Rio-pretense radicado em Tatuí há mais de dez anos, cantor, compositor e músico está mergulhando fundo no universo virtual
Por: Harlen Félix, no Diário da Região, com edição do DT
Gui Silveiras ( Renan Mansur/Divulgação) |
23/04/2020 | Rio-pretense que reside há mais de dez anos em Tatuí, o cantor, compositor e músico Gui Silveiras não vê as lives realizadas em profusão nas mídias sociais atualmente como uma moda passageira. Pelo contrário, elas sinalizam novas alternativas para ser visto e ouvido no cenário musical após as mudanças que estão sendo provocadas pela pandemia do novo coronavírus.
"O Facebook é a rua do artista. É o espaço que ele tem para garimpar novos admiradores e seguidores do seu trabalho. Os artistas da música estão precisando se reinventar agora, pois o contato direto com o público, no formato ao vivo que estávamos acostumados, só será retomado o ano que vem. O momento está impondo essa atualização nas formas de divulgar um trabalho musical", diz ele, que tem mergulhado fundo no universo virtual nesse período de quarentena.
Além de realizar lives semanalmente, sempre às sextas-feiras, em seus perfis no Facebook (@gui.silveiras) e no Instagram (@guisilveiras), ele criou o projeto "Quarentema", que envolve a publicação diária de canções de sua autoria e de outros compositores nas redes sociais, o que também inclui o seu canal no Youtube.
Nesta sexta-feira, 24, às 21h, ele realiza uma live dedicada ao legado musical de Gilberto Gil. Na semana passada, o homenageado foi Milton Nascimento, cuja obra foi reverenciada com uma apresentação online de três horas e meia. "A experiência foi muito bacana para mim, pois consegui manter uma média de 50 seguidores ao longo da live", comemora o artista rio-pretense, que aproveita os shows virtuais para "passar o chapéu" e levantar recursos para se manter.
"Criei o meu site oficial [guisilveiras.com.br], e nele há a sessão Chapéu Virtual, para que as pessoas que gostam do meu trabalho possam contribuir para eu continuar fazendo música. É a alternativa que encontrei, já que essa pandeia afastou os artistas dos palcos", diz.
Para as próximas lives, Gui Silveiras tem na manga um repertório ligado à obra de João Bosco, além das canções de seu mais recente projeto, "Bate Tambor", que tem a sonoridade afro como principal característica.
Para o artista rio-pretense, as lives e o compartilhamento de conteúdos nas redes sociais também são uma forma de dar um "colorido" para a rotina das pessoas, que está muito cinzenta nesse período de isolamento social. "Tem muita gente depressiva, com inúmeras preocupações, e a música pode ser uma forma de levar um pouco de esperança, alegria e força de vontade", opina.
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