidos por sua agilidade e resistência. Sendo grandes trunfos de guerra. Eles, inclusive, conviviam muito próximos aos seus donos, dormindo nas tendas com os beduínos”, relata o criador e juiz de provas Cesar Schmidt.
Raça de origem árabe foi importada da Argentina para o Brasil — Foto: Agência Cavalus/Divulgação |
Segundo o especialista, os cavalos árabes - também conhecidos como “puro sangue árabe” - chegaram ao Brasil pela primeira vez em 1929, importados do país vizinho, Argentina. E logo conquistaram os criadores, que expandiram o mercado no país.
💸 ‘Pata de ouro’
Ágil e esbelto, o cavalo árabe pode custar até U$1 milhão. “Não há limite de valor para um bom cavalo”, salienta Schmidt.
Alto valor que se justifica por sua beleza, atributos físicos e docilidade, como explica Cesar, que dedica sua vida à criação da raça.
“Além de suas qualidades como cavalo de sela, como agilidade e resistência, o cavalo árabe sempre se destaca por sua beleza inigualável e por sua incrível docilidade e proximidade ao homem”.
Cavalo árabe pode valer até US$ 1 milhão, segundo criador — Foto: Agência Cavalus/Divulgação |
🌾 💪 🏇 Alimentação e exercícios
Alimentação balanceada e rotina de exercícios físicos são essenciais para manter a “boa forma”. Fórmula válida não apenas para os humanos, mas também para os cavalos. Schmidt conta que o manejo da raça é simples, mas requer cuidado e dedicação.
“Uma alimentação adequada e equilibrada, incluindo bom volumoso [alimentação equina, como feno ou alfafa]. Soltando-os no pasto uma vez ao dia, para se exercitarem”.
Em exposições, os animais recebem cuidados especiais para os pelos e cascos ficarem brilhantes.
Tatuí recebe evento com provas e exposição equina da raça árabe — Foto: Agência Cavalus/Divulgação |
🐎 Trote diferenciado
Diferentemente de outras raças, o cavalo árabe levanta a cauda ao trotar. De acordo com Cesar, isso acontece pois o animal possui algumas diferenças no sistema esquelético.
“O cavalo árabe tem uma vértebra lombar a menos, o que justifica o fato de eles trotarem com a cauda levantada”, explica.
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