por Fabíola Andrade, no Destak Jornal
Levantamento feitos por instituições aponta que contingenciamento do repasse atingirá atividades dos principais espaços artísticos do Estado
Foto: Marcos Santos/USP Imagens |
08.04.2019 08:00 | Representantes da Secretaria Estadual da Cultura e Economia Criativa e da Abraosc (Associação Brasileira das Organizações Sociais de Cultura) se reúnem nesta segunda-feira (8) para tratar sobre o contingenciamento de verbas da pasta.
A associação alega que o corte, estimado em R$ 127 milhões, poderá prejudicar atividades de instituições como a Pinacoteca, o Theatro São Pedro, a São Paulo Companhia de Dança, a EMESP (Escola de Música do Estado de São Paulo) Tom Jobim, as Fábricas de Cultura, o Conservatório de Tatuí, Museu Afro Brasil, Museu da Casa Brasileira, Museu do Futebol, entre outras.
"Tínhamos sinalização de que o contingenciamento aconteceria. Mas a possibilidade de concretização resultará na dificuldade em manter e a necessidade de reduzir as atividades realizadas atualmente", explicou Paulo Zuben, diretor-presidente da Abraosc.
Antes do anúncio do corte, o orçamento da pasta previsto para 2019 era de R$ 647,2 milhões, um valor que 0,34% do orçamento total para o Estado de São Paulo.
A associação explicou que as instituições prepararam as atividades para este ano baseadas neste valor. Com a mudança, além da redução de atividades abertas ao público, o impacto pode atingir o número de funcionários e monitores que hoje atuam nos espaços, que precisarão ser reduzidos.
"Esperamos, através de dados e números mostrar o impacto que o corte vai ter na prática e sensibilizá-los quanto a isso", disse Zuben.
Em nota, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo informou que tem realizado reuniões com as 18 organizações sociais com as quais mantém contratos. "O objetivo é avaliar, definir e mitigar os impactos do contingenciamento sobre as atividades realizadas. Não há previsão de fechamento de instituições e programas", disse.
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