Conheça a história de cada personalidade tatuiana homenageada em um dos 5 Editais de Cultura da Prefeitura.
MARIA RUTH LUZ
Nasceu em 7 de dezembro de 1928, em Monte Santo de Minas (MG). Casou-se com Paulo Cerqueira Luz, com quem teve 4 filhos: Paulo Afonso, João Gualberto, Pedro Henrique e Antônio Sérgio. Em 1954 veio para Tatuí.
Com seu esposo Paulo, criou o “Hino a Tatuí”, originalmente “Tatuí, Cidade Ternura”, composto em 1961 e oficializado em 1964.
Dona Ruth, como era carinhosamente chamada, foi professora de Música e de Educação Artística. Trabalhou por 11 anos no Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” dando aulas de solfejo e sendo a responsável pela formação do primeiro Coral da escola de música e, ainda, de artistas e arteiros de uma geração.
Ela faleceu em 31 de outubro de 2010, mas a ternura de seu olhar e de seus gestos leves e cheios de carinho permanecem para sempre e estão eternizados na EMEI “Prof.ª Maria Ruth Luz”, situada no Bairro Jardim São Conrado.
CARLOS RIBEIRO
Nasceu em Macapá, em 11 de fevereiro de 1965. No ano de 1979, ingressou no Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”, de Tatuí, onde se formou em 1984, sob a orientação de Moisés Miastkwosky. Durante os anos em que estudou na instituição, participou ativamente do movimento teatral da cidade, atuando em dezenas de espetáculos. Foi premiado como melhor ator do 1º Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo, por “A Lição”, de Ionesco.
Profissionalizou-se em 1985 e atuou no monólogo “Diário de um Louco”, de Gogol, na Estação Madame Satã, em São Paulo, e em teatros do interior. No ano seguinte, protagonizou o longa-metragem “As Bellas da Billings”, de Ozualdo Candeias. Em 1987, participou de “O Bailado do Deus Morto”, dirigido por Lívio Tragtenberg e Cacá Carvalho, e no curta-metragem “Fiat Lux não é Marca de Fósforos”, de Gilmar Candeias. Durante o período em que residiu na capital paulista, aperfeiçoou os conhecimentos sobre teatro com professores renomados, tais como: Miriam Muniz, Cacá Carvalho, Lélia Abramo, José Renato, Alice K., Alberto Gaus, Lali Krotozinski, Eduardo Coutinho, Mariana Muniz, entre outros.
Em 1988, atuou em “A Ironia do Riso”, ao lado de Antônio Mendes, e, em 1990, voltou para Tatuí para dar início ao Setor de Artes Cênicas do Conservatório de Tatuí, junto com Mendes. Além das atividades teatrais, atuou como locutor, radialista, produtor e videomaker. Foi coordenador do Setor de Artes Cênicas e da Cia. de Teatro do Conservatório. Trabalhou na instituição entre 1990 e 2015 como ator e diretor, era iluminador e lecionou Teatro na mesma instituição por anos.
Na década de 1990, o grupo liderado por ele e por Antônio Mendes, denominado “Novas Tendências”, passou a atuar diretamente no Setor de Artes Cênicas. À época, os alunos matriculados no curso de Formação de Atores faziam estágio no grupo, que havia sido criado em 1988. O grupo foi o principal meio de atuação de estudantes de Artes Cênicas da instituição até a oficialização da Cia. de Teatro do Conservatório de Tatuí, em 2009, onde coordenou até o ano de 2015.
No Conservatório, exerceu as funções de coordenador e professor de interpretação, iluminação, ator e diretor de teatro, além de coordenador do FETESP (Festival Estudantil de Teatro do Estado de São Paulo). Na última função, destacou-se na direção dos espetáculos “Édipo Rei”, “Santa Joaninha e sua Cruel Peleja Contra os Homens de Guerra, Contra os Homens D’Igreja” e “O Desconhecido”, premiados em diversos festivais. Foi laureado nos festivais nacionais de São José do Rio Preto, Americana e Rio de Janeiro e no Mapa Cultural Paulista.
Sempre atuante no Setor da Cultura, realizou ações voltadas à comunidade implementando ao lado de Antônio Mendes, Marcia Viscondi Sacco e maestro Antônio Carlos Neves Campos, os projetos “Música e Teatro na Comunidade” e “Pensando na Criança”, além de produzir diversos trabalhos para o CEU das Artes de Tatuí.
Faleceu no dia 30 de agosto de 2016. No ano de 2019, o Setor de Artes Cênicas do Conservatório realizou a 16ª Mostra de Artes Cênicas homenageando os atores “Antônio Mendes e Carlos Ribeiro”.
ERASMO PEIXOTO
José Erasmo Pereira Peixoto nasceu em Tatuí, no dia 15 de março de 1929. Filho de Francisco Peixoto Júnior e Elvira Pereira Peixoto. Aos 14 anos de idade, quando fez testes com sua primeira máquina, conheceu a arte a qual se dedicou durante toda a vida: a fotografia.
Professor, formou-se em Magistério no “Barão de Suruí”. Fez parte da primeira turma de formandos em Desenho Industrial da Faculdade Asseta – Associação de Ensino Tatuiense. Profissionalizou-se em Ótica, em São Paulo. Começou a trabalhar no comércio com seu pai, conhecido como “Pretinho”, e juntamente com seu irmão, José Mateus Peixoto (falecido em 11/9/1991), fundaram a Casa Peixoto, em 1926, posteriormente denominada Óticas Peixoto, empresa que se expandiu ao longo dos anos para as cidades de Boituva, Cerquilho, Porto Feliz e Laranjal Paulista.
