Projeto do ventilador pulmonar Inspire é uma ação da USP, em parceria com a Marinha
Wesley Gonsalves, no Cruzeiro do Sul, com edição do DT
O projeto é de um ventilador pulmonar de baixo custo, sem patente e totalmente feito a partir de insumos nacionais. Crédito da foto: Divulgação / Projeto Inspire / USP |
19/05/2020 08:20| O Centro Experimental de Aramar (CEA), em Iperó, cidade da Região Metropolitana de Sorocaba, terá participação na produção do ventilador pulmonar emergencial Inspire, um respirador de baixo custo que auxiliará profissionais de saúde no enfrentamento ao novo coronavírus. A ação é capitaneada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Marinha do Brasil (MB).
De acordo com a Marinha, a produção será feita no Laboratório da Sede do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (Ctmsp), no próprio campus da Universidade de São Paulo (USP), e contará com a participação de técnicos do CEA. A opção teria sido feita em função de sua proximidade física com a Escola Politécnica da USP.
O projeto Inspire foi encabeçado por pesquisadores da Poli e da Marinha, com a ideia de produzir um ventilador pulmonar de baixo custo, sem patente e totalmente feito a partir de insumos nacionais. O novo respirador serviria como opção para suprir uma demanda emergencial diante do crescente número de pacientes infectados pela Covid-19 que necessitam do aparelho. “Cabe salientar que o projeto técnico e a produção do protótipo dos respiradores foram concebidos e aperfeiçoados pelos engenheiros integrantes do Projeto de Desenvolvimento da Planta Nuclear Embarcada (PNE) do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear”, esclareceu, em nota, o órgão.
Registrado como “open source”, termo em inglês para “código aberto” que é livre de licença, o Inspire poderá ser produzido por qualquer pessoa ou empresa, sem custos. A USP foi questionada sobre os valores de cada item, mas não informou qual o custo de produção dos ventiladores pulmonares.
Conforme divulgado, dez protótipos de respiradores já foram produzidos e se encontram em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Uma vez obtida sua homologação, será iniciada a produção em escala, antes da disponibilização para uso emergencial”, explicou a Marinha. “Assim, a MB está em sintonia com a USP para prover dispositivos que contribuam para a reabilitação do maior número possível de infectados com a Covid-19, irmanando-se com os esforços dos Órgãos Federais, do Estado de São Paulo e de entidades privadas na adoção de medidas de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus”, complementa a nota.
Segundo divulgado pela universidade, a produção do novo respirador pode ser feita em larga escalada, num volume de 25 a 50 ventiladores pulmonares por dia, uma média de pouco mais de uma unidade a cada duas horas. A instituição de ensino adiantou que a quantidade pode ser expandida em caso de necessidade.
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