Alcindo tem 800 caixas com enxames no total, parte delas fica na zona rural de Tatuí
Por Nosso Campo, TV TEM, com copidesque do DT
Preço do mel melhora para apicultores — Foto: Reprodução/TV TEM |
27/09/2020 | Onde tem fumaça tem também mel para ser colhido. Antes do apicultor trabalhar no apiário, o fumegador precisa entrar em ação para que as abelhas fiquem mais calmas.
As colmeias de Alcindo Alves, que preside a Associação dos Apicultores e Meliponicultores do Estado de São Paulo, ficam espalhadas por cinco municípios da região de Sorocaba.
Quando as colmeias vão sendo abertas, revelam melgueiras cheias. Alguns dos favos guardam até 1,5 quilo de mel, o que rende, segundo o apicultor, pelo menos R$ 25.
Alcindo tem 800 caixas com enxames no total. Parte delas fica na zona rural de Tatuí, pertinho de um laranjal. Cada colmeia tem de 80 mil a 90 mil abelhas operárias.
Depois da retirada do mel, os enxames são levados para outros locais. Essa migração ocorre três vezes ao ano para aproveitar diferentes floradas. A da laranja está acabando e vai ser sucedida por outras. Até dezembro tem produção de mel silvestre e, depois, de eucalipto. As datas variam conforme as regiões.
Apesar das colmeias estarem bem cheias de mel, no geral a produção diminuiu bastante. Alcindo explica que o clima prejudicou a florada no início. Ela veio antes da hora e a chuva lavou o néctar e derrubou parte das flores.
Preço do mel melhora para apicultores |
A previsão é que a colheita diminua cerca de 30%. Se a produção recuou, o preço ficou melhor. Alcindo diz que o quilo do mel de laranja, que era vendido no atacado por cerca de R$ 10, foi para R$ 15 o produto voltado para exportação.
No ano passado, os produtores recebiam a metade desse valor. E quem tem mel de qualidade se dá bem no mercado aquecido. O apicultor Carlos Roberto Branco diz que o mel não fica encalhado.
Na Cooperativa de Apicultores de Sorocaba (SP), o mel passa por diferentes etapas até estar pronto para a venda. Ele é filtrado, decantado e passa por uma análise de qualidade para checar se houve algum tipo de mistura.
Após o processo de beneficiamento, o preço fica muito mais atraente para o apicultor. O quilo, comercializado na casa de R$ 12, passa para R$ 25 no atacado.
Outros subprodutos da abelha também se valorizaram nos últimos meses. Diante do impacto da pandemia do novo coronavírus, muita gente reforçou o consumo de alimentos benéficos à saúde, como própolis e pólen.
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