Por TV TEM, com edição do DT
Clientes de única agência bancária de Capela do Alto têm dinheiro da conta furtado — Reprodução/TV TEM |
17/05/2022 - A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga (SP) investiga um golpe virtual relatado por ao menos 15 clientes da mesma agência bancária de Capela do Alto em três dias.
Segundo apurado pela TV TEM, as contas das vítimas ficaram vazias após as possíveis transações criminosas. Além dos furtos, novas contas foram criadas para outras pessoas, que moram na cidade.
O professor Valdemir Alvarez Gutierrez conta que precisou pedir dinheiro emprestado aos amigos e parentes para conseguir pagar as contas do mês.
“Eu contava com aquilo, com o dinheiro, então a gente fica bem preocupado. Eu não gosto de ficar enrolando com as minhas contas, gosto de pagar em dia”, explica.
Ao todo, nove saques foram feitos da conta de Valdemir. Somando tudo, os criminosos levaram aproximadamente R$ 60 mil.
As transações foram feitas durante a madrugada, enquanto os clientes dormiam. Foi apenas na manhã seguinte que o encarregado de produção Dalmo Aurélio Moreira dos Santos descobriu o furto de R$ 800 que tinha na conta, além de um empréstimo no valor de R$ 35 mil e nove transferências de pix para retirar todo o dinheiro do empréstimo.
“Não tem dinheiro na conta. Tenho só os créditos e ainda conseguiram emprestar e fazer os pix em um valor que nem a gente consegue fazer”, relata.
O agricultor Leonardo Menck também foi vítima do golpe virtual. Com R$ 20 mil na conta, ele viu pelo celular que todo o dinheiro havia sido transferido. Ele lembra que estava bloqueado no aplicativo por várias tentativas de acesso, mesmo não tendo entrado nenhuma vez durante a noite.
“Eu já me assustei, entrei em contato com o gerente, que pediu para que eu fosse até a agência. Eu fui, ele entrou na conta e me mostrou que ela estava saqueada. Entraram na conta, fizeram vários pix, empréstimo pessoal e tiraram todo o dinheiro que tinha.”
Quase R$ 500 mil de prejuízo
As transações criminosas foram feitas durante três dias. As 15 vítimas procuraram a delegacia para registrar boletim de ocorrência. Somando todos os casos, o prejuízo financeiro chega a R$ 500 mil. Um inquérito policial foi aberto e a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga.
O delegado responsável pelo caso, Agnaldo Nogueira Ramos, afirma que solicitou explicações para a agência bancária, já que todas as pessoas não foram vítimas de golpistas que pegam os dados por links enviados para o celular.
“Chama a atenção o fato da invasão ter uma característica única, que essas pessoas não tiveram perda de celular, afirmam que não abriram nenhum dispositivo em e-mail, que não tiveram seus dados captados em uma ligação telefônica. Houve um tipo de hackeamento nas informações pessoais dela na instituição financeira”, afirma.
O dinheiro das vítimas foi transferido para contas digitais abertas em nomes de moradores de Capela do Alto que, segundo a polícia, também foram vítimas dos ataques criminosos.
“É uma investigação complexa, que vai depender de muitas informações, da colaboração grande da instituição financeira para a gente poder chegar aos culpados e poder esclarecer o caso”, diz.
A TV TEM procurou as pessoas que tiveram contas abertas e teriam recebido as transferências, mas elas não quiseram falar sobre o assunto.
O Banco Bradesco informou, em nota, que por questões de sigilo bancário, o caso será tratado diretamente com cada cliente. Também afirmou que os aplicativos do banco são seguros e que alertas de seguranças são feitos aos clientes pelos canais de atendimento, redes sociais e pelo site.
O dinheiro das vítimas foi transferido para contas digitais abertas em nomes de moradores de Capela do Alto que, segundo a polícia, também foram vítimas dos ataques criminosos.
“É uma investigação complexa, que vai depender de muitas informações, da colaboração grande da instituição financeira para a gente poder chegar aos culpados e poder esclarecer o caso”, diz.
A TV TEM procurou as pessoas que tiveram contas abertas e teriam recebido as transferências, mas elas não quiseram falar sobre o assunto.
O Banco Bradesco informou, em nota, que por questões de sigilo bancário, o caso será tratado diretamente com cada cliente. Também afirmou que os aplicativos do banco são seguros e que alertas de seguranças são feitos aos clientes pelos canais de atendimento, redes sociais e pelo site.
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