Campus do Instituto Federal de São Paulo em Itapetininga e Boituva não tem aulas nesta quarta-feira (15).
Por G1 Itapetininga e Região, com edição do DT
Escolas ficam sem aula na região em dia de atos contra bloqueios na educação — Foto: Jamie Rafael/TV TEM |
15/05/2019 | Estudantes da região se reuniram na manhã desta quarta-feira (15) para protestar contra os bloqueios de verba na educação.
Com faixas e cartazes, cerca de 80 estudantes e servidores participaram da ação e caminharam nas ruas do Centro até a Praça da Matriz, em Boituva, conforme os organizadores e os agentes de trânsito. O grupo dispersou no início da tarde e o ato foi pacífico.
Estudantes da região de Itapetininga fazem atos contra bloqueios de verba na educação |
Em Itapetininga, estudantes e professores se reuniram na Praça do Correio e saíram em uma caminhada pelas ruas da cidade. Eles seguiram até a Praça do Fórum onde apresentam trabalhos realizados em sala de aula.
O ato foi interrompido por volta das 14h e retomado às 17h. Segundo os organizadores, cerca de 600 pessoas participaram da manifestação durante o período da manhã. A Polícia Militar não divulgou um número.
Já em Avaré (SP) os estudantes se reuniram com cartazes em frente ao Instituto Federal e seguiram em passeata até o Largo São João. No local, eles divulgaram trabalhos feitos em sala de aula até o fim da tarde desta quarta-feira. Os organizadores e a PM informaram que cerca de 200 pessoas participaram do ato.
Em Campina do Monte Alegre (SP) aproximadamente 100 pessoas se reuniram no Coreto da Praça da Matriz, entre alunos e professores da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) de Buri (SP).
Com faixas e cartazes, eles também caminharam por ruas do Centro da cidade e entregaram panfletos a motoristas. O grupo dispersou no início da tarde. O ato foi pacífico e não foi acompanhado pela Polícia Militar.
Além dos atos, algumas escolas da região tiveram as aulas suspensas, como nos campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) de Itapetininga e Boituva.
No campus da Ufscar de Buri (SP) também não foram realizadas aulas, apenas um evento previamente marcado.
Bloqueios na educação
Estudantes da região de Itapetininga realizam atos contra bloqueios na educação — Foto: Jamie Rafael/TV TEM |
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.
Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas.
Atos contra bloqueios na educação são realizados na região de Itapetininga — Foto: Jamie Rafael/TV TEM |
Estudantes se reúnem para ato contra bloqueios na educação em Itapetininga — Foto: Maria Eduarda Carnietto/TV TEM |
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