quarta-feira, 22 de junho de 2022

Acusado de matar sogro a facadas em 2010 é condenado a 29 anos de prisão

'Justiça foi feita', diz filha da vítima. Segundo a família da vítima, Papick Viscelli cometeu o crime porque não aceitava a separação da esposa. Além de matar o sogro, ele feriu a sogra e a mulher.

Por g1 Itapetininga e Região, com edição do DT

Papick Viscelli foi acusado de matar sogro a facadas em Tatuí — Foto: Arquivo Pessoal


22/06/2022 -  O homem acusado de matar o sogro a facadas em outubro de 2010, em Tatuí, foi condenado a 29 anos de prisão, em sessão do Júri no Fórum da Comarca. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (21) e teve quase onze horas de duração.

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Papick Viscelli foi condenado por homicídio tentado e matar alguém por motivo fútil. As duas penas serão cumpridas em regime fechado.

"Foi muito cansativo, foi exaustivo mentalmente. Revivi o pior dia da minha vida. Meu pai não vai voltar, minha irmã não vai estar aqui para ver, mas saber que ele vai pagar por uma coisa que fez alivia demais. É isso o que conforta o meu coração. Saber que a justiça, mesmo depois de 12 anos, foi feita" , desabafou a filha da vítima.

Papick foi preso em flagrante no dia do crime e ficou detido por seis anos, até ser beneficiado com a liberdade provisória em outubro de 2016. Segundo a família da vítima, ele cometeu o crime porque não aceitava a separação da esposa.

Ao g1, Anna Laura Unterckircher Badin, filha da vítima, contou que o réu foi até a casa dos sogros no dia do crime para tentar convencer a irmã dela a não se separar.

Eli Bendito Donizetti Badin morreu esfaqueado em 2010, em Tatuí — Foto: Arquivo pessoal


No entanto, Papick havia levado duas facas e atingiu o sogro, a sogra e a esposa durante a discussão. Além disso, os pais do homem também estavam no local e tentaram intervir na agressão, mas o pai dele também acabou ferido.

Eli Bendito Donizetti Badin não resistiu aos ferimentos e morreu. Já a sogra do réu teve ferimentos graves e ficou internada por três semanas após o crime, mas sobreviveu, segundo a família.

Anna Laura contou ainda que a irmã dela também se recuperou dos ferimentos causados pela agressão, mas morreu nove meses depois do crime em um acidente de moto em Paraibuna (SP). 

Desde então, a filha do réu com a ex-mulher e vítima, agora com 13 anos, ficou sob os cuidados da tia e da avó.

Doze anos de espera

De acordo com a família da vítima, o julgamento era para ter sido realizado em maio, mas o advogado do réu apresentou um atestado médico por depressão, e o júri foi adiado. Para Anna Laura, a condenação já deveria ter saído há anos.

“Já era para ter acontecido muito antes porque em outubro vai fazer 12 anos, e é um crime hediondo, por motivo fútil e arma branca. [...] A gente tem medo porque, quando ele estava no hospital, ele fez ameaças dizendo que ele ia terminar o que ele começou. Minha mãe não dormia quando ele foi solto. Vivemos momentos horrorosos”, desabafa.

O g1 tentou entrar em contato com a defesa do réu, mas não conseguiu até a publicação desta reportagem, às 13h.

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