Repórteres se dividiram entre Tatuí, Brasília e Porto Velho
Por GREICEHELEN SANTANA, do Observatório da Televisão, com edição do DT
Eliane Scardovelli acompanha sessões de terapia feitas com a ajuda de voluntários e especialistas, em Porto Velho (Foto: Divulgação/ Globo) |
31/10/2018 | O Profissão Repórter desta quarta-feira (31) fala sobre Justiça Restaurativa. O método é aplicado para tentar estabelecer um acordo entre as partes envolvidas antes que um caso vá a julgamento. A alternativa é vista como uma forma de amenizar o problema da crise do sistema penitenciário no Brasil. O programa é exibido depois do Futebol 2018, na Globo.
As repórteres Sara Pavani, Mayara Teixeira, Eliane Scardovelli e Nathália Tavolieri mostram alguns casos que passaram pela medida. O quarteto se divide entre Tatuí, Brasília e Porto Velho.
Em Tatuí, Nathália Tavolieri conhece o caso de um jovem que bateu em um colega de escola. A repórter acompanha um trabalho feito com adolescentes. Através de uma terapia em grupo, o objetivo é interromper o ciclo de violência entre eles.
“É um trabalho bem complexo que conta com várias técnicas. O resultado não é uma pena, mas propostas para ajudar a auxiliar os que participam”, comenta a repórter.
Em Brasília, as repórteres Sara e Mayara acompanham e registram tentativas de reconciliação em duas situações. A primeira é entre motoristas que se envolveram em uma briga de trânsito. Já a segunda é entre duas mulheres que trocam ameaças e agressões por causa de um homem. Brasília foi um dos primeiros locais no Brasil a receberem um núcleo de Justiça Restaurativa
“A ideia básica é que as pessoas possam entrar em acordo, além de poderem refletir sobre o que fizeram. A resposta para a vítima e para a sociedade é maior, ela não foca só na punição, mas também em uma restauração”, analisa Mayara.
É o caso da vara de execuções penais de Porto Velho, por exemplo. Em busca da restauração citada por Mayara, um juiz do local permite a aplicação de técnicas terapêuticas no processo de recuperação de presos.
A repórter Eliane Scardovelli vai até lá para acompanhar sessões de terapia feitas com a ajuda de voluntários e especialistas. Somente presos com bom comportamento e que já cumpriram pelo menos um ano de pena podem participar. “Eles tentam fazer com que o preso revisite o seu passado e buscam tentar entender o porquê dele ter cometido o crime, trazendo, desta forma, uma consciência de suas escolhas”, comenta a jornalista.