segunda-feira, 18 de julho de 2022

Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão em Itapetininga

Foram 31 trabalhadores resgatados, incluindo uma mulher grávida

Do CRUZEIRO DO SUL, com edição do DT

Trabalhadores são encontrados em situação análoga à escravidão em Itapetininga (Crédito: Divulgação/SINAIT)


17/07/2022 -  A Auditoria-Fiscal do Trabalho da Gerência Regional do Trabalho em Sorocaba, resgatou 31 trabalhadores, sendo 30 homem e uma mulher gestante, em condição análoga à escravidão, em uma obra de Itapetininga, cidade vizinha de Tatuí. As empresas responsáveis pelo empreendimento de 16 andares terceirizaram parte dos trabalhos a um empreiteiro que abandonou a construção e todos os funcionários sem pagamento, alimentação ou moradia adequada. A ação foi iniciada no dia 30 de junho.

Os trabalhadores estavam alojados em três locais descritos pela fiscalização do trabalho como péssimos, em total inobservância das regras de saúde e segurança ocupacionais – superlotados, com quartos, cozinhas e banheiros improvisados. Com a ordem de interdição dos alojamentos, o empreiteiro acabou fugindo e os trabalhadores não puderam mais entrar nos lugares, ficando nas ruas da cidade.

Desalojado, o grupo recebeu apoio do Serviço Social da Prefeitura de Itapetininga para um dia de hospedagem e alimentação. Quando notificadas pelos Auditores-Fiscais do Trabalho, as empresas responsáveis pela obra concordaram em quitar os salários e as verbas rescisórias devidos aos trabalhadores, além de hospedagem, alimentação e retorno a seus locais de origem – provenientes dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Piauí, Pernambuco, Maranhão, Tocantins e São Paulo, os empregados já voltaram para casa.

Chefe de Fiscalização Regional, o Auditor-Fiscal do Trabalho José Urubatan Carvalho Vieira destacou o trabalho do Sindicato da Construção Civil de Itu e Região, com base sindical em Itapetininga, “que esteve presente e no início apoiou, inclusive financeiramente, os trabalhadores abandonados”, e também a parceria do Ministério Público do Trabalho.

A obra, ainda não concluída, continua embargada. Além disso, prossegue a fiscalização conduzida por Auditores-Fiscais do Trabalho.

As informações são do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (SINAIT).

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