Uma das bancas virou uma referência de publicações independentes na capital paulista. Já em outro modelo de negócio, a banca funciona como uma loja colaborativa, onde autores e artistas podem expor suas obras.
Do G1, por Paula Monteiro — São Paulo, com edição do DT
Empresários transformam bancas de jornal em pequenas livrarias e espaços de cultura |
25/11/2018 | Nada se cria, tudo se transforma. Dois empresários de São Paulo resolveram colocar em prática essa máxima e transformaram bancas de jornal em bancas sem jornal, mas com muito livro.
“Foi almoçando num restaurante na Barão de Tatuí, que de repente eu vi uma folha A4 colada na banca dizendo: ‘vende-se esta banca’, e aí a coisa de repente se iluminou”, conta o empresário João Varella.
Ao consertar o teto da banca, João descobriu que o espaço no alto poderia atrair mais clientes. E assim nasceu a banca, repaginada como se fosse uma mini livraria, mas só com publicações independentes. “De 2014 pra cá, eu não teria imaginado que ia ter dado tão certo porque hoje a banca é uma referência de publicação independente. São mais de 180 editoras, coletivos, artistas que a gente representa na banca, e a gente cuida dela com muito carinho”, fala a empresária Cecília Arbolaze.
As publicações independentes são livros com tiragens menores, produzidas por editoras pequenas, e que não tem espaço nas grandes livrarias. O casal não revela quanto investiu nem quanto fatura, mas a ideia fez tanto sucesso que eles resolveram abrir uma extensão da banca na mesma rua: é uma sala onde recebem os clientes com hora marcada e onde também funciona o escritório.
“Acabou sendo um espaço híbrido em que a gente trabalha, recebe pessoas, faz cursos, faz lançamentos, bate papo com autores”, diz Cecília.
Espaço de cultura independente | O empresário Rodrigo Motta também reinventou a banca que ele comprou em março deste ano em São Paulo. Do passado, só restou a estrutura cinza do lado de fora, que obedece a uma lei municipal. Todo o resto foi repaginado pra ser um espaço de cultura independente. O modelo de negócio na banca funciona como uma loja colaborativa, onde autores e artistas alugam esses nichos, para poder expor suas obras.
“Aqui na banca, cada artista ocupa um nicho de madeira, um quadrado ou retângulo, e paga um valor mensal, num acordo de três meses”, conta Rodrigo.
Rodrigo investiu R$ 60 mil para comprar a banca e mais R$ 5 mil em mobiliário – investimento já recuperado por causa do aluguel dos nichos, que custa entre R$ 60 e R$ 70 por mês. O empresário recebe também 10% de comissão sobre as vendas na banca.
“Desde que eu comecei a expor aqui, desdobrou isso em outros trabalhos, outros encontros, é muito potente esse ambiente, essa circulação de pessoas afim que passam por aqui”, afirma a artista Priscila Belloti.
“Um espaço que está diretamente na rua, é aberto, entram todos os tipos de pessoas aqui, que é uma coisa que me interessa para o meu trabalho”, diz a artista plástica Andréa Tolaini.
BANCA TATUÍ
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Telefone: (11) 2729-8952
E-mail: contato@salatatui.com.br
LOTE 42
Rua Barão de Tatuí, 302, sala 42 - Santa Cecília
São Paulo/SP - CEP 01226-030
Telefone: (11) 2729-8952
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BANCA CURVA
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