quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

poesia | Ana Moraes

Sonho: do início ao fim



Belas nuvens oníricas
Escondem os desejos
De forma assaz lírica
Fora do alcance de percevejos

Nuvens brancas como algodão
Que revestem a nudez celeste
Inatingíveis a alheia mão
Cobrem a beleza campestre

O verdejante e exuberante campo
Que se estende, sendo o chão
Onde pisam os pés em barrancos
A realidade, no ódio e paixão

Os sonhos fluem com as cândidas
E cinzas nuvens que o vento sopra
Sob a silenciosa observância das esplêndidas
Estrelas que o céu hospeda

Mas, pelo menos uma vez, um ensejo
Vem, a chuva, os secos campos molhar
Verdejam os campos com sedentos desejos
E o sonho, inacreditavelmente, a se realizar

O céu se limpa e abre seu interior
Mostrando a pura visão do infinito
Daqui a instantes, retornam posterior-
mente, os sonhos em nuvens e seus dendritos

A.M.O.R.

(Ana Moraes de Oliveira Rosa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário