Em quatro anos como deputado, Reis propôs apenas cinco projetos de lei: um deles concedia a Tatuí o título de Capital Nacional da Música.
Por Guilherme Mendes em Congresso em Foco, com copidesque do DT
O então deputado Sérgio Reis (PRB-SP), durante votação do impeachment de Dilma Rousseff, em abril de 2016 Nilson Bastan/Câmara dos Deputados |
20/08/2021 | O cantor e ex-deputado Sérgio Reis tem aderido a uma retórica de ameaças ao próprio Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Um áudio e um vídeo que circularam nas redes sociais no fim de semana levaram o cantor Sérgio Reis a integrar também o noticiário político. Nas gravações, o ex-deputado apareceu convocando uma greve nacional de caminhoneiros contra os 11 ministros do STF, alvo constante do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de quem Reis é aliado. O cantor foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal na manhã de sexta-feira (20), em quatro endereços.
Nos quatro anos em que integrou a Câmara dos Deputados, Sérgio Reis não conseguiu ter um único projeto de Lei de sua autoria aprovado.
É o que mostram os dados da Câmara dos Deputados sobre o cantor. Enquanto deputado do PRB, Sérgio Reis integrou comissões como a de Cultura e Seguridade Social e Família, como titular, além de integrar como suplente as comissões de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.
No entanto, o deputado-cantor fez poucas proposições durante sua legislatura: foram apenas cinco projetos de lei, sendo que em um deles Sergio Reis não é o autor principal.
O então parlamentar sugeriu que Tatuí fosse declarada "capital nacional da música"; outra sugestão foi de alterar o estatuto do idoso para obrigar empresas de ônibus a dispor de profissionais treinados a auxiliar o embarque e desembarque; uma terceira proposta visava alterar o Código de Trânsito Brasileiros para regulamentar a condução de veículos nas rodovias por portadores de Permissão para Dirigir.
Entre Propostas de Emenda à Constituição (PEC), o sistema da Câmara aponta duas em nome de Sérgio Reis, mas se trata de outro Sergio Reis que integrou a bancada de PTB de Sergipe entre 1999 e 2003.
Apenas uma das propostas relatadas por Sérgio Reis virou lei. Uma proposta, vinda do Senado Federal, que deu a Florestópolis, município de 10.400 habitantes no norte do estado do Paraná, o título de "Município-berço da Pastoral da Criança". Sergio Reis não chegou a relatar a questão no Plenário, e sim na comissão de Cultura. O título foi dado à cidade por meio de uma lei assinada por Jair Bolsonaro, em novembro de 2019.
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