Alessandro Santos, morador de Tatuí, está nas ruas desde 2015.
Do Jornal de Piracicaba, com copidesque do DT
31/07/2021 | Alessandro Santos, morador de Tatuí, está nas ruas desde 2015. Após a morte dos pais, ele entrou em depressão profunda, teve a obesidade agravada e não conseguiu mais trabalhar. A partir de então passou a buscar sustento nas ruas. Há alguns meses está em Piracicaba (SP), e permanece sentado próximo a um semáforo, na avenida Governador Pedro de Toledo. Com um cartaz nas mãos ele apela à caridade e boa vontade dos motoristas.
Ele conta que trabalhava com o pai em Tatuí, com serviço de refrigeração, porém, com a morte do pai e da mãe, entrou em depressão e não conseguiu mais trabalho. Agora, em Piracicaba, ele vive em uma pensão e tem pagado as despesas com o pouco que recebe nas ruas. Santos aguarda ser chamado para fazer uma cirurgia bariátrica em um hospital na Capital.
Alessandro não precisou recorrer aos abrigos para pernoite disponibilizados pela Smads (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social) de Piracicaba. Para aumentar a oferta de abrigo à população de rua, a pasta ampliou em mais 70 o número de vagas nos serviços de acolhimento. Segundo a pasta, até quinta-feira, 65% das novas vagas estavam ocupadas. A secretaria informou que o total de vagas ampliadas pelas equipes pode chegar a 100, caso as primeiras se esgotem.
“Essas vagas chegaram a ser 80% ocupadas na última noite. Isso se deu, principalmente, pelo trabalho do Seas – Serviço Especializado em Abordagem Social da Smads, que intensificou as abordagens e ampliou o horário de trabalho, e está nas ruas até a 0h todos os dias, inclusive aos finais de semana, no intuito de abordar e levar as pessoas até os locais de pernoite, protegidas do frio, com refeição e banho”, informou a secretaria em nota.
A Smads conta com o apoio da Guarda Civil, atuando na abordagem às pessoas em situação de rua, das 18h às 6h, levando os interessados aos abrigos quando necessário.
A força-tarefa também conta com auxílio de voluntários da sociedade civil, que realizam ações solidárias com essa população. Os voluntários têm conversado e informado as pessoas para que usem o acolhimento.
A pasta informou que algumas pessoas em situação de rua ainda oferecem resistência em aceitar o pernoite nos abrigos.
PESQUISA
A Smads iniciou este mês a aplicação do censo da população em situação de rua do município. A pesquisa tem por objetivo apresentar o número e o perfil dessas pessoas, origem, causas de estarem nas ruas, se já são tipificadas como em situação de rua ou se têm suas casas e fazem uso das ruas por alguns períodos e se mantêm vínculos familiares.
O estudo é aplicado pelos educadores do Seas (Serviço Especializado em Abordagem Social), serviço da Smads executado em parceria com o Crami (Centro Regional de Atenção Aos Maus Tratos na Infância) e tem a parceria da empresa Indsat.
(Beto Silva)
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