EP de estreia do cantor foi gravado no estúdio da Fatec de Tatuí por Eduardo Spinelli
Por Pedro Henrique Pinheiro, no site Tenho Mais Discos Que Amigos, com edição do DT
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Vini Maués (Foto: Victor Otsuka) |
19/08/2020 | Quantos instrumentos são precisos para fazer uma boa música? É óbvio que depende de cada caso e da proposta de cada artista, mas às vezes é bom termos em mente a máxima de que “menos é mais”.
Um violão com timbre grave e a voz suave de Vini Maués foi o suficiente para entregar a ideia de seu EP homônimo. Gravado no estúdio da Fatec de Tatuí por Eduardo Spinelli, o projeto conta com a consultoria musical de François Muleka. No mais, as canções são enfeitadas pelas linhas do clarinetista Will Mazzini.
A união da singularidade desses elementos deixa espaço para as letras atuarem como fios condutores das canções. “Colômbia“, “Tento” e “Inseparável” versam sobre o doloroso processo de separação e suas fases. As mensagens do eu-lírico evocam perspectivas de saudade, incerteza, tristeza e aceitação. Sintetizando, trata-se de uma viagem à contemplação de um rompimento de forma suave, moderada e responsável.
Uma aposta para a nova MPB
Maués tem tudo para se tornar um nome forte na MPB independente. Suas influências, variadas, vão desde nomes já clássicos como Djavan e Chico César até nomes contemporâneos como Rubel e Cícero.
Isso tudo sem falar nos tempos complicados que vivemos hoje. Em meio a tanta informação e tantos pensamentos sobre a época, um som mais calmo é o ideal para não pirarmos de vez.
Sobre o delicado processo de gestação do EP, o cantor conta:
Esse é um trabalho que foi construído ao longo dos últimos três anos, de forma totalmente independente. Surge como primeiro registro de um desdobrar artístico recente e pessoal, com canções que ilustram e refletem o fim de um relacionamento passado. É o retrato de um recorte temporal em minha vida.
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