domingo, 28 de outubro de 2018

Tatuí tem índice médio de sustentabilidade da limpeza urbana

Nossa nota foi 0,668. A nota mede a aderência dos municípios brasileiros à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

Do Cruzeiro do Sul, com edição do DT

As notas de Sorocaba no Islu, em razão da limpeza, vêm subindo a cada ano. Crédito da foto: Pedro Negrão / Arquivo JCS (11/4/2016)

26/10/2018 | Sorocaba recebeu, pelo terceiro ano consecutivo, nota considerada alta no Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (Islu), que mede a aderência dos municípios brasileiros à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), implantada há oito anos. No estudo, elaborado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) em parceria com a consultoria PwC Brasil, a cidade obteve 0,722 em 2018, número maior que o do ano passado, quando alcançou 0,716. Em 2016, o valor atingido foi de 0,719.

O Islu mede a adesão dos municípios brasileiros às metas da legislação. A avaliação é feita a partir do desempenho em quatro dimensões: engajamento, recuperação de recursos coletados, sustentabilidade financeira e impacto ambiental. Assim como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), da Organização das Nações Unidas (ONU), o índice varia entre zero (baixo desenvolvimento) e um (alto desenvolvimento) e analisa os dados oficiais mais recentes disponibilizados pelos próprios municípios no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Até 0,499, o índice é considerado muito baixo; de 0,500 a 0,599, baixo; de 0,600 a 0,699, médio; de 0,700 a 0,799, alto; e de 0,800 em diante, muito alto.

Entre as cidades com mais de 250 mil habitantes da região Sudeste, Sorocaba encontra-se em quinto lugar no ranking, atrás de Niterói, com 0,742; Rio de Janeiro, com 0,733; Santos, com 0,729; e Santo André, com 0,722. “Todas essas cidades têm 100% de seu território atendido pela coleta domiciliar e contam com uma fonte de recursos específica para o serviço, o que permite que façam investimentos e melhorias na qualidade dos serviços”, constata Marcio Matheus, presidente do Selurb.

No Sudeste, conforme o levantamento, 84% do território é coberto pela coleta de lixo, tornando a região de melhor índice do país. No entanto, somente 51,1% dos resíduos são destinados de forma adequada, em aterros sanitários, e o restante ainda vai para destinos ilegais, como lixões. A pesquisa mostra ainda que, se o Sudeste continuar no ritmo atual, não conseguirá atingir todas as metas ligadas à gestão de resíduos sólidos assumidas durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. O encontro, realizado em setembro de 2015, estabeleceu metas até 2030.

Se nada mudar, a região só conseguirá reduzir o impacto ambiental de resíduos em 2028, dois anos antes do prazo. Já a meta de reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reúso, só seria alcançada em 2064, 34 após depois do prazo, conforme cálculo do Islu.

Jumirim tem a melhor nota e Piedade, a pior na região

Na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), a melhor nota do índice em 2018 foi alcançada por Jumirim (0,737). Depois, vieram Boituva (0,729), Votorantim (0,726) e, então, Sorocaba (0,719). O estudo, que reuniu 3.337 cidades, não teve dados sobre alguns municípios da RMS: Itapetininga, Tietê, São Roque e Alumínio. Do restante das cidades da região, a maioria ficou ranqueada com taxas médias; a única colocada em nível baixo foi Piedade, com 0,590. O Cruzeiro do Sul questionou a Prefeitura de Piedade a respeito do índice, mas não obteve retorno.

Segundo Vidal Dias da Mota Junior, assessor técnico da Agência Metropolitana de Sorocaba (AgemSor), da RMS, questões relacionadas aos resíduos sólidos estão na pauta da agência. “Estamos elaborando o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), estabelecendo macrodiretrizes para a gestão integrada de resíduos sólidos urbanos. Vão ser estabelecidos objetivos, diretrizes e metas metropolitanas.” O PDUI, embora tenha de ser entregue até 2021 para cumprir a legislação, deve ser finalizado até 2019, diz Mota Junior. Para ele, “a RMS já superou, por exemplo, a questão dos lixões. Hoje nós temos uma região com aterros sanitários devidamente licenciados do ponto de vista ambiental. Mas, obviamente, sabemos que ainda existem situações de descarte irregular”, afirma. (Esdras Felipe Pereira)

Cidades da RMS

Cidade…..Índice
Jumirim…..0,737
Boituva…..0,729
Votorantim…..0,726
Sorocaba…..0,719
Cerquilho…..0,715
Araçariguama…..0,694
Pilar do Sul…..0,692
Capela do Alto…..0,685
Iperó…..0,684
Tapiraí…..0,684
Araçoiaba da Serra…..0,682
São Miguel Arcanjo…..0,680
Porto Feliz….0,668
Tatuí…..0,668
Sarapuí…..0,663
Cesário Lange…..0,649
Alambari…..0,648
Salto de Pirapora…..0,631
Mairinque…..0,624
Salto…..0,620
Itu…..0,613
Ibiúna…..0,607
Piedade…..0,590

*As cidades de Itapetininga, Tietê, São Roque e Alumínio não constam no estudo.

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