Cerca de 150 funcionários apresentaram reações alérgicas e procuraram por atendimento médico na Santa Casa de Tatuí. Alguns funcionários chegaram a ser socorridos com macas.
Por G1 Itapetininga e Região, com edição do DT
Alguns funcionários chegaram a ser socorridos com maca — Foto: Arquivo Pessoal |
01/11/2019 | O frigorífico onde cerca de 150 funcionários passaram mal entre quarta (30) e sexta-feira (1º), em Boituva (SP), foi fiscalizado nesta sexta-feira (1º).
Participaram da vistoria representantes do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador de Sorocaba (Cerest), funcionários da Secretaria do Meio Ambiente, Vigilância Epidemiológica e Sanitária de Boituva.
“Pedimos documentos e a empresa tem 10 dias para entregá-los e mais 10 dias para análise. Mas pelo que vimos, eles estão resolvendo a situação”, afirma o técnico do Cerest Alexandro Pereira Silva.
Frigorífico de Boituva é fiscalizado após funcionários passarem mal com reações alérgicas |
Na quinta-feira (31), a Cetesb e o Corpo de Bombeiros também vistoriaram o frigorífico e não foram encontradas irregularidades.
Cerca de 150 funcionários apresentaram reações alérgicas e procuraram por atendimento médico na Santa Casa de Tatuí (SP). Alguns funcionários chegaram a ser socorridos com macas.
De acordo com a coordenadora do hospital, Roberta Molonha, os funcionários deram entrada na unidade e apresentaram sintomas como vermelhidão nos olhos e irritação na garganta. Eles receberam atendimento médico e foram liberados.
“Eles procuraram espontaneamente, no fim do turno de trabalho, e apresentaram sintomas como vermelhidão nos olhos, rouquidão, náusea, mal estar, e se referiam a uma intoxicação por produto químico”, explica a coordenadora do hospital Roberta Molonha.
“Aqui na empresa, pelo volume de água que usamos, temos mais de 1 milhão e 500 mil litros de água no reservatório, então o esvaziamos 100%, devolvemos ao rio tratada e as cisternas e caixas d’água estão sendo lavadas para eliminar qualquer resquício e retomarmos as atividades na segunda-feira”, afirma Carlos Augusto, diretor de operação da empresa.
Em nota, a empresa informou que, como a falta de chuva acarreta um aumento da matéria orgânica nas águas, é necessária uma dosagem maior de cloro para que fique própria para o uso e consumo.
Disse que “para manter a qualidade de seus produtos e a segurança de seus colaboradores, a empresa teve que adicionar uma quantidade maior de cloro na água, ainda dentro dos limites de tolerância estabelecidos pelos órgãos competentes.”
Informou também que por medida de segurança interrompeu as atividades produtivas e liberou os colaboradores. Afirmou também que não houve nenhum tipo de contaminação ou exposição dos colaboradores a produtos químicos.
Afirmou que a empresa sabe da responsabilidade com a sociedade e com o meio ambiente, e que adota todas as medidas de segurança cabíveis ao ramo de atividade.
Funcionários de frigorífico de Boituva (SP) passaram mal — Foto: Reprodução/TV TEM |
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