Sete policiais civis à paisana em operação abordaram empresário em frente de sua propriedade rural. Perito particular contratado pela família da vítima diz que 'não pode entrar em detalhes'.
Por G1 Itapetininga e Região, com edição do DT
11/04/2019 | O perito particular contratado pela família do empresário que morreu ao ser baleado por policiais civis à paisana em Tatuí falou em divergências entre a segunda reconstituição do caso que foi realizada na quarta-feira (10) e o inquérito.
“As divergências são perceptíveis quando a gente compara o que foi visto hoje com aquilo que já se encontra no inquérito que são os depoimentos. As divergências, não posso entrar em detalhes, mas serão apontadas a partir da análise dos laudos que serão produzidos pelo perito oficial”, diz o perito Cássio Thyone Almeida de Rosa.
Laudo sobre reconstituição de morte de empresário de Tatuí deve sair em dez dias |
A segunda etapa da reconstituição, conhecida como "reprodução simulada", foi feita na frente do sítio do empresário na Estrada Municipal Geraldo Drago e durou cerca de duas horas.
Foram utilizados três carros que simularam os veículos onde os policiais civis estavam no dia do crime. Três pessoas fizeram o papel das testemunhas e da vítima da reconstituição, que foi realizada de acordo com a versão dos policiais.
Também participaram da ação os policiais civis envolvidos no caso, os responsáveis pelo núcleo em Itapetininga do Instituto de Criminalística de Sorocaba (SP) e o delegado da corregedoria da Polícia Civil de Itapetininga, responsável pela investigação.
O prazo para conclusão do laudo é de 10 dias, mas pode ser estendido por causa dos detalhes da reconstituição. “Os próximos passos são aguardarmos os laudos oficiais serem produzidos que serão dois, o laudo da reprodução simulada da semana passada e desta semana. Eles serão anexados ao inquérito e também vamos fazer uma análise dessas informações com os laudos que já temos, como o balístico, necroscópico”, afirma Cássio.
Polícia fez reconstituição do crime — Foto: Reprodução/TV TEM |
Entenda o caso
Vicente Antônio Júnior, de 33 anos, morreu após ser baleado por policiais civis à paisana perto do sítio dele, no bairro rural Água Branca, em Tatuí, em dezembro de 2018.
O empresário, acompanhado de um funcionário e do filho do empregado, estava em frente à porteira do sítio quando foi abordado.
Sete policiais civis, entre delegados e investigadores, estavam à paisana fazendo uma operação quando se aproximaram em carros não identificados.
Segundo os policiais, eles teriam avisado que eram da Polícia Civil, mas teriam sido recebidos com tiros e reagiram.
O motorista Vicente teria dado ré, atingindo a viatura da polícia e depois capotou. Apenas o empresário foi atingido e acabou morrendo.
No carro, junto com o empresário, estavam um prestador de serviços da cerâmica da família e um adolescente, filho do funcionário.
Estrada onde homem morreu durante operação policial Tatuí — Foto: Adolfo Lima/TV TEM
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