Pedro Henrique Caetano de Jesus foi diagnosticado com doença rara do 'fêmur curto congênito'. Ele passou por uma cirurgia no dia 13 de outubro. Família de Itapetininga (SP) continua com campanha para pagar o tratamento.
Por Pâmela Ramos, G1, com edição do DT
Pedro Henrique Caetano de Jesus, de 5 anos — Foto: Arquivo Pessoal |
19/10/2020 | O sonho do pequeno Pedro Henrique Cardoso, de 5 anos, era fazer uma cirurgia em uma das pernas, que é mais curta que a outra, por causa de uma doença rara. Com a ajuda de internautas e ações, no dia 13 de outubro Pedro conseguiu passar pelo procedimento em Curitiba (SP), onde deve ficar em tratamento pelos próximos quatro meses.
A família de Pedro mora no bairro Rechan, em Itapetininga (SP), e criou uma vaquinha virtual para conseguir pagar o procedimento cirúrgico. Ao todo, ele precisava de R$ 76 mil.
Ao G1, a mãe de Pedro, Cristina Caetano, contou que não tinha condições e que conseguiu parte do dinheiro por meio de rifas. Ela vai continuar com a campanha para custear as outras fases do tratamento.
"A gente conseguiu com rifas e doações e o patrão da minha mãe ajudou com o valor que faltava. O dinheiro que conseguimos da vaquinha virtual vai ser usado para pagar as fisioterapias", explica Cristina.
Pedro Henrique e Cristina Caetano moram no bairro Rechan — Foto: Arquivo Pessoal |
Segundo Cristina, Pedro nasceu com uma doença rara chamada "fêmur curto congênito". Ele não tem joelho e o fêmur não era ligado ao quadril.
"Nessa primeira fase foi feita uma reconstrução do fêmur dele. Foi colocada uma placa para colar o fêmur ao quadril e também foi feito um alinhamento. Daqui um tempo, terá que retirar essa placa e ele usará um alongador e também uma gaiola na tíbia."
Pedro Henrique passou por cirurgia no dia 13 de outubro — Foto: Arquivo Pessoal |
Serão necessárias mais de 30 sessões de fisioterapia e cada uma custa R$ 120. Nas próximas três semanas, ele ainda ficará com um gesso que cobre o corpo da barriga até o pé.
"Ele entrou em cirurgia por volta das 8h e saiu às 16h. Foi para a UTI no procedimento pós-cirúrgico. No primeiro dia, ele estava muito nervoso e reclamou de dor. Não podia mexer nele que já chorava. Ele não conseguia comer nada e ficou muito enjoado por causa das medicações."
De acordo com a mãe, o menino recebeu alta do hospital no dia 15 e está em um apartamento que foi alugado em Curitiba. Além disso, levará um tempo até ele se acostumar com o gesso e, como é uma criança bastante ativa, ela busca distrai-lo com alguns brinquedos.
"Agora, a gente fica mais aliviado porque ele vai poder usar uma órtese aberta. A perninha dele não tinha força nenhuma e estava sem crescer por causa disso."
Após a cirurgia, o pequeno terá que usar gesso por 14 dias e depois que retirar, poderá fazer a órtese e prótese que usará por dois anos. Somente depois desse período começará o processo de alongamento ósseo.
Diagnóstico
Pedro foi diagnosticado com a doença quando ainda não tinha completado um ano. Na época, a família levou em vários médicos.
Ele passou a fazer tratamento no Hospital da Unesp de Botucatu (SP), mas não conseguiram uma cirurgia especializada para o caso dele.
Ao pesquisar sobre casos parecidos, a família encontrou um hospital de Curitiba (PR), que possui um centro de reconstrução e alongamento ósseo. Porém, o plano de saúde não cobre o preço da cirurgia. Desde então, a família busca recursos e doações.
“Meu maior sonho é ele fazer a cirurgia e andar. Eu quero que ele possa andar, porque me preocupo com ele quando for adulto", conta Cristina.
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