Membro atuante estimadíssimo na comunidade e um tatuiano fervoroso, lutou por todos os meios para preservar a história de sua terra, prova inconteste era seu imenso arquivo fotográfico, documentos e jornais antigos. Historiador por paixão. Foi “Cidadão Emérito de Tatuí”, título concedido pela Câmara Municipal. Diretor da Santa Casa de Misericórdia por mais de 20 anos e membro destacado do Aeroclube de Planadores local. Por 43 anos pertenceu ao Lions Clube de Tatuí, entidade na qual foi sócio-fundador, em 1955, e presidiu na gestão 1957-1958. Recebeu do Tiro de Guerra de Tatuí o diploma de “Colaborador”.
Faleceu em Tatuí, aos 69 anos de idade, no dia 12 de setembro de 1998, sendo seu velório no Lions Clube de Tatuí e seu sepultamento no Cemitério Cristo Rei, com homenagem póstuma prestada pelo Tiro de Guerra.
Era casado com Maria Vieira Negrão Peixoto e deixou os filhos José Erasmo, José Marcelo, José Guilherme e Rita de Cássia. Em sua homenagem, a 4ª Companhia de Policiamento Rodoviário do Estado de São Paulo inaugurou o Centro de Integração Comunitária “Erasmo Peixoto”. O Pronto Socorro Municipal, inaugurado em 2005, também leva o seu nome.
CELINA FIUSA ARAÚJO
Filha de Jorge Pereira Fiusa e Zoraide da Silva Fiusa, nasceu no dia 13 de novembro de 1932, na cidade de Cesário Lange, onde passou sua infância e parte de sua adolescência, juntamente com seus irmãos.
Quando adolescente morou em Tatuí, para cursar e concluir o Magistério do Curso Normal, na E.E. “Barão de Suruí”. Se graduou em Pedagogia, na Faculdade José Ozi, em Itapetininga. Começou a lecionar em Rancharia, voltando, posteriormente, a Tatuí para exercer sua atividade profissional na Escola Modelo, onde se aposentou.
Era casada com Alan Alves de Araújo desde 1959, e dessa união nasceram as filhas Alcely e Alina. Durante sua vida, teve ativa participação comunitária, envolvendo-se em diversas ações religiosas na Basílica Nossa Senhora da Conceição, tais como: Movimento Cursilhista, Coral dos Anjos, Coral do Luizinho do Maruca, Associação do Sagrado Coração de Jesus, Corte de São José e Confraria do Rosário.
Participou, também, de várias ações sociais no Rotary Club Tatuí Cidade Ternura, Clube dos Treze, entre outros. Foi voluntária da Liga Tatuiana de Combate ao Câncer desde junho de 1986, sendo a segunda secretária da diretoria da entidade.
Com o intuito de distrair e alegrar sua irmã Nícia, resolveu reunir um grupo de amigos que tocavam e cantavam músicas de seresta. No início, eram somente os amigos mais chegados, entre eles, João do Irineu, Osmil Martins e sua esposa Dona Ti, Zé Fiúsa e Zé Rubens. Com o passar do tempo e a entrada de mais pessoas, o pequeno grupo de amigos se tornou o Grupo “Seresta de Tatuí”. Semanalmente, ela reunia os seresteiros em sua casa e a cantoria seguia noite adentro. O grupo realizava seresta e atividades culturais na cidade. E, mesmo debilitada, 10 dias antes de sua morte – que ocorreu em 4 de julho de 2011 -, recebeu com alegria o grupo em sua casa.
JOSUÉ FERNANDES PIRES
Casado com Lindiomar Fornazzari Pires, pai de Jorge, Sônia, Sêfora e Jenner. Estudou no Grupo Escolar “João Florêncio”. Formou-se professor e lecionou nas Escolas: Industrial “Salles Gomes”, “João Florêncio” e “Chico Pereira” e em Tietê na Escola “Alves Viana”. Foi militante político e adepto do Partido dos Trabalhadores.
Fotógrafo e artista plástico, registou sua história por meio de monumentos que podem ser apreciados no Conservatório de Tatuí, na Escola Sales Gomes e na Estação Experimental. A obra “O Apascentador”, situada em frente ao Teatro Procópio Ferreira, foi capa de inúmeras revistas e publicações, elevando ainda mais a estima musical dos tatuianos.
Em 1971, realizou a Exposição Pedagógica “Mostra 71”, do Ginásio Industrial Estadual “Sales Gomes”, ao lado de seus alunos José Carlos da Silva e João Pereira de Araújo.
Buscou grande harmonia em sua filosofia de vida nas flores e na disciplina consciente, onde favorecia as ideias dos alunos e, por isso, descrevia a arte como acontecimento natural em sua vida, uma forma de transformar determinadas visões em objetos palpáveis.
Criou o monumento intitulado “Extraterrestre”, com 2 metros de altura, situado no Museu Ufológico de Varginha/MG, que ficará em evidência por muitos anos por sua qualidade artística.
Faleceu em 19 de dezembro de 2008.
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