Anísio Moreira Satel tinha sido beneficiado com a liberdade provisória, mas Justiça revogou a liberdade porque se mudou sem fornecer novo endereço, frustrando a realização de sessão do júri popular. Ele é acusado de homicídio qualificado contra mulher idosa..
Por G1 Itapetininga e Região, com copidesque do DT
Homem foi preso suspeito de matar a esposa em Tatuí — Foto: Polícia Militar/Divulgação |
18/08/2021 | Depois de não comparecer ao júri e ser considerado foragido da Justiça, o homem acusado de agredir e matar a esposa de 72 anos em Tatuí foi encontrado e preso preventivamente pela Polícia Militar.
De acordo com Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Anísio Moreira Satel iria passar por júri nesta terça-feira (17), mas não foi encontrado para a sessão plenária porque trocou de casa sem comunicar a Justiça e acabou não sendo intimado.
Diante da falta, equipes da Polícia Militar realizaram diligências pela cidade para tentar localizar Anísio. Por meio de denúncias, ele foi encontrado em um condomínio localizado no bairro São Martins durante a tarde.
Segundo a PM, ao ser abordado, Anísio alegou que não recebeu a intimação do júri. No entanto, já com a prisão preventiva decretada, ele foi preso e levado à Penitenciária de Iperó (SP).
Conforme a determinação do TJ, Anísio deve permanecer preso preventivamente até a data do próximo júri, redesignado para o dia 24 de setembro.
Lembre do caso
Adelaide Selma Paulino Rende Satel era parteira há mais de 30 anos em Tatuí — Foto: Arquivo Pessoal
Adelaide, que tinha 72 anos na época dos fatos, morreu na manhã do dia 29 de junho de 2020 após ficar cinco dias internada com ferimentos graves depois de sofrer agressões.
O crime aconteceu na casa onde o casal morava, no Jardim Santa Cruz. A polícia e equipes de resgate foram chamadas e fizeram o atendimento à mulher no dia da agressão, ocorrida em 24 de junho.
Anísio chegou a ser ouvido e um boletim de ocorrência por lesão corporal e violência doméstica foi registrado. Com a morte, a polícia acrescentou à investigação o crime de homicídio.
De acordo com o boletim de ocorrência, vizinhos do casal acionaram a polícia após ouvirem gritos por socorro e, durante uma tentativa de ajudar a vítima, foram recebidos com agressões e tiveram um carro e uma moto depredados pelo homem.
Ainda conforme o boletim de ocorrência, o suspeito alegou que a esposa tinha depressão, fazia uso de medicamentos controlados e, após dizer que "ficaria na dele", a mulher teria se atirado pela janela do quarto.
Os vizinhos foram levados ao pronto-socorro da cidade, onde passaram por exames de corpo de delito. Já a idosa, que sofreu fraturas no braço e um traumatismo craniano, precisou ser internada.
Em julho de 2020, o homem foi preso na casa onde morava, mesmo local do crime. A prisão foi acompanhada por manifestantes, que passaram parte da tarde e da noite em frente à residência do homem para que ele não fugisse e pedindo a prisão dele.
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