Longa com Lauana Prado, Bruna Viola e Yasmin Santos tem previsão de estreia para o primeiro semestre de 2022
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A cantora goiana Marilia Mendonça (FOTO: Reprodução) |
O Observatório de Música bateu um papo exclusivo com o diretor audiovisual Gui Pereira. O profissional responsável pelo filme “Coração de Cowboy” agora se prepara pro lançamento de “Sistema Bruto”, longa-metragem que abordará o feminejo no país e que vem sendo produzido pela Dodô Filmes.
1 - O filme mostra duas mulheres testando os limites dum universo dominado por homens. O filme pode ser lido como uma metáfora do feminejo no país?
GUI PEREIRA: “O sertanejo é indiscutivelmente o plano de fundo para a nossa história, e ele foi sim influenciado não só pelas artistas atuais do gênero, mas também pelas cantoras mais clássicas como a Roberta Miranda e a Inezita Barroso. Apesar de atualmente estarem mais evidente nas paradas de sucesso, as cantoras do sertanejo sempre tiveram representantes de peso no gênero. O Sistema Bruto é justamente um retrato dessa cultura e dessa evolução exponencial da representação das mulheres na música e na cultura sertaneja”.
2 - Quais são os papéis de César Menotti e Fabiano, Chitãozinho, Guilherme e Santiago, Lauana Prado, Gian e Giovani, Rionegro e Solimões e Yasmin Santos?
“Muitas cenas do filme se passam em um bar com música ao vivo, o que abriu espaço para que alguns desses artistas pudessem ser inseridos de forma orgânica na trama do filme. Outros artistas, entretanto, aparecem atuando no filme, o que é o caso do Rionegro e Solimões, que interpretam os donos de uma loja de artigos country, e a dupla César Menotti e Fabiano, que interpretam os primos da Bruna Viola, a protagonista do filme”.
3 - Como surgiu a escalação de Bruna Viola e Rosa para a dupla principal? Como foi o processo de direção das artistas?
“O projeto na verdade nasceu por causa da Bruna Viola. Eu conheci ela quando trabalhei na produção do DVD Elas Em Evidências da dupla Chitãozinho e Xororó. Quando conheci ela, logo senti que ela tinha algo especial, coisa que poucos artistas tem. Depois desse encontro, eu já estava determinado a criar um projeto para que ela pudesse ser a protagonista. Elaborei todo o projeto e toda a trama do filme pensando nela e fiquei com muito medo que ela não aceitasse o papel. O final, ela curtiu a ideia e o projeto começou a tomar forma”.
“Já o papel da personagem Rosa sofreu várias mudanças no processo de escrita até chegar na versão que vamos ver nas telonas. De certa forma, a Rosa só passou a existir de fato depois de eu ver um vídeo da atriz Bruna Altieri, que veio recomendada por uma das produtoras do filme. Quando vi o vídeo e depois ao conversar com a atriz, percebi que a Rosa estava nascendo. As duas atrizes foram incríveis e muito fáceis de colaborar. Gosto de dar uma liberdade dentro dos limites das intenções das cenas, e as duas arrasaram em seus papeis”.
4 - Logo após Coração de Cowboy, o protagonista Gabriel Sater foi escalado "prum" papel no remake de Pantanal. Como você se sente ajudando a ter apresentado o artista para o grande público? Você acha que Pantanal pode emplacar músicas nas rádios como aconteceu como a primeira versão da novela?
“Eu fiquei muito feliz com a escalação do Gabriel no remake de Pantanal. Ele é um artista completo, com uma profundidade única e merece estar presente em muitos outros papéis na TV, no cinema e no teatro. Poucos são os artistas que conseguem colocar uma camada de peso em uma atuação sutil, e ele tem essa qualidade surpreendente. Quero muito colaborar com ele em outros projetos, alguns até já estou em processo de escrita do roteiro. Tenho certeza que a novela vai emplacar várias músicas nas rádios e no streaming”.
5 - Para você quem são ou foram as maiores precursoras do feminejo no país?
“Como falei anteriormente, as mulheres sempre tiveram representantes de peso na música sertaneja, como As Galvão e Inezita Barroso. Com a popularização do Sertanejo na grande mídia, nos anos 80 e 90, tivemos grandes artistas das quais sou muito fã, como a Roberta Miranda e As Marcianas. Nos anos 2000 tivemos o surgimento da Paula Fernandes e também de algumas outras duplas compostas por homens e mulheres, como a Maria Cecília e Rodolfo e Thaeme e Thiago. Mas, é indiscutível que a Marília Mendonça elevou as cantoras sertanejas a um novo patamar de popularização e inclusão. Lembro que a primeira vez que eu a ouvi foi durante as filmagens do ‘Coração de Cowboy’ em 2016, e ela também me inspirou durante o processo criativo da roteirização do Sistema Bruto, inclusive estávamos em contato com a equipe dela em vários momentos da pré-produção do Sistema Bruto. Ela ganhou um espaço gigantesco e foi a responsável por quebrar barreiras do gênero e abrir as portas para que as duplas e as cantoras sertanejas pudessem ganhar o coração do público”.
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“Sistema Bruto”: novo filme do diretor Gui Pereira (Divulgação) |
Bruna Viola, Jackson Antunes, Thaís Pacholek, Oscar Magrini, Bruna Altieri, Giulia Nassa, e um time de cantores e duplas sertanejas de tirar o fôlego, entre eles César Menotti e Fabiano, Chitãozinho, Guilherme e Santiago, Lauana Prado, Gian e Giovani, Rionegro e Solimões e Yasmin Santos, todos reunidos em uma narrativa divertida e contagiante. Assim é o filme “Sistema Bruto”, a nova comédia de ação do cineasta Gui Pereira, que teve suas gravações finalizadas na última segunda (22).
Depois de pouco mais de 25 dias, quatro locações e quase 200 cenas, o novo longa do diretor do premiado “Coração de Cowboy” está mais próximo da conclusão. O interior de São Paulo foi palco de todas as etapas das gravações, começando por Tatuí, em seguida Piracicaba, Jaguariúna, Sorocaba, onde se passa o clímax da história, finalizando no mesmo lugar em que iniciou.
Em uma comédia de ação inspirada em grandes clássicos do cinema norte-americano dos anos 70, as amigas Bruna, interpretada por Bruna Viola, e Rosa, personagem da atriz Bruna Altieri, são apaixonadas por música sertaneja e também por aventura e velocidade, o que faz a união entre os universos ainda mais eletrizante. Na trama, a dupla faz uma aposta com um grupo de amigos e decidem participar de uma corrida de caminhonetes.
“Sistema Bruto” tem previsão de estreia nos cinemas para o primeiro semestre de 2022.